Motivos para o atraso no calendário vacinal de crianças em uma unidade básica de saúde no Sul do Brasil

Autores

  • Marcelle Dutra Silveira Universidade Federal de Pelotas
  • Juliana Graciela Vestena Zillmer Universidade Federal de Pelotas
  • Sidnéia Tessmer Casarin Universidade Federal de Pelotas
  • Eduarda Rosado Soares Universidade Federal de Pelotas
  • Amanda Morástico Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol14n49.3625

Palavras-chave:

saúde pública, saúde da criança, vacinas

Resumo

Introdução: As vacinas atuam em prevenção, controle e erradicação de doenças imunopreveníveis. Entretanto, destacam-se inúmeras dificuldades quanto ao cumprimento do calendário vacinal em crianças. Objetivo: Identificar os motivos que levam para o não cumprimento do calendário básico vacinal em crianças de até 24 meses em uma Unidade Básica de Saúde com Estratégia de Saúde da Família em um município da região Sul do Brasil. Métodos: Trata-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa. Utilizou-se como instrumento de pesquisa um formulário pré-codificado que fornece informações importantes sobre a população atendida. Os dados coletados foram digitados no Programa EpiData 3.01 e analisados pelo mesmo software. Resultados: Constatou-se que as crianças do sexo masculino possuem maior prevalência com relação ao atraso vacinal; quanto aos responsáveis pelas crianças, foi evidenciado que a maioria são mulheres e que uma considerável parcela é de adolescentes de ambos os sexos, predominando como estado civil o de solteiro. A vacina com maior percentual de atraso foi a inativada poliomielite, e as com menor percentual foram a tríplice viral, a tetraviral e a rotavírus. Quanto aos motivos de atraso vacinal, os principais foram determinados pela ausência de vacinas no serviço de saúde e pelo esquecimento por parte dos responsáveis pelas crianças. Conclusão: Constata-se a importância de a Unidade Básica de Saúde desenvolver estratégias a fim de cobrir o calendário vacinal infantil, com ênfase na busca ativa realizada pelos agentes comunitários em saúde e também nos registros dos imunobiológicos para melhor gestão dos insumos.

 

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Publicado

2016-06-14

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS