BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL: REVISÃO DE LITERATURA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol18n63.6290

Palavras-chave:

Humanização da assistência, Parto normal, Cuidados de enfermagem, Enfermagem obstétrica

Resumo

Introdução: O uso das boas práticas na assistência ao parto normal tem demonstrado impacto positivo no prognóstico materno e neonatal. Objetivo: O presente estudo objetivou refletir sobre as boas práticas de enfermagem na assistência ao parto normal por meio de uma revisão integrativa da literatura. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, em que foram selecionadas e analisadas as publicações realizadas entre os anos de 2015 e 2019 disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) a respeito das boas práticas de enfermagem na assistência ao parto normal em consonância com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Procedeu-se a busca utilizando os descritores: “humanização da assistência”, “parto normal”, “cuidados de enfermagem” e “enfermagem obstétrica”, de forma isolada e combinada. Após a seleção segundo os critérios de inclusão 13 artigos compuseram a análise. Resultados: Compuseram a análise 14 artigos. Os estudos confirmam a importância do uso das boas práticas na assistência ao parto normal para um melhor prognóstico materno e neonatal, embora outros tenham evidenciado necessidade de implementação com conscientização e responsabilização de cada profissional devendo haver participação ativa das instituições de saúde. Conclusão: É primordial que os enfermeiros incorporem as boas práticas na assistência ao parto, bem como soluções efetivas dos entraves para sua implementação, baseando as políticas e as práticas de saúde nas melhores evidências disponíveis, promovendo a efetividade e a segurança das intervenções, implicando em mudança de comportamento, superação de barreiras e preenchimento de lacunas do conhecimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silas Santos Carvalho, Universidade Estadual de Feira de Santana

Mestre em Saúde Coletiva e Enfermeiro obstétrico. Universidade Estadual de Feira de Santanta-BA (UEFS)

Camila da Silva e Silva, Faculdade Ateneu

Enfermeira pós graduada em Obstetrícia. Faculdade Ateneu de Feira de Santana-BA

Referências

Silva TC, Bisognin P, Prates AL, Bortoli CFC, Oliveira G, Ressel LB et al. Práticas de atenção ao parto e nascimento: uma revisão integrativa. Revista de enfermagem do Centro Oeste Mineiro. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro. 2017;7:e1294.

Ramos WMA, Aguiar BGC, Conrad D, Pinto CB, Mussumeci PA. Contribution of obstetric nurse in good practices of child¬birth and birth assistance. Rev Fund Care Online. 2018; 10(1):173-179.

World Health Organization – WHO. Trends in maternal mortality: 1990-2013. Estimates by WHO, UNICEF, UNFPA, the World Bank and the United Nations Population Division. Geneva: WHO; 2014. Disponível em: URL: <https://www.who.int/reproductivehealth/publications/monitoring/maternal-mortality-2013/en/>.

COFEN - Resolução COFEN nº. 516/2016: Dispõe sobre a normatização e atuação do enfermeiro obstetra e dá outras providências. Disponível em: URL: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05162016_41989.html/print/.

Organização Mundial da Saúde (OMS). Recomendações da OMS Cuidados Intraparto para uma experiência de parto positiva. 2018. Disponível em: URL: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260178/9789241550215-eng.pdf?sequence=1.

Melo BM, Gomes LFS, Henriques ACPT, Lima SKM, Damasceno AKC. Implementação das boas práticas na atenção ao parto em maternidade de referência. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste. 2017;18(3).

Carvalho EMP, Göttems LBD, Pires MRGM. Adesão às boas práticas na atenção ao parto normal: construção e validação de instrumento. Rev Esc Enferm USP. 2015; 49(6):890-898

Carvalho SS, Oliveira BR, Bezerra ISA. Importância das orientações sobre trabalho de parto nas consultas de pré-natal: revisão de literatura. Rev. Educ. Saúde 2019; 7 (2): 142-150.

Pereira SB, Diaz CMG, Backes MTS, Ferreira CLL, Backes DS. Boas práticas de atenção ao parto e nascimento na perspectiva de profissionais de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. 2018; 71(3):1393-9.

Santana AT, Felzemburgh RDM, Couto TM, Pereira LP. Atuação de enfermeiras residentes em obstetrícia na assistência ao parto. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2019; 19(1): 145-155.

