NVivo e Twitter: da coleta de dados à exploração do dataset #coronavirusnobrasil

Sandra Depexe

doi:10.13037/ci.vol23n51.8412

Autores

Sandra Depexe UFSM https://orcid.org/0000-0001-9536-4285

DOI:

https://doi.org/10.13037/ci.vol23n51.8412

Palavras-chave:

Twitter, NVivo, pesquisa qualitativa, Covid-19

Resumo

Com o objetivo de contribuir com o campo das ciências da comunicação, este texto apresenta notas de uso do software NVivo para investigação exploratória da hashtag #coronavirusnobrasil no Twitter. Aborda a pesquisa qualitativa auxiliada por computador, com atenção à descrição da coleta de dados, formação de datasets e incursão às ferramentas de visualização de dados nativos do software. Articula os achados em diálogo ao fazer metodológico operacional, indicando as potencialidades e limitações do software. Quanto aos dados empíricos, revela que as menções ao presidente do Brasil são recorrentes na amostra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Depexe, UFSM

Doutora em Comunicação. Docente do Departamento de Ciências da Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria.

Referências

ALSHAABI, T. et al. How the world’s collective attention is being paid to a pandemic: COVID-19 related 1-gram time series for 24 languages on Twitter. p. 1–13, 2020. Disponível em: <http://arxiv.org/abs/2003.12614>.

ALVES, Dáfni; FIGUEIREDO FILHO, Dalson; HENRIQUE, Anderson. O poderoso NVivo: uma introdução a partir da análise de conteúdo. Revista Política Hoje, v. 24, n. 2, p. 119–134, 2016.

AMES, Valesca Daiana Both. As possibilidades de uso do software de análise qualitativa NVivo. Sociologias Plurais, v. 1, n. 2, p. 230–247, 2013.

ARAÚJO, Willian Fernandes. Assim falam as plataformas: uma proposta de análise da constituição de práticas e comportamentos nos textos de plataformas digitais. In: POLIVANOV, BEATRIZ et al. (Org.). Fluxos em redes sociotécnicas: das micronarrativas ao big data. São Paulo: Intercom, 2019. p. 181–205.

AZEEM, Muhammad; SALFI, Naseer Ahmad. Usage of Nvivo software for qualitative dada analysis. Academic Research International, v. 2, n. 1, p. 262–266, 2012.

BONIN, Jiani. Questões metodológicas na construção de pesquisas sobre apropriações midiáticas. In: MOURA, CLÁUDIA PEIXOTO DE; LOPES, MARIA IMMACOLATA VASSALLO DE (Org.). . Pesquisa em comunicação: metodologias e práticas acadêmicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016. p. 213–231.

CHA, Meeyoung et al. Measuring user influence in twitter: The million follower fallacy. ICWSM 2010 - Proceedings of the 4th International AAAI Conference on Weblogs and Social Media, p. 10–17, 2010.

CHEN, Emily; LERMAN, Kristina; FERRARA, Emilio. COVID-19: The First Public Coronavirus Twitter Dataset. p. 4–5, 2020. Disponível em: <http://arxiv.org/abs/2003.07372>.

DIAS, Cristiane. Sujeito, sociedade e tecnologia: a discursividade da rede (de sentidos). São Paulo: Hucitec Editora, 2012.

FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009a.

FLICK, Uwe. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009b.

FRAGOSO, Suely; RECUERO, Raquel; AMARAL, Adriana. Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre: Sulina, 2011.

FRANÇA, Vera. Celebridades: identificação, idealização ou consumo? In: V. FRANÇA; J. FREIRE FILHO; L. LANA; P. SIMÕES (org). Celebridades no século XXI: transformações no estatuto da fama. Porto Alegre, Sulina, 2014, p. 15-36.

GRIJÓ, Wesley Pereira. Uso de software de pesquisa qualitativa na análise de dados da recepção midiática. Entre.Meios, v. 10, n. 10, 2013.

JACKS, Nilda et al. Um cenário de intensa mudança: 2010 a 2015. In: JACKS, Nilda et al. (Org.). Meios e audiências III: reconfigurações dos estudos de recepção e consumo midiático no Brasil. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2017. p. 11–18.

