PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS COMO RECURSO PARA A EDUCAÇÃO MÉDICA: aplicando e contextualizando conceitos em “A Garota Dinamarquesa"
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol22.e20249591Palabras clave:
Educação Médica, Filmes Cinematográficos, Medicalização, TransexualidadeResumen
INTRODUÇÃO: A formação médica de excelência, sob a ótica contemporânea das normativas e diretrizes curriculares do curso de graduação em Medicina, preconiza, além do conhecimento técnico, a promoção de um preparo mais geral, humanista e crítico com o desenvolvimento de habilidades e competências para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde. Nesse sentido, a utilização de metodologias ativas no processo formativo constitui prática pedagógica inovadora e muito pertinente, uma vez que torna o aluno protagonista do processo de aprendizagem, estimulando a iniciativa, a criatividade e a criticidade reflexiva. OBJETIVO: O presente relato tem como objetivo compartilhar uma experiência exitosa do uso de uma produção cinematográfica como recurso para a educação médica na discussão e compreensão dos conceitos de “saúde” e de “doença”. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência realizado por meio de análise crítico-reflexiva da obra cinematográfica “A Garota Dinamarquesa” desenvolvida a partir da implementação das metodologias e das experiências oportunizadas pela atividade desenvolvida em componente curricular de uma Universidade do Triângulo Mineiro. RESULTADOS: Foram explanadas vivências e reflexões obtidas através da atividade, por meio da aprendizagem ativa e do debate entre pares. CONCLUSÕES: Destaca-se o potencial pedagógico e formativo do filme ao promover uma reflexão muito relevante sobre as demandas sociais de adequação de gênero ao sexo biológico promovidas pela área da saúde, fomentando o debate de pautas essenciais na luta pela autonomia, pelo reconhecimento dos direitos civis e pelo acesso a um cuidado em saúde humanizado e digno por parte de indivíduos transgêneros e transexuais.
Descargas
Citas
HOOPER, Thomas George. A Garota Dinamarquesa. Estados Unidos: Universal Pictures, Distribuidor, 2015.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1985.
FOUCAULT, Michel. A história da loucura. São Paulo: Perspectiva. 1978.
TOLEDO, Eliza Teixeira de; DORNELAS, Isabela de Oliveira. Identidade de gênero, sexualidade e intervenções terapêuticas em ‘’A garota dinamarquesa’’. História, Ciências, Saúde. v.24, n.3, jul.-set. 2017, p.848-851. Manguinhos, Rio de Janeiro. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-59702017000300019>. ISSN 1678-4758.
BUTLER, Judith. Desdiagnosticando o gênero. Physis: Revista de Saúde Coletiva [online]. 2009, v. 19, n. 1, pp. 95-126. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-73312009000100006>.
CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. 6ª ed. rev. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
GUIMARÃES, R. de C. P.; LORENZO, C. F. G.; MENDONÇA, A. V. M. Patologização e invisibilidade: reconhecimento das demandas e acolhimento da população LGBT na Atenção Básica. Tempus – Actas De Saúde Coletiva, 14(2), 2021. Disponível em: <https://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/2721>.
MORETTI-PIRES, R. O. et al. Preconceito contra Diversidade Sexual e de Gênero entre Estudantes de Medicina de 1º ao 8º Semestre de um Curso da Região Sul do Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica, 43 (1 Supl. 1): 568 – 578; 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-5271v43suplemento1-20190076>.
PAULINO, Danilo Borges. A família e a dinâmica de suas relações no cuidado em saúde de transexuais. 2020. Tese (Doutorado em Medicina Preventiva) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. DOI:10.11606/T.5.2020.tde-05022021-131546.
MICHAELSEN, L. K.; SWEET, M. The Essential Elements of Team-Based Learning. New Directions for Teaching and Learning. Special Issue: Team-Based Learning: Small Group Learning’s Next Big Step, 2008(116), 7-27. DOI: 10.1002/tl.330.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/ CES N° 3, de 20/06/2014. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Brasília, Brasil; 2014 Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12991-diretrizes-curriculares-cursos-de-graduacao>.
PINHEIRO, T. F.; CARVALHO, P. G. C.; NOLASCO, G.; SANTOS, L. A.; VERAS, M. A. S. M. Difficulties and advances in access and use of health services by transgender women and travestis in Brazil. Rev bras epidemiol [Internet]. 2024; 27:e240007.supl.1. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1980-549720240007.supl.1>.
PAIVA, C. R.; FARAH, B. F.; DUARTE, M. J. O. A rede de cuidados à saúde para a população transexual. Physis [Internet]. 2023;33:e33001. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-7331202333001>.
LIMA, R. R. T.; FLOR, T. B. M.; NORO, L. R. A. Systematic review on health care for transvestites and transsexuals in Brazil. Rev Saúde Pública [Internet]. 2023;57:19. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2023057004693>.
OLIVEIRA, G. S. et al. The experience of trans or transvestite women in accessing public health services. Rev Bras Enferm [Internet]. 2022;75:e20210713. Disponível em: < https://doi.org/10.1590/0034-7167-2021-0713>.
LOBO, B. H. S. C. et al. Transphobia as a social disease: discourses of vulnerabilities in trans men and transmasculine people. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2023, v. 76, n. Suppl 2, e20220183. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2022-0183>.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Wellington Silveira de Almeida, Jaqueline de Santana Vasques Melo, Isabela de Santana Vasques Melo, Pedro Ribeiro Borges, Bruna Marciano Teixeira, Danilo Borges Paulino
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).