EPIDEMIOLOGIA DA NEOPLASIA MALIGNA DE BEXIGA: UM ESTUDO DAS TAXAS DE MORTALIDADE E DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol17n62.5633Palavras-chave:
Palavras-Chave, Epidemiologia, Câncer de bexiga, Mortalidade, HospitalizaçãoResumo
Objetivo: Neoplasia de bexiga possui elevada morbidade e o tabagismo é o seu principal fator de risco. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico e de internação hospitalar por neoplasia de bexiga brasileiro e do Rio Grande do Sul (RS).
Metodologia: Foi realizado um estudo de agregado temporal, retrospectivo e descritivo de 16 anos, utilizando as taxas de mortalidade e de internação hospitalar de neoplasia maligna de bexiga no Brasil, no RS. Os dados foram extraídos do DATASUS e IBGE.
Resultados: No período pesquisado foram 46.065 mortes no Brasil, sendo 4.617 no RS. Foram 134 mil internações, sendo que 86% dos pacientes possuíam 60 anos ou mais. As taxas de mortalidade no RS 3,89 (IC 95%, 3,63-4,15) para homens e 1,48 (IC 95%, 1,34-1,62) para mulheres, maiores que a média nacional. As taxas de mortalidade são 60% superiores no RS em relação ao resto do país.
Conclusão: Os resultados permitiram caracterizar o perfil epidemiológico do câncer de bexiga no Brasil e no RS, mostrando um aumento de casos, especialmente no RS, com predomínio em homens e população mais idosa. Esses dados servirão de subsídio na implementação de políticas públicas, em ações preventivas, de controle e tratamento do câncer.
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