Prevenção secundária farmacológica de doenças cardiovasculares em população rural assistida por unidades básicas de saúde do município de Embu-Guaçu/SP

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol19n67.6553

Palavras-chave:

fármacos cardiovasculares, prevenção secundária

Resumo

Introdução: A prevenção secundária das doenças cardiovasculares, incluindo farmacoterapia, é importante não apenas para diminuir a morbidade e mortalidade das doenças cardiovasculares (DCV), mas também porque tem impacto na qualidade de vida. Objetivos: O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevenção secundária medicamentosa em pacientes que apresentaram eventos cardiovasculares, frequentadores das Unidades saúde da família do município de Embu-Guaçu. Casuística e Métodos: Foi realizado um estudo observacional e transversal, com 68 pacientes que apresentaram pelo menos um evento cardiovascular e que responderam a um questionário contemplando dados sócio demográficos, identificação do evento cardiovascular, medicações prescritas, prescritores e o local de acompanhamento. Resultados: Dentre os eventos cardiovasculares, o Acidente Vascular Encefálico - AVE foi o mais prevalente (p< 0,0001) seguido de Infarto Agudo do Miocárdio - IAM. Apenas 21% das prescrições estavam adequadas; em sua grande maioria, os participantes eram acompanhados pelo cardiologista. Dos pacientes acompanhados pela atenção primária à saúde, apenas 26% estavam com a prescrição adequada. Conclusões: A prevenção secundária medicamentosa dos pacientes estudados nessas UBS no município de Embu-Guaçu está longe de ser considerada ideal, pois apenas 26% dessas prescrições encontram-se adequadas segundo as diretrizes sobre prevenção secundária medicamentosa das DCV, e aquém de alguns estudos que chegam a ser 90%.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Leong DP, Joseph PG, McKee M, Anand SS, Teo KK, Schwalm J-D, et al. Reducing the global burden of cardiovascular disease, part 2: Prevention and treatment of cardiovascular disease. Circulation 2017;121(6):695-710.

Souza RKT, Bortoletto MSS, Loch RM, González DA, Matsuo T, Cabrera MAS, et al. Prevalência de fatores de risco cardiovascular em pessoas com 40 anos ou mais de idade, em Cambé, Paraná (2011): estudo de base populacional. Epidemiol Serv Saúde. 2013; 22(3):435-44.

Chen CXR, Chan SL, Law TC, Choi SK, Chan KH. Secondary prevention of stroke: na evidence-based clinical audit in the primary care. Hong Kong Med J. 2011;17:469-77.

Mansur AP, Favarato D. Mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil e na região metropolitana de São Paulo: atualização 2011. Arq Bras Cardiol. 2012; 99(2):755-61.

World Health Organization. (WHO). Global status report on noncommunicable diseases 2010: Description of the global burden of NCDs, their risk factors and determinants.[periódico na internet]. 2011Apr [ acesso em 2016 Apr 17].[aproximadamente 176 p.]. Disponível em: http://www.who.int/nmh/publications/ncd_report2010/en/

Bansilal S, Castellano JM, Fuster V. Gloval Burden of CVD: focus on secondary of cardiovascular disease. Int J Cardiol. 2015;201(1): S1-7.

Piegas, LS, Timerman, A, Feitosa, GS, Nicolau, JC, Mattos, LAP, Andrade, MD. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Arq Bras Cardiol. 2015;105(2, Suppl. 1),1-121.

Brotons C, Maiques A, Mostaza J, Pinto X, Vilaseca J. Control lipídico en prevención secundaria: estudio multicéntrico, observacional en atención primaria. Aten Prim. 2004;34(2):81-6.

SicrasMainar A, VelascoVelasco S, GonzálezRojas GN; ClementeIgeño C, RodríguezCid JL. Influencia de la morbilidad, control metabólico y uso de recursos de los sujetos ensituación de riesgo cardiovascular en el ámbito de la atención primaria de salud. Aten Primaria. 2008;40(9):447-54.

Poredos P, Jezovnik MK. Do the effects of secondary prevention of cardiovascular events in PAD patients differ from other atherosclerotic disease. Int J Mol Sci. 2015;16:14477-89.

