INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol18n63.6248

Palavras-chave:

Interações medicamentosas, Medicamentos, Hospital, Sistema Nervoso, Anti-Hipertensivos

Resumo

Introdução: No ambiente hospitalar é comum para a prática clínica o uso de muitos medicamentos, o que leva um risco da ocorrência de potenciais interações medicamentosas. Objetivo: Descrever as interações medicamentosas potenciais nas prescrições de unidades de internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo realizado em unidades de internação clínica e cirúrgica de um hospital privado. Os dados dos medicamentos foram coletados a partir do prontuário e classificados pela Anatomical Therapeutic Chemical. As interações medicamentosas potenciais foram checadas no software Micromedex. Resultados: A amostra foi constituída por 612 indivíduos, 324 pacientes cirúrgicos e 288 clínicos. Houve predomínio do sexo feminino, idade média de 55 anos com variação de 18 a 100 anos, 29,1% possuíam ensino fundamental incompleto, 96,2% da raça branca e 62,4% casados. O medicamento mais prescrito foi a morfina, seguida do enalapril. As interações medicamentosas classificadas como graves totalizaram 54,8%. Os fatores associados com apresentar interações medicamentosas foram: apresentar hipertensão, uso de anti-hipertensivos, em especial as classes farmacológicas beta-bloqueadores e inibidores da ECA; uso de psicoanalépticos, psicoléptico e corticoides sistêmicos. Conclusões: No presente estudo, a potencial interação medicamentosa mais frequente foi entre a morfina e o tramadol, a média de interações medicamentosas foi de 3,6±4,9/paciente. Destacou-se a necessidade da avaliação do uso de medicamentos durante a internação hospitalar e suas potenciais interações medicamentosas, visando minimizar os riscos relacionados ao uso de medicamentos e aumentando a segurança do paciente internado.

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Biografia do Autor

Aniele Aparecida Petri, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ

Graduada em Farmácia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ

Aline Schneider, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ

Mestranda pelo Programa Atenção Integral à Saúde UNIJUI/UNICRUZ

Karine Raquel Uhdich Kleibert, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ

Acadêmica do curso de Farmácia e Bolsista de iniciação cientifica, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ

Vivian Lemes Lobo Bittencourt, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões -URI, Santo Ângelo

Mestre - Docente da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões -URI, Santo Ângelo

Eliane Roseli Winkelmann, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Doutora, Docente do departamento de Ciências da vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Christiane de Fátima Colet, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí

Doutora em Ciências Farmacêuticas - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS. Professora do DCVIDA - Departamento Ciências da Vida - Unijuí

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Publicado

2020-03-24