BALANCED SCORECARD: 30 ANOS DE SUA PRODUÇÃO CIENTÍFICA À LUZ DA ANÁLISE DE REDES SOCIAIS

BALANCED SCORECARD: 30 YEARS OF ITS SCIENTIFIC PRODUCTION IN THE LIGHT OF SOCIAL NETWORK ANALYSIS

Henrique César Melo Ribeiro, Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0704-1812. Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar)-Parnaíba-PI-Brasil. E- mail: hcmribeiro@gmail.com


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Resumo

O objetivo deste estudo foi mapear e investigar o desenvolvimento e a estrutura das redes sociais da produção científica do tema Balanced Scorecard publicada nos periódicos científicos nacionais brasileiros indexados na biblioteca eletrônica Scientific Periodicals Electronic Library (SPELL). Metodologicamente, esta pesquisa apropriou-se das técnicas de Análise de Redes Sociais sob as perspectivas da análise de redes sociais one-mode e two-mode. Os principais resultados foram: Sérgio Murilo Petri foi o autor mais profícuo e com o maior degree; a Universidade Federal de Santa Catarina foi a mais produtiva, e, obteve destaque na centralidade de grau; a Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios foi o periódico científico mais central; as palavras-chave: planejamento estratégico, estratégia, indicadores de desempenho, avaliação de desempenho e gestão estratégica, foram as que tiveram mais relevo no degree; e os temas mais abordados pelos autores foram: gestão estratégica, indicadores de desempenho, gestão pública, planejamento estratégico e avaliação de desempenho.

Palavras-chave: Balanced scorecard. Produção científica. Periódicos científicos. SPELL. Análise de redes sociais.

 

Abstract

The objective of this study was to map and investigate the development and structure of social networks of scientific production on the Balanced Scorecard theme published in Brazilian national scientific journals indexed in the Scientific Periodicals Electronic Library (SPELL). Methodologically, this research appropriated the techniques of Social Network Analysis from the perspectives of one-mode and two-mode social network analysis. The main results were: Sérgio Murilo Petri was the most prolific author and with the highest degree; the Federal University of Santa Catarina was the most productive, and stood out in the centrality of degree; the Electronic Journal of Strategy & Business was the most central scientific journal; the keywords: strategic planning, strategy, performance indicators, performance evaluation and strategic management, were the ones that had the most importance in the degree; and the themes most addressed by the authors were: strategic management, performance indicators, public management, strategic planning and performance evaluation.

Keywords: Balanced scorecard. Scientific production. Scientific journals. SPELL. Social network analysis.

 

1 Introdução

O Balanced Scorecard (BSC) é sistema de mensuração de performance que combina a utilização de indicadores financeiros e não financeiros de forma coerente, ajudando na melhoria do desempenho organizacional (Galas & Forte, 2005), e, consequentemente, reforçando a estratégia da organização, e, alinhando os recursos com os objetivos estratégicos da organização (Kaplan & Norton, 1996; Wanderley & Souza, 2018), contribuindo para uma gestão estratégica mais eficiente, e, consequentemente, para uma melhor tomada de decisão por parte do gestor (Mirailh, Albano & Lampert, 2021).

As quatro perspectivas do BSC que medem o desempenho organizacional são: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento. Com isso, permitem que as empresas acompanhem não somente o desempenho financeiro, mas também, monitorem, ao mesmo tempo, o progresso na construção de recursos e na aquisição dos ativos intangíveis necessários para o crescimento futuro (Silva & Callado, 2018). Diante do exposto, desde que o BSC foi introduzido por Robert Kaplan e David Norton em 1992, este tem recebido considerável atenção em pesquisas científicas (Faraji, Ezadpour, Dastjerdi & Dolatzarei, 2022).

Sendo estudado em vários campos e ou setores: inovação (Lopes, Kniess & Ramos, 2015), responsabilidade social corporativa (Oliveira & Giroletti, 2016), pequenas empresas (Kawai, 2017), cooperativa (Kruger, Simionato, Zanella & Petri, 2018), serviço (Beuren, Souza & Portulhak, 2018), cafeeiro (Lemos & Teixeira, 2019), público (Fares, Bastos & Fortunato, 2019), contábil (Rengel, Monteiro, Petri & Schnorrenberger, 2020), saúde (Éckeli, Barbosa & Barbosa, 2020), construção civil (Bandeira & Callado, 2021), comércio (Paula, Almeida, Silva, Portulhak & Paula, 2020), tecnológico (Ribeiro, Faria, Freitas & Ladeira, 2019), pecuária (Mirailh, Albano & Lampert, 2021), educação (Lourenço & Petenuci, 2022), turismo (Pederneiras, Silva, Menezes & Soares, 2022).

Desta forma, o BSC de Kaplan e Norton é visto como um dos conceitos mais bem avaliados, consolidados e legitimados no campo do conhecimento da Estratégia (Oliveira, Martins, Silva & Ferreira, 2021), resultando no interesse contínuo de muitos docentes e pesquisadores na exploração do BSC. Em outras palavras, o BSC se tornou frequentemente utilizado em pesquisas científicas, influenciando em sua evolução na academia, e, simultaneamente, tornando as suas investigações altamente interdisciplinares (Faraji et al., 2022).

Diante do evidenciado, realça-se que na academia, já foram publicados estudos bibliométricos cujo foco estava no mapeamento produção das pesquisas científicas acerca do tema BSC, investigando redes de coautoria, periódicos, Instituições de Ensino Superior (IES), países, citações e áreas geográficas (Rocha & Lavarda, 2011; Picoli, Abib & Fonseca, 2012; Ferreira & Diehl, 2013; Ensslin, Lacerda, Chaves, Lima & Lima, 2014; Assis & Teixeira, 2015; Quesado, Guzmán & Rodrigues, 2016; Veroneze, Andrade, Antonialli, Cavazza, Gandia & Antonialli, 2017; Coelho, 2019; Sousa, Melo, Oliveira, Lourenço, Guerrini & Esposto, 2020; Oliveira et al., 2021; Faraji et al., 2022).

Diante disso, observa-se que, embora essas investigações tenham fornecido insights úteis, elas não conseguiram mapear a estrutura conceitual do BSC por meio, e, predominantemente da Análise de Redes Sociais (ARS). Portanto, o presente estudo busca preencher esse gap na literatura científica mediante a ARS por meio dos atores envolvidos no processo de construção do conhecimento científico acerca do BSC, no âmbito acadêmico nacional brasileiro, buscando com isso melhorar a compreensão atual da estrutura conceitual da pesquisa científica em BSC no âmbito internacional, mas, sobretudo no Brasil.

Ressalta-se também que, a referida pesquisa buscará abranger o estado da arte do tema BSC no panorama nacional brasileiro (Oliveira et al., 2021), mas, também, em especial, como os estudos sobre o referido tema foi construído, divulgado e socializado durante os seus primeiros 30 anos de vida (Faraji et al., 2022). Portanto, esta pesquisa pode ajudar os estudiosos do tema BSC a entender, e, a posteriori, compreender as tendências emergentes neste campo e ajustar suas respectivas pesquisas futuras. Constata-se também que os resultados desta pesquisa podem encorajar outros docentes a explorar esse tema na academia.

Neste sentido, este estudo contempla uma das primeiras tentativas de investigar a produção científica do tema BSC, mediante predominantemente a ARS, ou seja, utilizando as redes de colaboração dos atores (períodos, pesquisadores, IES, periódicos, palavras-chave e temas) para contribuir no melhor entendimento e compreensão deste fenômeno na área do conhecimento da Estratégia no âmbito nacional brasileiro. Dessarte, vislumbra-se a questão de pesquisa que alicerçara esta pesquisa: Quais as redes sociais formadas da produção científica do tema BSC divulgada nos periódicos científicos nacionais brasileiros indexados na biblioteca eletrônica SPELL?

Ao buscar responder a citada questão de pesquisa, este estudo fornece informações úteis sobre a estrutura da pesquisa do BSC, podendo ajudar com isso os pesquisadores a acompanhar os desenvolvimentos neste campo (Faraji et al., 2022). Vislumbra-se também o objetivo do citado estudo que foi: mapear e investigar o desenvolvimento e a estrutura das redes sociais da produção científica do tema BSC publicada nos periódicos científicos nacionais brasileiros indexados na biblioteca eletrônica SPELL.

O argumento para a utilização da SPELL é por este ser mantido pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD). Logo, seu acervo científico brasileiro das áreas de Administração, Contabilidade e Turismo, até a data de 07-07-2022 tem quase 61 mil documentos publicados por 123 periódicos científicos; e desde sua criação, que foi em 2012, e até essa data, já houve mais de 42 milhões de acessos e mais de 15 milhões de downloads de textos disponibilizados na mencionada base de dados (Guimarães, Motta, Farias, Kimura, Quintella & Carneiro, 2018; SPELL, 2022), sendo assim considerada com uma das mais importantes e relevantes e, em ascensão na academia brasileira na área de Ciências Sociais Aplicadas, em especial em temas no campo da Administração (Rossoni, 2018; Atamanczuk & Siatkowski, 2019; Pinheiro & Almeida, 2020). Deste modo, este trabalho acadêmico contribui e possibilita melhor entendimento e compreensão de todo o panorama que envolve as publicações de pesquisas científicas sobre o BSC no Brasil à luz das técnicas da bibliometria e, da ARS.

Esta pesquisa também contribui para a literatura científica da área de estratégia ao investigar a produção científica da pesquisa sobre BSC, sob a óptica da ARS, evidenciando as redes sociais one-mode e two-mode dos atores responsáveis pela difusão e desenvolvimento do referido tema na academia, contribuindo assim para o seu alargando e robustecendo e para sua maior maturação de suas informações e saberes científicos.  Em outras palavras, deseja-se também que esta pesquisa, além de contribuir para o maior crescimento do mencionado tema na academia, proporcione oportunidades de surgimento de novos caminhos para estudos futuros, no tocante a este assunto, e, com isso, amplie os conhecimentos sobre o BSC, buscando assim motivar e mobilizar pesquisadores seniores ou iniciantes, que desejam contribuir para o desenvolvimento teórico desta temática na literatura científica nacional brasileira e, quiçá internacional.

Este estudo está subdividido em cinco seções, são elas: a primeira enfoca a Introdução que traz a questão de pesquisa, o objetivo do artigo, e as justificativas inerentes a este texto científico. A segunda seção enfatiza o Referencial teórico, que vislumbra o tema objeto de investigação desta pesquisa que é o BSC. Os Procedimentos metodológicos são contemplados na seção três deste estudo. Na seção quatro são colocadas as Análise e Discussões dos Resultados. E, por fim, na seção cinco é evidenciada a Conclusão que manifesta as contribuições, conclusões, limitação e sugestões para estudos futuros.

 

2 Balanced scorecard

Na década de 1990, as metodologias tradicionais utilizadas para o cálculo do desempenho organizacional passaram a ser questionados por sua eficácia. Isso em decorrência de que, tais métodos eram, quase sempre, constituídos por indicadores contábeis-financeiros das firmas, e, com isso, não havia uma consideração mais macro de outros indicadores potenciais de desempenho (Ribeiro, Ladeira & Faria, 2018). Por conseguinte, surge em 1992 o BSC, que tem como papel, propor a integração de objetivos, indicadores, metas e ações por meio de quatro perspectivas de desempenho, são elas: financeira, cliente, processos internos e aprendizado e crescimento. Sendo que tais indicadores também são usados para comunicar a estratégia a toda empresa, promovendo o alinhamento estratégico organizacional (Kaplan & Norton, 1997; Montenegro & Callado, 2019; Ribeiro et al., 2019).

A perspectiva financeira é formada por indicadores que se relacionam a performance financeira da organização. Já a perspectiva do cliente é composta por indicadores que interagem com a satisfação e fidelização dos clientes. No que concerne a perspectiva dos processos internos, este reúne os indicadores que aferem a marca, a liderança no mercado de atuação, a qualidade de produtos e outros aspectos estruturais da empresa. E, por fim, tem-se a perspectiva do aprendizado e crescimento que enfoca a administração dos funcionários e dos inúmeros aspectos vinculados à qualidade da força de trabalho e da liderança. Consequentemente, o BSC, utilizando tais perspectivas, identifica a estratégia organizacional, os objetivos estratégicos e as relações de causa e efeito por meio da geração de um mapa estratégico (Rivera, León, Pérez, Rivera & Nariño, 2009; Garcia, Lopes, Tatsch & Neitzke, 2013; Lourenço & Petenuci, 2022). Assim, no painel do mapa estratégico é possível retratar uma cadeia de causa e efeito, e, o exemplo abaixo, demonstra como ocorre as conexões de causa e efeito em um determinado mapa estratégico (Falsarella & Jannuzzi, 2017). 

A ampliação do tempo de disponibilidade em que o portal fica em funcionamento e a melhora da capacitação de pessoal (Perspectiva Aprendizagem e Crescimento) podem contribuir para aumentar o grau de eficiência das etapas do processo de venda e diminuir o tempo de fechamento de negócios (Perspectiva Processos Internos). Do mesmo modo, o sucesso desses resultados, descritos anteriormente, pode causar a ampliação do número de clientes que acessam o portal e o aumento do grau de aceitação desse novo processo de venda (Perspectiva Clientes), contribuindo para ampliar o valor da receita e da rentabilidade (Perspectiva Financeira) (Falsarella & Jannuzzi, 2017, p. 618).

Deste modo, em essência, o mapa estratégico ajuda as organizações a delinearem suas estratégias de maneira completa, conectada e sistemática, servindo como embasamento e norte para o sistema de controle gerencial. Isto posto, além do desdobramento nas perspectivas ilustradas (financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento), faz-se necessário disponibilizar informações que efetivamente ajudem neste processo, o que é feito por meio da construção de um painel de indicadores desempenho, o qual contempla as perspectivas, os objetivos estratégicos, os indicadores de performance, as metas e as ações sugeridas para o alcance das metas (Igarashi, Igarashi, Gasparetto & Martins, 2007). Ou seja, o painel de indicadores de performance é composto de um conjunto de medidas consideradas chave para avaliar o cumprimento dos objetivos estratégicos (Borges, Coelho & Petri, 2018).

Em suma, o mapa estratégico define os objetivos estratégicos mediante as quatro perspectivas do BSC, contudo, para que a empresa possa transmitir suas intenções a toda a sua equipe e avaliar os futuros desempenhos, são necessários definir os indicadores prioritários de desempenho e, as metas para cada um dos objetivos por meio de um painel de desempenho. Assim sendo, verifica-se que o mapa estratégico e o painel de desempenho com base no BSC, além de serem capazes de fornecer informações para que os gestores possam controlar e tomar decisões mais assertivas, orientando, como por exemplo, para a elaboração de um planejamento estratégico, estes também ajudam na integração e no alinhamento institucional, como também no refinamento do próprio BSC (Giustina, Petri & Lunkes, 2019; Rengel et al., 2020; Costa & Petri, 2021). De maneira geral, o BSC, por meio de seus indicadores, mapa estratégico e painel de indicadores ajuda a empresa a organizar seus passos com o intuito de cumprir as estratégias implementadas, como também valida seus controles gerenciais e o planejamento estratégico (Borges, Coelho & Petri, 2018).

 

3 Procedimentos metodológicos

O objetivo deste estudo foi mapear e investigar o desenvolvimento e a estrutura das redes sociais da produção científica do tema BSC publicada nos periódicos científicos nacionais brasileiros indexados na biblioteca eletrônica SPELL. Para tal, este estudo utilizou as técnicas de ARS sob as perspectivas one-mode e two-mode.

Ressalta-se que, para se conseguir adentrar na ARS, e, simultaneamente criar suas matrizes de redes sociais one-mode e two-mode, foi necessário utilizar a bibliometria na primeira etapa desta pesquisa, e, tal escolha se fez em decorrência deste método ser popular e rigoroso para explorar e investigar dados científicos, permitindo assim desvendar as nuances evolutivas (Urbizagástegui-Alvarado & Restrepo-Arango, 2021; Hassanein & Mostafa, 2022) do tema BSC na base da produção científica do mencionado tema.

Na ARS, existem elementos prioritários para melhor entendê-la (Severiano Junior, Cunha, Zouain & Gonçalves, 2021), ou seja, maneiras de observar a estrutura e as relações de uma rede social (Franscisco, 2011; Favaretto & Francisco, 2017), entre as quais realçam as seguintes: os nós, ou seja, os atores. Os laços que são estabelecidos pelos atores em um determinado contexto, definindo assim padrões de conexão e dinâmica de interação (Allegretti, Moysés, Werneck, Quandt & Moysés, 2018). O “componente gigante”, que é o maior elemento conexo de uma determinada rede social, onde os vértices daquele conjunto de atores se encontram todos conectados entre si (Bordin, Gonçalves & Todesco, 2014; Sampaio, Sacerdote, Fonseca & Fernandes, 2015; Dias, Moita & Dias, 2019; Kohler & Digiampietri, 2021). O grau de densidade ou de difusão da rede que é compreendida como o conjunto de ligações dos atores (Williams dos Santos & Farias Filho, 2016).

