Síndrome de Burnout em professores das escolas públicas do município de Buenópolis, MG

Autores/as

  • Valéria Alaide Araújo Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil
  • Jéssica Magalhães Freire Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil
  • Marcos Vinícius Macedo de Oliveira Faculdades Unidas do Norte Minas e Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – Montes Claros (MG), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol15n52.4391

Palabras clave:

Burnout, Esgotamento Profissional, Educação, Trabalho

Resumen

Introdução: A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, está associada ao trabalho, ambiente no qual podem ocorrer atividades que causam desajustamentos psicofísicos nos profissionais. Sua maior incidência está entre os trabalhadores que têm relações diretas com pessoas, como é o caso dos professores, que convivem diariamente com fatores que colaboram para desgastes mentais e físicos. Objetivo: Analisar a ocorrência da síndrome de burnout entre professores do município de Buenópolis (MG), verificando possíveis associações com as características sociodemográficas e laborais desses profissionais. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo analítico, transversal e quantitativo em uma amostra de 71 professores. Utilizou-se instrumentos de pesquisa como formulários socioeconômicos, laborais e o MBI (Maslach Burnout Inventory) que identificou características dos investigados e a ocorrência da síndrome de burnout. Resultados: Verificou-se que 52,1% dos professores apresentam a síndrome de burnout, cuja maior ocorrência foi observada em indivíduos que se sentem pouco valorizados (p=0,001), com pouca autonomia (p=0,000), que não gostam do trabalho (p=0,014), e que já pensaram em desistir da profissão (p=0,000). Conclusão: O trabalho docente é uma profissão que pode gerar grande estresse, e com a análise deste estudo evidencia-se que mais da metade dos professores analisados apresenta a síndrome de burnout. Existe a necessidade de melhorar o ambiente organizacional tendo em mente os fatores relacionados à doença, visto que essa gera agravos à saúde e ao desempenho do professor, prejudicando também o sistema educacional. Sugere-se, assim, como forma de melhoria, o acompanhamento psicopedagógico como caráter profilático.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

França SPS, De Martino MMF, Aniceto EVS, Silva LL.

Preditores da síndrome de burnout em enfermeiros de

serviços de urgência pré-hospitalar. Acta Paul Enferm.

;25(1):68-73.

Souza MC, Guimarães ACA, Araújo, CCR. Estresse no trabalho

em professores universitários. Rev Bras Ciênc Saúde.

;35:1-8.

Ferrari R, França FM, Magalhães J. Avaliação da síndrome de

burnout em profissionais de saúde: uma revisão integrativa da

literatura. Rev Eletr Gestão Saúde. 2012;3(3):1150-65.

Abreu SA, Moreira EA, Leite SF, Teixeira CC, Silva ME,

Cangussu LMB, et al. Determinação dos sinais e sintomas

da síndrome de burnout através dos profissionais da saú-

de da Santa Casa de Caridade de Alfenas Nossa Senhora

do Perpétuo Socorro. Rev. Univ. Vale Rio Verde (Online).

;13(1):201-38.

Foresto DS, Souza JLE. Síndrome de burnout: indicadores

em enfermeiros da atenção primária. Rev Funec Cien –

Multidisciplinar. 2014;3(5):110-21

Carrilo-Esper R, Gómez HK, Estrada IEM. Síndrome de burnout

en la práctica medica. Med Int Mex. 2012;28(6):579-84.

Andrade PS, Cardoso TAO. Prazer e dor na docência: revisão

bibliográfica sobre a síndrome de burnout. Saúde Soc.

;21(1):129-40.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades:

Buenópolis. 2016. [citado em 2016 mar 18]. Disponível em:

http://cod.ibge.gov.br/940

Cracco CLAC, Salvador JA. Identificação da síndrome de

burnout na equipe de enfermagem de uma unidade de pronto

atendimento [monografia]. Lins: Centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium; 2010.

Grunfeld E, Whelan TJ, Zitzelsberger L, Willan AR,

Montesanto B, Evans WK. Cancer care workers in Ontario:

prevalence of burnout, job stress and job satisfaction. CMAJ.

; 163(2):166-9.

Zille LP, Cremonezi AM. Estresse no trabalho: um estudo

com professores da rede pública estadual de Minas Gerais.

Reuna. 2013;18(4):111-28.

Machado VR, Boechat IT, Santos, MFR. Síndrome de

burnout uma reflexão sobre a saúde mental do educador.

Transformar. 2015;7:257-72.

Hozo ER, Sucic G, Zaja I. Burnout syndrome among

educators in pre-school institutions. Mater sociomed.

;27(6):399-403.

Sousa JRS, Oliveira GF, Damasceno MMS, Silva ACO.

Prevalência da síndrome de burnout em profissionais da educação.

Cad Cult Cienc. 2012;11(1):70-9.

Ruiz-Calzado I, Llorent VJ. El burnout en los profesionales de

la educación que trabajan con personas con discapacidad en

Córdoba (España). Influencia de los factores laborales. Ciênci

Saúde Coletiva. 2016;21(10):3287-95.

Cotrim OS, Wagner LC. Prevalência da síndrome de burnout

em professores de uma instituição de ensino superior. Ciênc

Mov (Impr.) 2012;14(28):61-70.

Benevides-Pereira AMT. Considerações sobre a síndrome

de burnout e seu impacto no ensino. Bol psicol.

;62(137):155-68.

Morte SVRB, Deps VL. Prevenção e tratamento do estresse

e da síndrome de burnout em professores da rede pública de

ensino. Linkscienceplace. 2015;2(1):62-75.

Pontes IAM. Atuação psicopedagógica no contexto escolar:

manipulação, não; contribuição, sim. Rev Psicopedag.

;27(84):417-27.

Mota RVS, Freire Fa LG, Poletto L. Psicopedagogia: a prática

do psicopedagogo no ambiente escolar. UC – UNICAMPS

CIÊNCIA. 2016;6(6):67-81.

Publicado

2017-08-17

Número

Sección

ARTIGOS ORIGINAIS