Existem métodos alternativos para avaliação da repercussão funcional da pneumoconiose em mineiros? Uma revisão narrativa

Autores

  • Luan Nascimento Silva Universidade Federal do Piauí
  • Marcelo Coertjens Universidade Federal do Piauí
  • Tannara Patrícia Silva Costa Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol14n50.3966

Palavras-chave:

pneumoconiose, exposição ocupacional, testes de função respiratória, aptidão física

Resumo

Introdução: Embora não seja utilizado comumente em trabalhadores com silicose e nem ser previsto como exame complementar pela legislação, o teste de caminhada de 6 minutos (TC6) tem baixo custo, aplicabilidade clínica e avalia sinais e sintomas dos sistemas cardiorrespiratório e muscular. Objetivo: Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar métodos alternativos com os tradicionalmente utilizados para avaliar as repercussões funcionais da pneumoconiose em mineiros. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão narrativa realizada nos bancos de dados online MedLine, SciELO e LILACS. Os termos utilizados foram: occupational disease, pneumoconiosis, lung function, miners e exercise capacity. Resultados: Foi verificado que existem limitações para detectar anormalidades na fase inicial da pneumoconiose por meio da radiografia de tórax e espirometria. As tomografias computadorizadas (TC) têm se mostrado sensíveis para mensurar a progressão dos acometimentos, entretanto apresentam alto custo financeiro. O TC6 combina baixo custo e sensibilidade na avaliação de repercussões funcionais e da capacidade de exercício durante a pneumoconiose.

 

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Biografia do Autor

Luan Nascimento Silva, Universidade Federal do Piauí

Professor Substituto de Anatomia e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí – Campus Universitário de Parnaíba, Parnaíba, Piauí, Brasil.

Marcelo Coertjens, Universidade Federal do Piauí

Mestre em Ciências do Movimento Humano, professor adjunto da Universidade Federal do Piauí – Campus Universitário de Parnaíba, Parnaíba, Piauí, Brasil.

Tannara Patrícia Silva Costa, Universidade Federal do Piauí

Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Federal do Piauí – Campus Universitário de Parnaíba, Parnaíba, Piauí, Brasil.

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Publicado

2016-11-23

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO