AVALIAÇÃO DOS ACHADOS CITOPATOLÓGICOS DO COLO DO ÚTERO REALIZADOS EM UMA UBS ENTRE 2020-2021

Avaliação dos achados citopatológicos do Colo do Útero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol22.e20249002

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Neoplasia Intraepitelial de colo do útero, Teste de papanicolau

Resumo

Introdução: Diante de um cenário de pandemia, a ansiedade e a preocupação se instauraram entre os serviços de saúde, incluindo na Atenção Básica. Pois fez-se necessário a reorganização do fluxo de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que, além de promover o enfrentamento à pandemia e medidas de prevenção de transmissão, também teve as atividades essenciais inerentes a esse ponto da rede limitados. Nesse sentido, a saúde da mulher foi uma das áreas afetadas, a saber pela limitação na rotina de exames de rastreamento de Câncer do Colo de Útero (CCU). Objetivo: Descrever os achados citopatológicos encontrados nos laudos dos exames realizados entre 2020 e 2021 e suas principais alterações. Métodos: A presente pesquisa constitui um estudo transversal, documental, descritivo-exploratório, retrospectivo e com abordagem quantitativa. As variáveis analisadas foram aquelas contidas no laudo do Exame Citopatológico do Câncer do Colo de Útero por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0. Resultados: Analisando os laudos dos exames citopatológicos alterados das mulheres entre 2020 e 2021, foi possível observar a presença de alteração em 10,9% (29) dos laudos. Ao utilizar n=29, verificou-se a prevalência da ASC-H (34,5%), acompanhado de HSIL (27,6%), ASC-US (24%), LSIL (6,9%), AGC (3,5%) e HSIL-MICRO (3,5%) do total de exames alterados. Conclusão: O diagnóstico situacional evidencia uma cobertura de PCCU que precisa melhorar para garantir o diagnóstico adequado para mulheres e alcance de melhores indicadores de saúde, reduzindo assim a incidência de mortalidade por este tipo de câncer nas mulheres. 

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Biografia do Autor

Lays Florêncio Almeida, Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas- FESP - Palmas ,TO - Brasil

Fundação Escola Saúde Pública de Palmas (FESP). Especialista pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade. Palmas. Tocantins. Brasil. Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Palmas. Tocantins. Brasil.

Tetrynha Reis Arruda do Vale, Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas- FESP - Palmas ,TO - Brasil

Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP). Especialização Saúde da Família e Comunidade. Palmas. Tocantins. Brasil. Graduação em Enfermagem pela Instituição Tocantinense Presidente Antônio Carlos. Araguaína. Tocantins. Brasil.

Antônio Matheus Santos Medrado, Universidade Federal do Tocantins- UFT - Palmas - TO - Brasil

Mestrando no Programa de Pós Graduação em Ensino em Ciências e Saúde (PPGESC/UFT). Universidade Federal do Tocantins (UFT). Palmas - TO, Brasil. Graduado em Enfermagem pela Universidade Federal do Tocantins, Palmas - TO, Brasil.

Eliane Cristina dos Santos Souza, Universidade Federal do Tocantins- UFT - Palmas - TO - Brasil

Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins: Responsável Técnica (LABMEQ-TO). Palmas, Tocantins, Brasil. Mestrado Profissional em Ciências da Saúde. Universidade Federal do Tocantins (UFT): Palmas, Tocantins, Brasil.

Mirian Cristina dos Santos Almeida, Universidade Federal do Tocantins- UFT - Palmas - TO - Brasil

Fundação Escola Saúde Pública de Palmas-TO (FESP). Programa de Residência Multiprofissional em Saude da Família e Comunidade. Palmas. Tocantins. Brasil. Doutorado. Graduação em Enfermagem. Universidade de São Paulo (USP). São Paulo. Brasil.

Danielle Rosa Evangelista, Universidade Federal do Tocantins- UFT - Palmas - TO - Brasil

Universidade Federal do Tocantins. Mestrado Profissional em Ciências da Saúde. Palmas. Tocantins. Brasil
Doutorado. Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza. Ceará. Brasil.

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Publicado

2024-08-05