Fatores associados à colonização axilar por microrganismo resistente em pacientes na unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol15n51.3941Palabras clave:
Controle de Infecções, Resistência Microbiana a Medicamentos, Segurança do Paciente, Unidade de Terapia Intensiva, Susceptibilidade AntimicrobianaResumen
Introdução: A disseminação da resistência bacteriana quase sempre está vinculada a pacientes colonizados ou infectados. A detecção de pacientes colonizados permite a implementação oportuna de intervenções destinadas a prevenir a transmissão de microrganismos resistentes e consequentemente a infecção. Objetivo: Analisar a incidência de colonização axilar por microrganismo resistente (MR) e os possíveis fatores de risco associados, em pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Materiais e métodos: Tratou-se de uma coorte histórica realizada entre agosto de 2013 a agosto de 2015, envolvendo 837 pacientes. Os dados foram coletados de registros dos prontuários dos pacientes e resultados de exames microbiológicos. Resultados e conclusões: Dentre os pacientes avaliados, 122 (14,6%) estavam colonizados por MR, destacando-se: Enterobacter sp. (25%), Acinetobacter baumannii (20%), Staphylococcus aureus (15%), Pseudomonas aeruginosa (12%). Os fatores associados à colonização por microrganismos resistentes foram: tempo de permanência na UTI?9 (OR=32,4), uso de procedimento invasivo (OR=25,7) e uso de antimicrobiano (OR=13,9). A relação entre colonização por microrganismo resistente e os fatores de risco evidencia a necessidade de monitorização e instituição de protocolos que visem a adesão às medidas de controle da disseminação desses microrganismos.
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