JACKS, Nilda et al. Uso de softwares na abordagem qualitativa: a experiência da pesquisa “Jovem e Consumo Midiático em Tempos de Convergência”. Questões Transversais, v. 4, n. 7, p. 46–54, 2016.

JAHANBIN, Kia; RAHMANIAN, Vahid. Using twitter and web news mining to predict COVID-19 outbreak. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, n. March, p. 26–28, 2020.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.

KELLE, Udo. Análise com auxílio de computador: codificação e indexação. In: BAUER, MARTIN W.; GASKELL, GEORGE (Org.). . Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 393–415.

KNAFLIC, Cole Nussbaumer. Storytelling com dados: um guia sobre visualização de dados para profissionais de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2018.

KOUZY, Ramez et al. Coronavirus Goes Viral: Quantifying the COVID-19 Misinformation Epidemic on Twitter. Cureus, v. 12, n. 3, 2020.

LAGE, Maria Campos. Utilização do software NVivo em pesquisa qualitativa : uma experiência em EaD. ETD – Educação Temática Digital, v. 12, p. 198–226, 2011.

LAGE, Maria Campos; GODOY, Arilda Schmidt. O uso do computador na análise de dados qualitativos: questões emergentes. RAM. Revista de Administração Mackenzie, v. 9, n. 4, p. 75–98, 2008.

LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia no ciberespaço. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Pesquisa em comunicação. 10. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

LOPEZ, Christian E.; VASU, Malolan; GALLEMORE, Caleb. Understanding the perception of COVID-19 policies by mining a multilanguage Twitter dataset. p. 1–4, 2020. Disponível em: <http://arxiv.org/abs/2003.10359>.

MARTINO, Luís Mauro Sá. Métodos de pesquisa em comunicação: projetos, ideias, práticas. Petrópolis: Vozes, 2018.

MOZZATO, Anelise Rebelato; GRZYBOSKI, Denize; TEIXEIRA, Alex Niche. Análises qualitativas nos estudos organizacionais: as vantagens non uso do software NVivo®. Revista Alcance, v. 23, n. 4, p. 578–587, 2016.

OROZCO GÓMEZ, Guillermo; GONZÁLEZ REYES, Rodrigo. Una cortada metodológica: abordajes cualitativos en la investigación en comunicación, medios y audiências. México: Produtora de Contenidos Culturales, 2011.

PIENIZ, Mônica; SILVA, Ronei Teodoro; MATOS, Ludimila Santos. Sujeitos em trânsito na internet. In: JACKS, Nilda et al. (Org.). Meios e audiências III: reconfigurações dos estudos de recepção e consumo midiático no Brasil. 1. ed. Porto Alegre: Sulina, 2017. p. 19–40.

PRIMO, Alex. Afetividade e relacionamentos em tempos de isolamento social: intensificação do uso de mídias sociais para interação durante a pandemia de COVID-19. Comunicação & Inovação, v. 21, p. 176-198, 2020.

RECUERO, Raquel. Estudando discursos em mídia social: uma proposta metodológica. In: SILVA, Tarcízio; BUCKSTEGGE, Jaqueline; ROGEDO, Pedro (Org.). Estudando cultura e comunicação com mídias sociais. Brasília: IBPAD, 2018. p. 13–30.

RECUERO, Raquel; SOARES, Felipe. O discurso desinformativo sobre a cura do COVID-19 no Twitter. E-Compós, v. 24, n.1, p. 1-29, 2021.

SANTAELLA, Lucia; LEMOS, Renata. Redes sociais digitais: a cognição conectiva do Twitter. 1. ed. São Paulo: Paulus, 2010.

TEIXEIRA, Alex Niche. A centralidade do pesquisador na relação com os softwares de análise qualitativa. XV Congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia. Curitiba: Anais do XV Congresso Brasileiro de Sociologia, 2011.

TEIXEIRA, Alex Niche; BECKER, Fernando. Novas possibilidades da pesquisa qualitativa via sistemas CAQDAS. Sociologias, v. 3, n. 5, p. 94–113, 2001.