Brasil CKOI, Avezum Jr A, Uint L, Del Monaco MI, Barros VM, Campos SYR, et al. Cardiovascular prevencion in coronary heart disease patients: guidelines implementacion in clinical practice. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2013;28(2):238-47.

Therapeutic guidelines cardiovascular, 6th edn. Melbourne, Vic: Cardiovascular Expert Group. Therapeutic Guidelines, 2012.

Delsart P, Lemesle G, Lamblin N, Tricot O, Meurice T, Mycinski C, et al. Secondary medical prevention and clinical outcome in coronary artery disease patients with a history of non-coronary vascular intervention: a report from the CORONOR investigators. Eur J Prevent Cardiol. 2015;22(7):864-71.

Lieshout van J, Grol R, Campbell S, Falcoff H, Capell EF, Glehr M, et al. Cardiovascular risk management in patients with coronary heart disease in primary care: variation across countries and practices. An observational study based on quality indicators. BMC Fam Pract.

;13:96-103.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/

Berwanger O, Mattos LAP, Martin JFV, Lopes RD, Figueiredo EL, Magnoni D, Precoma DB, Machado CA, Guimarães JI, Andrade JP. Prescrição de terapias baseadas em evidências para pacientes de alto risco cardiovascular: estudo REACT. Arq.Brasil. de Cardiologia. 2013;100(33):212-220.

Kotseva K, Wood D, De Bacquer D, De Backer G, Rydén L, Jennings C. EUROASPIRE IV: A European Society of Cardiology survey on the lifestyle, risk factor and therapeutic management of coronary patients from 24 European countries. Eur J Prev Cardiol. 2016;23(6):636-48.

Munoz MA, Subirana I, Ramos R, Franzi A, Vila J, Marrugat J. Med Clin (Barc). Eficacia de um programa intensivo de prevenciòn secundaria de cardiopatia isquêmica tras 5 anos de intervención. 2008;130(14):521-5.

Simão AF, Precoma DB, Andrade JP, Correa Filho H, Saraiva JFK, Oliveira GMM, et al. I Diretriz brasileira de prevenção cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013; 101(6):2-50.

Sex differences in the presentation and perception of symptoms among young patients with Myocardial Infarction: Evidence from VIRGO Study (Variation in Recovery: Role of gender on outcomes of young AMI patients). Circulation 2018;137(8):781-790.

Bhatnagar P, Wickramasinghe K, Williams J, Rayner M, Townsend N. The epidemiology of cardiovascular disease in the UK 2014. Heart 2015;101:1182-89.

Wong ND. Epidemiological studies of CHD and the evolution of preventive cardiology. Nat Ver Cardiol. 2014;11:276-89.

Mendis S, Abegunde D, Yussuf S, Ebrahim S, Shaper G, Ghannem H, et al. WHO study on Prevention of Recurrences of Myocardial Infarction and Stroke (WHO PREMISSE). Bull World Health Organization. 2005;83(11):820-9.

Yssuf S, Islam S, Chow CK, Rangarajan S, Dagenais , Diaz R, et al. Use of Secundary Prevention Drugs for Cardiovascular Disease in the Community in High-income, Middle-income, and Low-income Countries (the PURE Study): a propesctive epidemiological survey. Lancet 2011;378(9798):1231-43.

Hawkins NM, Scholes S, Bajekal M, Love H, O’Flaherty M, Raine R, Capewell S. The UK National health service: delivering equitable treatment across the spectrum of coronary disease. Circ Cardiovasc Qual Out. 2013;6:208-16.

Escolano ER, Beltran DO, Tortosa MG, Palaón NA, Fort AC, Pérez JN, et al. El estúdio PROPESE: resultados de um novo modelo oeganizativo em atención primaria para para pacientes com cardiopatia isquêmica crónica basado em uma intervención multifactorial. Aten Primaria. 2014;46(supl 3):10-5.

Fonarow GC, Gawlinski A, Moughrabi S, Tillisch JH. Improved treatmentof coronary heart disease by implementation of Cardiac Hospitalization Atherosclerosis Management Program (CHAMP). Am J Cardiol. 2001;87(7):819-22.

Publicado

2021-04-19

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS