PERCEPÇÕES E PRÁTICAS PROFISSIONAIS NO CUIDADO DA OBESIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol18n64.6274Palabras clave:
Obesidade, Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Atitudes e Práticas em Saúde, Saúde Pública, Estado Nutricional.Resumen
Introdução: A obesidade é uma epidemia global em ascensão no Brasil. A Estratégia Saúde da Família é a forma prioritária de organização da atenção básica representando a porta de entrada principal e ordenadora do cuidado no Sistema Único de Saúde. Objetivos: Identificar concepções e práticas de cuidado ofertadas a pessoas com obesidade na Estratégia Saúde da Família. Materiais e Métodos: Estudo exploratório-descritivo, de método qualitativo. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas gravadas com 12 profissionais de uma Unidade de Saúde da Família em Recife, transcritos e submetidos à análise de conteúdo por categorias temáticas. Na análise foram consideradas três categorias definidas à priori (I-Formação Profissional; II-Conhecimento Prévio e; III-O Cuidado diante da Obesidade) e 8 subcategorias emergentes identificadas respectivamente (I-Perfil dos Profissionais/ Educação Permanente em Saúde; II- Reconhecendo a Obesidade/ Implicações da Obesidade para ao Indivíduo/ Como Tratar a Obesidade e; III- Práticas de Cuidado na USF e Território/ Percebendo o Usuário com Obesidade/ O Papel da ESF e da RAS no Enfrentamento da Obesidade). Resultados: Apesar das profissionais reconhecerem a múltipla determinação da obesidade e a necessidade de intervenções interdisciplinares, longitudinais e sistematizadas, identificou-se desafios em operacionalizar tal entendimento e predominância de percepções negativas sobre usuários com obesidade. Conclusões: Embora as concepções reforcem a importância do cuidado integral, interdisciplinar e em rede, as práticas profissionais destinadas ao enfrentamento da obesidade na ESF mostram a não superação do modelo assistencial biomédico com fragilidades relacionadas à educação permanente em saúde, ao vínculo profissional-usuário e à prática interdisciplinar e intersetorial.
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