O FIGITAL E O NÃO LUGAR DA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

Resumo

Este texto propõe uma discussão sobre a urgente aproximação das práticas educacionais e dos processos de ensino-aprendizagem à cultura digital, buscando compreender como a escola pode se aproximar da realidade de vida de jovens alunos. O texto parte de uma ideia de crise de linguagem que afeta a educação e destaca como a linguagem midiático-digital de edutubers, booktukers e outros influenciadores digitais têm dado indícios de caminhos para aproximação entre jovens alunos e a escola, onde ainda impera um modelo apegado aos rituais tradicionais, com atualizações paquidérmicas. O argumento central do texto situa-se em reconhecer o “figital” – o hibridismo contemporâneo e a necessidade da convivência dos artefatos físicos e digitais – mas alerta para a tendência de um pensamento que reduz o espaço da educação a um mero espaço de consumo. Por fim, apoia-se nos preceitos da pedagogia dos multiletramentos e da literacia transmídia como possíveis caminhos para práticas educativas mais atentas, éticas e conscientes à realidade da vida contemporânea.