DESAFIOS NO ENSINO DA DIVERSIDADE ÉTNICA E CULTURAL: PERCEPÇÕES DE PROFESSORAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/rea-e.vol9.9411

Palavras-chave:

Educação Básica, relações étnicas e lei 11.645/08, formação de professores

Resumo

O Brasil é um dos países com maior diversidade étnica e cultural do mundo, constituído por uma população multicultural e pluriétnica devido à presença originária de povos indígenas, posterior colonização europeia, e povos africanos. Diante da discriminação e negação da cultura afro, afro-brasileira e indígena, medidas legais precisaram ser adotadas, como a criação da lei 11.645/08, tornando obrigatório o seu ensino na educação básica. O objetivo geral da pesquisa foi destacar a importância da lei e os desafios que professoras de determinada escola pesquisada enfrentam para sua efetivação. Metodologicamente, caracteriza-se pela natureza qualitativa com uso da técnica do Grupo Focal. Os resultados indicaram que as professoras têm conhecimento parcial da lei e não se sentem preparadas para tratar da temática na sala de aula. Conclui-se que é urgente abordar as relações étnicas na formação inicial e continuada de professores, para que eles se sintam instrumentalizados em sua prática pedagógica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gesley Crislane Silva Diniz da Paz, Centro Universitário Adventista de São Paulo

    Mestrado Profissional em Educação. Centro Universitário Adventista de São Paulo - Campus Engenheiro Coelho. São Paulo - Brasil.

  • Rebeca Pizza Pancotte Darius, Centro Universitário Adventista de São Paulo

    Doutorado em Educação. Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho". São Paulo - Brasil.

Referências

BRASIL. Câmara dos Deputados. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Diferenças culturais, cotidiano escola e práticas pedagógicas. Currículo sem Fronteiras, v. 11, n.2, 2011.

CHÊNE NETO, Guilherme Bemerguy, MENDES, Lorena Alves, ROCHA, Manoel Cláudio Mendes Gonçalves. Currículos escolares e diversidade étnico-cultural: uma análise sobre o emprego da lei nº 11.645/08 nos colégios de Belém/PA. Educação em Revista, v. 15, n.1, p.31-42, 2014.

GIL, Antonio Carlos. Como fazer pesquisa qualitativa. Barueri: Atlas, 2021.

CRAHAY, Marcel. Como a escola pode ser mais justa e mais eficaz? Cadernos Cenpec, v. 3, n.1. 2013.

GODOY, Arilda Schmidt. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. ERA - Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 2. 1995.

GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. São Paulo: LTC, 1998.

GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 1, 2003.

GOMES, Nilma Lino. (Org.) Indagações sobre currículo: diversidade e currículo-Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007, p. 25.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes constrídos nas lutas por emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2022.

HEES, Luciana Weber Baia, RAMÍREZ, Germana Ponce de Leon. Diversidade étnica e cultural na escola de educação básica. Revista Docente Discunt, Engenheiro Coelho, SP, v. 2, n. 1, 2021.

IBERNÓN, Francisco. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010.

MELO, Z. M. de. Estigmas: espaços para exclusão social. Universidade Católica de Pernambuco, 2000.

MIRANDA, M, A.; MARTINS, M. S. Maternagem: quando o bebê pede colo. 2. ed. São

Paulo: Terceira Margem, 2009.

MUNANGA, Kabengele.; GOMES, N. L. O negro do Brasil de hoje. 2. ed. São Paulo: Global, 2016.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 4º ed. Belo Horizonte Autêntica, 2020.

MUNANGA, Kabengele. O mundo e a diversidade: questões em debate. Estudos Avançados, v. 36, n. 105, p. 117-130, 2022.

NÓVOA, António. Os professores e a sua formação num tempo de metamorfose da escola. ULisboa, Educação e Realidade, v. 44, n. 3, 2019.

OLIVEIRA, Sílvia Matsuoka de. Os novos espaços da formação continuada e o papel mediador do professor formador. In.: ANDRÉ, Marli. Práticas inovadoras na formação de professores. Campinas: Papirus, 2016.

RAMÍREZ, Germana Ponce de Leon, HEES, Luciane Weber Baia. Impacto de uma intervenção pedagógica na leitura de mundo da criança sobre ser negra. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 43, n. 1, p. 70-88, 2018. Disponível em: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/50376. Acesso em: 8 jan. 2024.

RESSEL, Lúcia Beatriz. O uso do grupo focal em pesquisa qualitativa. 2008.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

SILVA, Maria José Lopes da. As artes e a diversidade étnico-cultural na escola básica. Superando o racismo na escola. 2005.

SILVA, Vanilda Alves da; REBOLO, Flavinês. A educação intercultural e os desafios para a escola e para o professor. Interações, Campo Grande, MS, v. 18, n. 1, 2017.

SOUZA FILHO, Edmundo Fernandes; MARTINS, Edna. Contribuições da teoria histórico-cultural para a compreensão das questões raciais na educação escolar. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 48, e239195, 2022.

SOUZA, Luciana Karine de. Recomendações para a realização de Grupos Focais na Pesquisa Qualitativa. PSI UNISC, v. 4, n. 1, p. 52-66, jan. 2020.

VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; ZOUAIN, Deborah Moraes. Pesquisa qualitativa em administração - teoria e prática. Editora FGV, 2005.

Downloads

Publicado

2024-12-23

Edição

Seção

DOSSIÊ RELAÇÕES DE GÊNERO, ÉTNICO-RACIAIS E INTERCULTURALIDADE NA EDUCAÇÃO