Possati AB, Prates LA, Cremonese L, Scarton J, Alves CN, Ressel LB. Humanização do parto: significados e percepções de enfermeiras. Revista de Enfermagem Escola Anna Nery. 2017; 21(4),

Alves TTM, Paixão GPN, Fraga CDS, Lírio JGS, Oliveira FA. Atuação da enfermeira obstetra no desenrolar do trabalho de parto e parto. Revista de Enfermagem e Atenção á Saúde. 2018;7(1):41-50.

Brasil. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento. Brasília: Ministério da Saúde. 2014. 465p. Disponível em: URL: <http://www.redehumanizasus.net/sites/default/files/caderno_humanizasus_v4_humanizacao_parto.pdf-12-03-2016>.

Côrtes CT, Oliveira SMJV, Santos RCS, Francisco AA, Riesco MLG, Shimoda, GT. Implementação das práticas em evidências na assistência ao parto normal. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2018;26.

Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-06.

Lei Nº 9.610 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em: URL: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm.

Malheiros PA, Alves V, Rangel TSA, Vargens OMC. Parto e nascimento: saberes e práticas humanizadas. Texto contexto - enferm. 2012; 21(2):329-337 .

Carvalho SS, Oliveira BR, Nascimento CSO, Gois CTS, Pinto IO. Percepção da equipe de enfermagem sobre a implantação do setor de acolhimento com classificação de risco às gestantes. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2018; 18(2):309-315.

Andrade LFB, Rodrigues QP, Silva RCV. Boas práticas na atenção obstétrica e sua interface com a humanização da assistência. Rev enferm UERJ. 2017; 25:e26442.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde a Rede Cegonha. Disponível em: URL: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html.

Pedroso CNLS, Lopez LC. À margem da humanização? Experiências de parto de usuárias de uma maternidade pública de Porto Alegre-RS. Physis Revista de Saúde Coletiva. 2017; 27(4):1163-1184.

Lei Nº 17.097/2017. Dispõe sobre a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente contra a violência obstétrica no Estado de Santa Catarina. Disponível em: URL: http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2017/17097_2017_lei.html.

Câmara dos Deputados. Projeto de Lei PL 7633 /14; PL 7867 /17; PL8219 /17. Dispõem sobre as diretrizes e os princípios inerentes aos direitos da mulher durante a gestação, pré-parto e puerpério e a erradicação da violência obstétrica. Disponível em: URL: https://www.conjur.com.br/2018-out-08/mp-debate-violencia-obstetrica-politicas-publicas-legislacao-brasileira

Côrtes CT, Santos RCS, Caroci AS, Oliveira SG, Oliveira SMJV, Riesco MLG. Metodologia de implementação de práticas baseadas em evidências científicas na assistência ao parto normal: estudo piloto. Rev Esc Enferm USP • 2015; 49(5):716-725.

Medeiros RMK, Teixeira RC, Nicolini AB, Alvares AS, Correa ACP, Martins DP. Cuidados humanizados: a inserção de enfermeiras obstétricas em um hospital de ensino. Rev Bras Enferm [Internet]. 2016;69(6):1029-36.

Oliveira OS, Couto TM, Gomes NP, Campos LM, Lima KTRS, Barral FE. Boas Práticas no processo do parto: concepções de enfermeiras obstétricas. Rev Bras Enferm. 2019;72(2):475-83.

Vieira MJ, Santos AAP, Silva JMO, Sanches METL. Assistência de enfermagem obstétrica baseada em boas práticas: do acolhimento ao parto. Revista Eletrônica De Enfermagem. 2016;18.

Dodou HD, Rodrigues DP, Guerreiro EM, Guedes MVC, Lago PN, Mesquita NS. A contribuição do acompanhante para a humanização do parto e nascimento: percepções de puérperas. Esc. Anna Nery. 2014;18(2):262-269.

Sousa AMM, Souza KV, Rezende EM, Martins EF, Campos D, Lansky S. Práticas na assistência ao parto em maternidades com inserção de enfermeiras obstétricas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Esc. Anna Nery. 2016;20(2):324-331.

Teixeirense MMS, Santos SLS. Da expectativa à experiência: humanizar o parto no Sistema Único de Saúde. Botucatu. 2018;22(65):399-410.

Cruz AGC, Oliveira LLMN. A utilização da Bola Suíça na promoção do parto humanizado. Rev Bras Ciências da Saúde. 2014;18(2):175-180.

Reis, AE, Patrício ZM. Aplicação das ações preconizadas pelo Ministério da Saúde para o parto humanizado em um hospital de Santa Catarina. Ciência e Saúde Coletiva. 2005; 10:221-230.

Downloads

Publicado

2020-03-24