COMPORTAMENTO ALIMENTAR E FATORES ASSOCIADOS EM SERVIDORES: CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE COLETIVA
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol18n63.6162Palabras clave:
Comportamento alimentar, Estado nutricional, Qualidade de vida, Saúde coletivaResumen
Introdução: O comportamento alimentar é definido como um conjunto de ações realizadas desde o momento da escolha do alimento a ser consumido. Comportamentos alimentares de risco podem desencadear o desenvolvimento de patologias e transtornos alimentares. Objetivo: refletir e discutir sobre o comportamento alimentar e os fatores associados em servidores. Método: Trata-se de uma revisão narrativa realizada com base em periódicos nacionais e internacionais abordando assuntos relacionados ao tema. As bases consultadas foram Bireme, LILACS, SciELO, Pubmed e portal de periódicos CAPES. Resultados: A pesquisa bibliográfica revelou que fatores relacionados ao estresse frequente derivado da rotina e pressão em relação ao desempenho no trabalho são indicativos de que alguns trabalhadores sejam um grupo susceptível a comportamentos alimentares de risco. A associação bidirecional entre qualidade de vida e desordens do comportamento alimentar vem sendo evidenciada e o estresse psicológico e a qualidade de vida referente ao bem-estar mental estiveram relacionados com a piora dos sintomas de desordens alimentares. Além disso, revelou-se que sintomas de desordens alimentares contribuíram em intensificar o estresse psicológico e reduzir os níveis de qualidade de vida. Conclusões: Através do estudo reforça-se que os distúrbios no comportamento alimentar provenientes de alterações psicológicas como ansiedade, estresse e atitudes alimentares a fim de reduzir tensões, podem ocasionar o consumo excessivo de alimentos resultando em obesidade. Assim, o ambiente de trabalho é o local ideal para o desenvolvimento de estudos investigativos, diagnósticos e de intervenção para doenças, pois o indivíduo passa a maior parte da sua vida nesse ambiente.
Descargas
Citas
Philippi ST. Alimentação Saudável e o Redesenho da Pirâmide dos Alimentos. In:______.Pirâmide dos Alimentos: fundamentos básicos da nutrição. São Paulo: Manole, 2014. cap. 1.
Nunes MA, Appolinario JC, Galvão AL, Coutinho W. Psicobiologia do apetite: a regulação episódica do comportamento alimentar. In: Halford Jason CG. Transtornos Alimentares e Obesidade. Porto Alegre: Artmed, 2008. cap. 1, p. 17-30.
Mahan LK, Stump SE, Raymond JL. Nutrição nos Transtornos Alimentares. In: Schebendach JE. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. cap. 23, p. 489-506.
Schaal K, Tafflet M, Nassif H, Thibault V, Pichard C, Alcotte M, Guillete T, Helou NE, Berthelot G, Simon S, Toussaint JF. Psychological Balance in High Level Athletes: Gender-Based Differences and Sport-Specific Patterns. Psychopathology and High Level Sport. 2011;6(5):1-9.
Leal GVS, Philippi ST, Polacow VO, Cordás TA, Alvarenga MS. O que é comportamento de risco para transtornos alimentares em adolescentes. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 2013;62(1):62-75.
American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5. ed. Porto Alegre, 2014. 938p.
World Health Organization. World Health Statistics. Geneva: WHO, 2013. 168p.
Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2014. Vigilância de fatores de risco para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 152p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2014.pdf>.
Costa MAP, Vasconcelos AGG, Fonseca MJM. Prevalência de obesidade, excesso de peso e obesidade abdominal e associação com prática de atividade física em uma universidade federal. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2014;17(2).
Brogan A, Hevey D. Eating styles in the morbidly obese: Restraint eating, but not emotional and external eating, predicts dietary behavior. Psychology & Health, Dublin. 2013;28(6):714-725.
Hou R, Mogg K, Bradley BP, Morris RM, Peveler R, Roefs A. External eating, impulsivity and attentional bias to food cues. Appetite. 2011;56:424-427.
Rotella F, Fioravanti G, Godini L, Mannucci E, Faravelli C, Ricca V. Temperament and emotional eating: A crucial relationship in eating disorders. Psychiatric Research. 2015;225:452-457.
Freitas JD, Timossi LS, Francisco AC. Relação entre a qualidade de vida percebida e a qualidade de vida avaliada pelo WHOQOL- 100 nos colaboradores da UTFPR Campus Ponta Grossa. Revista ADMpg Gestão Estratégica. 2011;4(1):1-6.
Prisco APK, Araújo TM, Almeida MMG, Santos KOB. Prevalência de transtornos alimentares em trabalhadores urbanos de município do Nordeste do Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. 2013;18(4):1109-1118.
Barrington WE, Ceballos RM, Bishop SK, Mcgregor BA, Beresford SAA. Perceived Stress, Behavior, and Body Mass Index Among Adults Participating in a Worksite Obesity Prevention Program, Seattle, 2005–2007. Preventing Chronic Disease. 2012;9.
Luckhaupt SE, Cohen MA, Li J, Calvert GM. Prevalence of Obesity Among U.S. Workers and Associations with Occupational Factors. American Journal of Preventive Medicine. 2014;46(3):237-248.
Gonçalves JA, Moreira EAM, Trindade EBSM, Fiates GM. Transtornos alimentares na infância e na adolescência. Revista Paulista de Pediatria. 2013;31(1):96-103.
Motta DG, Motta CG, Campos RR. Teorias psicológicas da fundamentação do aconselhamento nutricional. In: Diez-Garcia RW, Cervato-Mancuso AM. Mudanças alimentares e educação nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. cap. 5, p. 53-64.
Alvarenga MS, Koritar P, Pinzon VD, Figueiredo M, Fleitlichbilyk, B, Philippi ST, Scagliusi FB. Validation of Disordered Eating Attitude Scale for adolescents. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2016;65(1):36-43.
O’Neil P, Currey H, Malcolm R, Sexauer J, Riddle F, Taylor C. Development and validation of the eating behavior inventory. Journal of Behavioral Assessment. 1979;1(2):123-132.
Unick JL, Jakicic JM, Marcus BH. Contribution of Behavior Intervention Components to 24-Month Weight Loss. Medicine & Science in Sports & Exercise. 2011;42(4):745-753.
Garner DM, Garfinkel PE. The Eating Attitudes Test: an index of the symptoms of anorexia nervosa. Psychological Medicine. 1979;9(2):273-279.
Garner DM, Olmsted MP, Bohr Y, Garfinkel PE. The Eatting Attitudes Test: psychometric features and clinical correlates. Psychological Medicine. 1982;12(4):871-878.
Stunkard AJ, Messick S. The three-factor questionnaire to measure dietary restraint, disinhibition and hunger. Journal of Psychosomatic Research. 1985;29(1):71-83.
Karlsson J, Persson LO, Sjoèstroèm L, Sullivan M. Psychometric properties and factor structure of the Three-Factor Eating Questionnaire (TFEQ) in obese men and women. Results from the Swedish Obese Subjects (SOS) study. International Journal of Obesity. 2000;24(12):1715-1725.
Natacci LC, Ferreira Júnior M. The three factor eating questionnaire - R21: tradução para o português e aplicação em mulheres brasileiras. Revista de Nutrição. 2011;24(3):383-394.
Van Strien T, Frijters J, Bergers G, Defares P. The Dutch Eating Behavior Questionnaire (DEBQ) for assessment of restrained, emotional, and external eating behavior. International Journal of Eating Disordes. 1986;5:295-315.
Viana V, Sinde S. Estilo alimentar: adaptação e validação do questionário holandês do comportamento alimentar. Psicologia: Teoria, Investigação e Prática. 2003;1:59-71.
Wardle J. Eating style: A validation study of the Dutch Eating Behavior Questionnaire in normal subjects and women with eating disorders. Journal of Psychosomatic Research. 1987;31(2):161-169.
Koenders PG, Van Strien T. Emotional eating, rather than lifestyle behavior, drives weight gain in a prospective study in 1562 employees. Journal of Occupational & Environmental Medicine. 2011;53(11):1287-1293.
Leitão M, Pimenta F, Herédia T, Leal I. Comportamento alimentar, compulsão alimentar, história de peso e estilo de vida: diferenças entre pessoas com obesidade e com uma perda de peso bem-sucedida. Alimentos e Nutrição = Brazilian Journal of Food and Nutrition, Araraquara. 2013;24(4):393-401.
Snoek HM, Engels RCME, Van Strien T, Otten R. Emotional, external and restrained eating behaviour and BMI trajectories in adolescence. Appetite. 2013;67:81-87.
Van Strien T, Cebolla A, Etchemendy E, Gutiérrez-Maldonado J, Ferrer-García M, Botella C, Baños R. Emotional eating and food intake after sadness and joy. Appetite. 2013;66:20-25.
Bongers P, Jansen A, Havermans R, Roefs A, Nederkoorn C. Happy eating. The underestimated role of overeating in a positive mood. Appetite. 2013;67:74-80.
Grilo CM, Masheb RM, Wilson GT, Gueorguieva R, White MA. Cognitive–behavioral therapy, behavioral weight loss, and sequential treatment for obese patients with binge-eating disorder: A randomized controlled trial. Journal of Consulting and Clinical Psychology. 2011;79(5):675-685.
Van Strien T, Herman CP, Verheijden MW. Eating style, overeating and weight gain. A prospective 2-year follow-up study in a representative Dutch sample. Appetite. 2012;59(3):782-789.
Kakoschke N, Kemps E, Tiggemann M. External eating mediates the relationship between impulsivity and unhealthy food intake. Physiology & Behavior. 2015;147:117-121.
