A EFICÁCIA DA TERAPIA ESPELHO NO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO MOTORA E FUNCIONAL EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Autores

  • Aline Alves da Silva Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas
  • Kleber Sulpino Vieira Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol15n53.4699

Palavras-chave:

Neurônios espelho, terapia espelho, caixa espelho, acidente vascular encefálico

Resumo

Introdução: A perda da função motora do membro superior é um dos déficits mais debilitantes após um acidente vascular encefálico. A terapia espelho visa aumentar a função motora por meio de atividades funcionais e promover a reorganização cortical através do feedback visual. Objetivo: Investigar a eficácia da terapia espelho na melhora da função motora de pacientes com acidente vascular encefálico. Métodos: A pesquisa foi realizada por meio de revisão de artigos científicos disponíveis nas bases de dados eletrônicas PeDro, PubMed, SciELO, PsychInfo, Science Direct e Lilacs, publicados entre os anos de 2007 e 2017. Os critérios de inclusão foram: estudos de casos clínicos; estudos randomizados controlados relacionados com a teoria do neurônio espelho; e a eficácia da terapia espelho na recuperação motora e funcional de membro superior em participantes dos gêneros feminino e masculino, com idade superior a dezoito anos e diagnosticados com acidente vascular cerebral isquêmico e com, no máximo, dois anos de lesão. Resultados: Doze estudos, com um total de 214 participantes, foram incluídos nesta revisão, na qual a terapia espelho foi comparada com outras intervenções. A destreza manual e função motora do membro superior foram frequentemente medidas antes e após a intervenção. Conclusão: A terapia espelho mostrou benefícios para a recuperação motora e função sensório-motora quando realizada isoladamente ou combinada à terapia convencional em pacientes com acidente vascular encefálico isquêmicos nas fases aguda, subaguda e crônica. Os efeitos sobre a função motora foram mantidos na avaliação após seis meses.

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Publicado

2017-10-18

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO