EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE PÂNCREAS NA REGIÃO SUL DO BRASIL: ESTUDO DA BASE DE DADOS DO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (DATASUS)

Autores

  • Eduardo Ottobelli Chielle
  • Victor Antônio Kuiava

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol16n56.4944

Palavras-chave:

epidemiologia, câncer, pâncreas, região sul

Resumo

Objetivo: A neoplasia de pâncreas está entre um grupo de tumores que se caracterizam por elevada mortalidade, com prognóstico metastático e incurável, de modo que o conhecimento de sua epidemiologia é de suma importância para caracterização de medidas de intervenção. Nesse sentido, este estudo procurou descrever o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas na região Sul do Brasil. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo de agregado temporal com dados obtidos no Datasus dos três estados da região Sul do Brasil, durante os anos de 2010 a 2016. Verificou-se dados como sexo, idade, incidência por capital e estado. Resultados: Observouse um aumento progressivo nos casos de neoplasia pancreática entre os anos analisados, passando de 1.387 em 2010 para 2.459 em 2016. A maior incidência está em homens, em pacientes com idade acima de 60 anos, e o estado com maior número de casos é o Rio Grande do Sul, seguido por Paraná e Santa Catarina, que apresentaram, respectivamente, 9.64, 7.62 e 6.02 casos por 100.000 habitantes no ano de 2016. Conclusão: Destaca-se um aumento vertiginoso nos últimos anos de casos de neoplasia de pâncreas na região Sul do Brasil. A maior incidência está no estado do Rio Grande do Sul, supostamente associada ao hábito diário de fumar. Os dados apresentados tornam-se de fundamental importância porque podem auxiliar a nortear medidas preventivas de saúde pública em relação a esse aumento de neoplasia e enaltecer as campanhas contra o tabagismo.

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Referências

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Publicado

2018-07-18

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS