Tendência temporal da sífilis congênita em Palmas, Tocantins: análise por pontos de inflexão, 2008 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol19n67.7333Palavras-chave:
Saúde Materno-Infantil, Vigilância epidemiológica, Estudos de séries temporais, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: A sífilis constitui um problema de saúde pública mundial. Em Palmas, capital do Tocantins, a taxa de detecção de sífilis congênita (SC) foi superior à média do estado e do Brasil em 2018. Apesar disso, este é um assunto ainda pouco estudado no município. OBJETIVO: descrever a tendência temporal da Sífilis Congênita em Palmas, Tocantins no período de 2008 a 2018. MÉTODOS: Estudo de série temporal baseado em dados epidemiológicos oriundos do Departamento de informática do Sistema Único de Saúde. A análise incluiu modelos de regressão de Poisson por pontos de inflexão Joinpoint. RESULTADOS: Foram registrados 451 casos de SC, cuja taxa de detecção apresentou aumento significativo no período 2010-2018 (APC=11,8 – IC95% 3,9 a 20,3). No período total, houve um decréscimo significativo da SC tardia (APC=-8,1 – IC95% -13,3 a –2,6), SC de mães de 30 a 39 anos (APC= -6,0 – IC95% -10,4 a -1,4) e SC com tratamento adequado (APC=-23,1 – IC95% -32,5 a –9,7). No mesmo período, houve aumento significativo de SC em mães de 15 a 19 anos (APC=10,4 – IC95% 4,9 a 16,2), com 10 a 12 anos de estudo (APC=3,2 – IC95% 0,2 a 6,3) e com tratamento inadequado (APC= 5,5 – IC95% 0,2 a 11,1). No período de 2011 a 2018, houve queda significativa da SC com parceiro não tratado (APC=-5,8 – IC95% -10,7 a –0,5). CONCLUSÃO: Para melhores indicadores, é necessária a melhoria da assistência pré-natal, incluindo, essencialmente, os parceiros no tratamento da doença, somada à promoção de educação sexual em escolas para a população adolescente.
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