Cleobury L, Tapper K. Reasons for eating ‘unhealthy’ snacks in overweight and obese males and females. Journal of Human Nutrition and Dietetics. 2014;27(4):333-341.
Grande AJ, Silva V, Manzzato L, Rocha TBX, Martins GC, Vilela Junior GB. Determinantes da qualidade de vida no trabalho: ensaio clinico controlado e randomizado por clusters. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2013;19(5):371-375.
Ferreira M. Qualidade de Vida no Trabalho. In: Cattani AD, Holzmani L. Dicionário de Trabalho e Tecnologia. 2. ed. (revisada e ampliada). Porto Alegre, RS: Zouk, 2011.
Mendes RA, Leite N. Ginástica laboral: histórico, definição, classificações e objetivos. In:______. Ginástica laboral: princípios e aplicações práticas. São Paulo: Manole, 2012. cap. 1.
Fonseca ISS, Araújo TM. Prevalence of common mental disorders among industry workers in Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. 2014;39(129):35-49.
Costa FD, Teo CRPA, Almeida JS. Vulnerabilidade ao estresse e alimentação: um estudo no contexto do trabalho. Scientia Medica. 2015;25(2).
Ansari WE, Adetunji H, Oskrochi R. Food and mental health: relationship between food and perceived stress and depressive symptoms among university students in the united kingdom. Central European Journal of Public Health, Prague. 2014;22(2):90-97.
Mitchison D, Morin A, Mond J, Slewa-Younan S, Hay P. The Bidirectional Relationship between Quality of Life and Eating Disorder Symptoms: A 9-Year Community-Based Study of Australian Women. PLOS One. 2015;10(3).
Mond J, Mitchison D, Latner J, Hay P, Owen C, Rodgers B. Quality of life impairment associated with body dissatisfaction in a general population sample of women. BMC Public Health. 2013;13(920).
Chin DL, Nam S, Lee SJ. Occupational factors associated with obesity and leisure-time physical activity among nurses: A cross sectional study. International Journal of Nursing Studies. 2016;57:60-69.
Han K, Thinkoff AM, Geiger Brown J. Factors associated with work-related fatigue and recovery in hospital nurses working 12-hour shifts. Workplace Health & Safety. 2014;62(10):409-414.
Hemio K, Puttonen S, Viitasalo K, Harma M, Peltonen M, Lindström J. Food and nutrient intake among workers with different shift systems. Occupational and Environment Medicine. 2015;72(7):513- 520.
Heaht G, Roach GD, Dorrian J, Ferguson SA, Darwent D, Sargent C. The effect of sleep restriction on snacking behaviour during a week of simulated shiftwork. Accident Analysis and Prevention. 2012;45:62-67.
Fujishiro K, Lawson CC, Hibert EL, Chavarro JE, Rich-Edwards JW. Job strain and changes in the body mass index among working women: a prospective study. International Journal of Obesity. 2015;39(9):1395-1400.
Berset M, Semmer NK, Elfering A, Jacobshagen N, Meier L. Does stress at work make you gain weight? A two-year longitudinal study. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health. 2011;37(1):45-53.
Takaki J, Minoura A, Irimajiri H, Hayama A, Hibino Y, Kanbara S, Sakano N, Ogino K. Interactive Effects of Job Stress and Body Mass Index on Over-eating. Journal of Occupational Health. 2010;52(1):66-73.
Kivimaki M, Nyberg ST, Batty GD, Fransson EI, Heikkila K, Alfredsson L, et al. Job strain as a risk factor for coronary heart disease: a collaborative meta-analysis of individual participant data. The Lancet. 2012;380(9852):1491-1497.
Theorell T, Hammarström A, Gustafsson PE, Hanson LM, Janlert U, Westerlund H. Job strain and depressive symptoms in men and women: a prospective study of the working population in Sweden. Journal of Epidemiology & Community Health. 2014;68(1):78-82.
Thouchette E, Henegar A, Godart NT, Pryor L, Falissard B, Tremblay RE, Côté SM. Subclinical eating disorders and their comorbidity with mood and anxiety disorders in adolescent girls. Psychiatry Research. 2011;185(1-2):185-192.
Ivanova IV, Tasca GA, Hammond N, Balfour L, Ritchier K, Koszycki D, Bissada H. Negative affect mediates the relationship between interpersonal problems and binge-eating disorder symptoms and psychopathology in a clinical sample: a test of the interpersonal model. European Eating Disorders Review. 2015;23(2):133-138.
Solmi F, Hatch SL, Hotopf M, Treasure J, Micali N. Prevalence and correlates of disordered eating in a general population sample: the South East London Community Health (SELCoH) study. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology. 2014;49(8):1335-1346.
Grande AJ, Loch MR, Guarido EA, Costa JBY, Grande GC, Reichert FF. Comportamentos relacionados à saúde entre participantes e não participantes da ginástica laboral. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. 2011;13(2):131-137.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).