Funcionalidade de membro superior e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama submetidas a tratamento fisioterapêutico
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol14n48.3510Palavras-chave:
câncer de mama, pós-operatório, amplitude de movimento, qualidade de vida, protocolo fisioterapêuticoResumo
Introdução: O câncer de mama é um grave problema de saúde pública, sendo a maior causa de morte feminina no Brasil. O tratamento pode ser cirúrgico e/ou conservador, podendo provocar linfedema e redução da amplitude de movimento do membro superior, principalmente nos movimentos de flexão e abdução de ombro, repercutindo negativamente na qualidade de vida. Objetivo: Verificar o impacto da aplicação de um protocolo fisioterapêutico sobre a funcionalidade e qualidade de vida de mulheres que foram submetidas ao tratamento do câncer de mama. Materiais e métodos: Estudo experimental do tipo antes e depois, composto por 10 sessões de mobilização cicatricial, alongamentos, exercícios ativos livres em todos os planos de movimento em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico e adjuvante, na faixa etária de 40 a 65 anos. Foram avaliadas quanto à amplitude de movimento (ADM), presença ou não de linfedema e qualidade de vida. Resultados: A amostra foi de 4 participantes com média de idade de 54±11,5 anos, submetidas à mastectomia radical modificada e à quadrantectomia associada ou não à linfadenectomia axilar. Inicialmente, foram detectados déficits em todos os planos de movimento do ombro ipsilateral, destacando-se com menores graus de amplitude na flexão, extensão, abdução e rotação externa, e após o protocolo observamos melhora da ADM em todos os movimentos do ombro, especialmente na flexão e abdução. Conclusão: Verificamos que um protocolo fisioterapêutico de curta duração melhorou a ADM de ombro e, consequentemente, sua qualidade de vida.
Downloads
Referências
Jammal MP, Machado ARM, Rodrigues LR. Fisioterapia na reabilitação de mulheres operadas por câncer de mama. O Mundo da Saúde 2008; 4(32): 506-10.
Guirro E, Guirro R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3ª ed. Barueri (SP): Manole; 2004.
Velloso FSB, Barra AA, Dias RC. Morbidade de membros superiores e qualidade de vida após a biópsia de linfonodo sentinela para o tratamento de câncer de mama. Rev Bras Cancerol 2009; 55(1): 75-85.
Quinto SMG, Mejia DPM. Benefícios da fisioterapia no tratamento de linfedema pós-mastectomia radical: uma revisão literária. [tese de doutorado]. Goiânia: Faculdade Ávila; 2012 [acesso em 2015 abr 11]. Disponível em: http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:JeGsIiHtM7gJ:scholar.google.com/&hl=en&as_sdt=0,5&as_vis=1
Gusmão C. Drenagem linfática manual: método Dr. Vodder. 1ª ed. São Paulo: Atheneu; 2010.
Rezende LF, Beletti PO, Franco RL, Moraes SS, Gurgel MSC. Exercícios livres versus direcionados nas complicações pós-operatórias de câncer de mama. Rev Assoc Med Bras 2006; 1(52): 37-42.
Marconi MA, Lakatos EM. Fundamentos de metodologia científica. 5ª ed. São Paulo: Atlas; 2003.
Silva MD, Rett MT, Mendonça ACR, Junior WMS, Prado VM, Santana JM. Qualidade de vida e movimento do ombro no pós-operatório de câncer de mama: um enfoque da fisioterapia. Rev Bras Cancerol 2013; 59(3): 419-26.
O’keeffe ST, Mulkerrin EC, Naveem K, Varughese M, Pillay I. Use of serial mini-mental state examinations to diagnose and monitor delirium in elderly hospital patients. J Amer Geriatr Soc 2005; 53(5): 867-70.
Levone BR, Schossler MS, Pedrini A, Silva IS. Fisioterapia no pré e pós-operatório imediato de cirurgia de quadrantectomia mamária: um estudo de caso. EFDeportes 2011; 15(152): 1.
Marques AP. Manual de goniometria. 3ª ed. Barueri: Manole; 2003.
Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol 1999; 39(3): 143-50.
Rett MT, Santos AKG, Mendonça ACR, Oliveira IA, Santana JM. Efeito da fisioterapia no desempenho funcional do membro superior no pós-operatório de câncer de mama. Rev Ciênc Saúde 2013; 6(1): 18-24.
Almeida SP. A cinesioterapia em paciente pós-mastectomizada. [Monografia]. Rio de Janeiro: Universidade Veiga de Almeida; 2008 [acesso em 2015 jun 15]. Disponível em: https://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/a_cinesiologia_em_paciente_pos_mastectomizada.pdf
Silva SH, Godoy JMP. Avaliação da amplitude de movimento de ombro. Acta Med Port 2009; 5(22): 567-70.
Leites GT, Knorst MR, Lima CHL, Zerwes FP, Friso VB. Fisioterapia em oncologia mamária: qualidade de vida e evolução clínico funcional. Rev Ciênc Saúde 2010; 3(1): 14-21.
Nascimento SL, Oliveira RR, Oliveira MMF, Amaral MTP. Complicações e condutas fisioterapêuticas após cirurgia por câncer de mama: estudo retrospectivo. Rev Fisioter Pesqui 2012; 19(3): 248-55.
Rett MT, Mesquita PJ, Mendonça ARC, Moura DP, Santana JM, A cinesioterapia reduz a dor no membro superior de mulheres submetidas à mastectomia ou quadrantectomia. Rev Dor 2012; 13(3): 201-7.
Gutiérrez MGR, Bravo MM, Chanes DC, Vivo MCR, Souza GO. Adesão de mulheres mastectomizadas ao início precoce de um programa de reabilitação. Acta Paul Enferm 2007; 20(3): 249-54.
Pischel GCF, Graziani SR. Programa de fortalecimento muscular direcionado a pacientes portadores de carcinoma de mama no pós-operatório tardio. Rev Pibic 2006; 3(2): 79-86.
Tacani PM, Baptista PAN, Campos CM, Kasawara KT, Gimenes RO. Fisioterapia em grupo na reabilitação funcional dos membros superiores de mulheres pós-mastectomia. Ter Man 2013; 51(11): 1-6.
Lahoz MA, Nyssen SM, Correia GN, Garcia APU, Driusso P. Capacidade funcional e qualidade de vida em mulheres pós-mastectomia. Rev Bras Cancerol 2010; 56(4): 423-30.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).