DISCURSO EUGÊNICO RACIAL NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (1929-1933)
DOI:
https://doi.org/10.13037/rea-e.vol9.9465Palavras-chave:
eugenia; educação brasileira; discursoResumo
O presente trabalho se debruça na problemática relativa ao discurso ideológico eugênico presente no âmbito da educação. Mediante a análise documental dos Boletins de Eugenia publicados por Renato Kehl de 1929 a 1933, verifica-se o discurso eugênico na sociedade brasileira e o incentivo às práticas eugênicas por meio da educação. É utilizado o recorte racial, buscando compreender como a educação foi utilizada para propagar a lógica racista na sociedade. Além disso, os principais movimentos de reformas educacionais no Brasil perpassam pelo período de efervescência da eugenia no país, o que implica na defesa da educação eugênica na Constituição Brasileira de 1934. Nesse sentido, é fundamental analisar as bases que consagraram a estrutura de educação pública, para que seja possível obtermos uma educação plural no Brasil.
Downloads
Referências
AZEVEDO, Fernando de et al. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932). [S. l.: s. n.], 1932. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1044145/mod_resource/content/1/3.Manifesto%20dos%20Pioneiros%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 16 fev. 2024.
AZEVEDO, Fernando de. Cultura brasileira: introdução ao estudo da cultura no Brasil. 4. ed. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 1963.
AZEVEDO, Fernando de. O segredo da marathona. In: SOCIEDADE EUGÊNICA DE SÃO PAULO, 1919, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Ed. Revista do Brasil, 1919. p. 113-136.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934). [S. l.: s. n.], [1934]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm. Acesso em: 16 fev. 2024.
BRASIL. Lei nº 3.987, de 2 de janeiro de 1920. Reorganiza os serviços da Saude Publica. [S. l.: s. n.], [1920]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1920-1929/lei-3987-2-janeiro-1920-570495-publicacaooriginal-93627-pl.html. Acesso em: 16 fev. 2024.
D’AVILA, Jerry. Diploma de brancura. Política social e racial no Brasil – 1917-1945. São Paulo: Unesp, 2006.
DAVIS, Angela Y. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque, BRITTO, Jader de Medeiros (org.). Dicionário de Educadores no Brasil: da Colônia aos dias atuais. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; MEC/INEP/COMPED, 2002.
MANSANERA, Adriano Rodrigues; SILVA, Lúcia Cecília da. A influência das idéias higienistas no desenvolvimento da psicologia no Brasil. Psicologia em Estudo, v. 5, n. 1, p. 115-137, 2000.
ROCHA, Célia Aparecida. A re-significação da eugenia na educação entre 1946 e 1970: um estudo sobre a construção do discurso eugênico na formação docente. 2010. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2010.
SÁ, Carlos. Higiene e educação da saúde. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Educação Sanitária, 1943.
STEPAN, Nancy Leys. Eugenia no Brasil, 1917-1940. In: HOCHMAN, Gilberto; ARMUS, Diego (org.). Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2004. p. 331-391.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Carmen Jesus da Silva, Jose Francisco dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ , permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Atribuição-NãoComercial-SemDerivações
CC BY-NC-ND