ACESSIBILIDADE GEOGRÁFICA DE IDOSOS AOS CUIDADOS PRIMÁRIOS DE UMA UNIDADE DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA, DIAMANTINA, MG
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol22.e20249029Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Acesso aos Serviços de Saúde, Saúde do Idoso, Geografia médicaResumo
Introdução: A qualidade de vida dos idosos está associada aos meios que facilitam seu acesso à saúde, entre eles a acessibilidade geográfica. Diante disso, o estudante de medicina dispõe de ferramentas que avaliam o território e suas barreiras físicas, elencando os impactos e promovendo melhor acesso aos serviços de saúde. Objetivo: Estudar o acesso geográfico de uma unidade de atenção primária à saúde, dentro da rede de atenção e os possíveis impactos na saúde do idoso. Materiais e métodos: O estudo foi realizado por meio de dados da Estratégia de Saúde da Família Centro na cidade de Diamantina-MG, como informações sobre o território e número de consultas. Ademais, dados construídos pelos autores a partir das ferramentas Google Maps e Planilhas do Google, como mapas, lista de serviços da rede de saúde e tabelas sobre tempo de locomoção/distância até os serviços. Resultados: Ao analisar a distribuição geográfica da ESF Centro, dividida em quatro áreas, é possível avaliar nas MA 01 e 02 uma melhor acessibilidade aos serviços de saúde por essa população, pois 94,87% das ruas com intervalo de distância de 0-400m da ESF, concentra-se nas MA 01 e 02. Outro dado relevante são os números de consultas, que do total realizadas na ESF Centro, em dias aleatórios, a participação dessas MA (01 e 02) representa 69,4% das consultas. Conclusão: Conclui-se que o fator distância e tempo de deslocamento até a unidade de saúde e outros serviços são índices que afetam o acesso à saúde pelos idosos.
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