PREVALÊNCIA DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS E SUAS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol18n63.6031Palabras clave:
Hipertensão, Atenção primária à saúde, Interações de medicamentos, Uso de medicamentos, FarmacoepidemiologiaResumen
Objetivo: Descrever a prevalência de interações medicamentosas potenciais (IMP) em hipertensos e as suas possíveis consequências clínicas. Métodos: Estudo transversal, descritivo-analítico, realizado com uma amostra de hipertensos no município de Jequié-BA. Os dados foram coletados entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, por meio de amostra aleatória simples, a partir de um questionário constituído de dados sociodemográficos, clínicos e dos medicamentos em uso. Resultados: Dos 235 usuários entrevistados, 74,90% eram do sexo feminino e 57,45% apresentavam pressão arterial ?121/81mmHg. Foram prescritos 868 medicamentos com média de 3,69±2,01 por paciente. Do total, 61,61% pacientes apresentaram pelo menos uma IMP. Encontrou-se 358 IMP com média de 2,75±2,12 por paciente, sendo que, 12,47% eram graves e 87,43% moderadas. As IMP mais prevalentes foram entre hidroclorotiazida e glibenclamida (11,45%) e hidroclorotiazida e metformina (10,89%), ambas consideradas de gravidade moderada com risco aumentado da hiperglicemia. Constatou-se associação estatística entre a polifarmácia e número de IMP (p<0,001), aumentando a chance de IMP em mais de duas vezes (OR=2,39). Já a presença de mais de uma doença crônica não-transmissível aumentou a chance de IMP em quase quatro vezes (OR=4,36). Conclusão: Esta avaliação demonstrou alta frequência de IMP com gravidade moderada em pacientes hipertensos associada a polifarmácia, sendo necessária intervenções em saúde capazes identificar tais problemas e garantir a segurança do paciente.
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