AVANÇOS E DESAFIOS DA CONCRETIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DA SAÚDE DA MULHER: REFLEXÃO TEÓRICA
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol17n61.6012Keywords:
Saúde da mulher, política pública de saúde, assistência integral a saúde.Abstract
RESUMO
Introdução: Após uma década da implantação da Política Nacional da Saúde da Mulher, a sua efetividade ainda é um desafio. Objetivo: Analisar os avanços e desafios para a concretização da atual Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Medline, Lilacs, SciELO e Bireme, a partir da implantação da PNAISM (2004), para conhecer as dificuldades da concretização dessa política desde o inicio. Os descritores utilizados foram: saúde da mulher, políticas públicas e integralidade. Foram selecionados e analisados 12 estudos, com predomínio de artigos de revisão da literatura, com foco nas condições de saúde das mulheres e as políticas voltadas para sua integralidade. Resultados: Os avanços observados apontam que o acesso à atenção pré-natal aumentou consideravelmente na última década, reduzindo substancialmente a mortalidade infantil e ampliando as intervenções de saúde dirigidas às mães e às crianças. Os principais desafios estiveram relacionados à integralidade, atendimento humanizado e vulnerabilidade programática. Conclusão: Apesar da permanência de muitos conflitos após a implantação desta política, observa-se mudanças no cenário da saúde referente as mulheres, no momento em que o cuidado não mais se restringe apenas a reprodutividade e ao ciclo gravídico-puerperal. Porém, ainda serão necessários esforços das equipes de saúde e dos gestores para potencializar a integralidade na perspectiva de construir mudanças significativas para a saúde das mulheres.
Palavras-chave: Saúde da mulher; política pública de saúde; assistência integral a saúde.
Downloads
References
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
Freitas LF, Vasconcelos CTM, Moura ERF, Pinheiro AKB. Discutindo a política de atenção à saúde da mulher no contexto da promoção da saúde. Rev. Eletr. Enf.[Internet]. Goiânia, v.11, n.2, p.424-8, 2009. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n2/v11n2a26.htm
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes/Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
Htun M. Puzzles of Women’srights in Brazil. Social research, v.69, n.3, p.733-751, 2002.
Coelho EAC, Silva, CTO, Oliveira JF, Almeida MS. Integralidade do cuidado à saúde da mulher: Limites da prática profissional. Esc Anna Nery RevEnferm. Rio de Janeiro, 2009, v13, n1, p. 154-160.
Conserva RCO. A política de saúde no Brasil: um enfoque na atenção voltada para as mulheres [monografia]. Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba; 2011.
Severino, AJ. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007, 23. ed. rev. e atual.
Pasqual KK, Carvalhaes MABL, Parada CMGL. Atenção à saúde da mulher após os 50 anos: vulnerabilidade programática na Estratégia Saúde da Família. Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre, v.36, n.2, 2015.
Costa CSC, VILA, Carvalho VS, Rodrigues FM, Martins CA, Pinho LMO. Características do atendimento pré-natal na Rede Básica de Saúde. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. Goiânia, v.15, n.2, p.516-22, 2013.
Victora C, Aquino E, Leal MC, Monteiro CA, Barros F, Szwarcwald C. Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios. The Lancet. DOI:10.1016/S0140- 6736(11)60138-4.
Santos, LFM, São Bento PAS, Telles AC, Rodrigues RF, Xavier RB. Mulheres com deficiência: reflexões sobre a trajetória das políticas públicas de saúde. Rev enferm. Recife, v.7 n.7, p.4775-81, jul. 2013.
Farah, MFS. Gênero e políticas públicas. Estudos Feministas. Florianópolis, v.12, n.1, p.360, 2004.
Neto, ETS, Alves KCG, Zorzal M, Lima RCD. Políticas de saúde materna no Brasil: os nexos com indicadores de saúde materno-infantil. Saude soc. São Paulo, v.17, n. 2, 2008. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000200011
Temmerman M, Khosla R, Laski L, Mathews Zoe, Say L. Women’s health priorities and interventions.BMJ. California, v.35, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1136/bmj.h4147
Cabral SAAO, Nóbrega JYL, Oliveira AS, Silva NQ, Silvia G, Nóbrega AL, Moura BA. Análise da efetividade das ações em saúde da mulher realizadas pela secretaria municipal de saúde de cajazeiras-PB. Informativo Técnico do Semiárido. 2015, v.9, n.1, p.23-26.
Meyer DE. Teorias e políticas de gênero: fragmentos históricos e desafios atuais. Rev Bras Enferm. Brasília, v.57, n.1, p.13-8, 2004.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Policy Proposal for Journals offering Free Delayed Access
Authors who publish in this magazine agree to the following terms:
- Authors maintain the copyright and grant the journal the right to the first publication, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License after publication, allowing the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
- Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this magazine (eg, publishing in institutional repository or as a book chapter), with the acknowledgment of the authorship and initial publication in this journal.
- Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase impact and citation of the published work (See The Effect of Open Access).