E as centralidades, que são propriedades de redes mais utilizadas, as quais provocam as características relacionadas à relevância ou visibilidade de um ator em uma rede social (Rossoni & Guarido Filho, 2007; Farias & Carmo, 2021). Dentre as centralidades, se faz distinção a centralidade de grau ou degree ou local que é a propriedade que evidencia a atividade relacional de um ator (Balestrin, Verschoore & Reyes Junior, 2010; Ribeiro & Corrêa, 2018; Ribeiro, 2019), ao inferir o número de conexões de cada um destes em um grafo (Alves, Pavanelli & Oliveira, 2014). Em outras palavras, o número de parcerias na criação e publicação do estudo científico (Pessoa Araújo, Mendes, Gomes, Coelho, Vinícius & Brito, 2017). Aqui cabe vislumbrar que neste estudo, optou-se por enfocar na centralidade de grau, e, tal escolha, justifica-se por esta conexão estrutural ser a mais comuns e a mais direta medida de centralidade (Cunha & Piccoli, 2017; Ribeiro, 2022).

Em suma, a análise de redes sociais pode ser: one-mode (1 modo) e ou two-mode (2 modos). A rede de um modo se caracteriza quando membros de uma rede social têm conexões com outros membros da mesma divisão, como, por exemplo: uma rede social composta apenas por pesquisadores. E a rede de dois modos se caracteriza quando seus atores possuem interações com membros de outras categorias, como, por exemplo: pesquisadores e suas respectivas instituições de origem Dito isto, no Brasil, é infrequente descobrir trabalhos que investigam redes de dois modos. Ou seja, os estudos de redes sociais de um modo suplantam muito, em quantidade, os estudos de redes sociais de dois modos em âmbito internacional. Em suma, na literatura científica, o número de estudos científicos divulgados sobre redes sociais de dois modos é cerca de 80% menor do que de um modo (Tomaél & Marteleto, 2013).

O universo de investigação colocou em realce todos os artigos dos periódicos científicos disponibilizados na biblioteca eletrônica SPELL, nas áreas de Administração, Ciências Contábeis, Economia e Turismo. O processo de seleção da amostra dos estudos ocorreu da seguinte forma: a) escolha das palavras-chave aplicadas no filtro de procura da base de dado SPELL; b) coleta dos dados na base SPELL; c) busca pelas palavras-chave nos títulos, resumos e palavras-chave dos estudos; d) definição da amostra, mediante a leitura dos títulos e/ou resumos de cada artigo.

Na plataforma de dados SPELL, colocou-se um filtro com a palavra-chave “Balanced Scorecard”. Justifica-se o uso da mencionada palavra-chave por constatar que esta é a mais usada para identificar estudos que enfoquem o Balanced Scorecard (Faraji et al., 2022). Essa palavra-chave foi procurada no título, resumo e palavras-chave de cada artigo, de forma não simultânea, consentindo, assim, que todos os artigos sobre o tema objeto de investigação desta pesquisa fossem identificados e relacionados.

Com isso, a amostra ficou composta por 262 estudos, em um recorte temporal dos anos de 2000 a 2022. As análises destes 262 artigos foram realizadas por meio dos indicadores de ARS: (i) rede social two-mode dos períodos e dos artigos; (ii) redes de coautoria; (iii) redes de colaboração das IES; (iv) rede social two-mode dos periódicos científicos e dos autores; (v) rede social das palavras-chave; e (vi) rede social two-mode dos temas e dos autores. Os referidos dados e informações foram retirados dos respectivos estudos, e, em seguida, iniciado os procedimentos de aferição das matrizes simétricas e assimétricas, e, visualização gráfica das redes colaboração one-mode e two-mode respectivas dos atores. A Figura 1 vislumbra as datas de início e término de cada iniciativa. Os dados bibliométricos (primeira etapa deste estudo) foram aferidos por meio dos softwares Bibexcel e Microsoft Excel 2007; e os indicadores de ARS foram mensurados mediante os softwares UCINET e NetDraw.

Figura 1: Datas

Fonte: Elaborado pelo autor (2022)

4 Análise e discussão dos resultados

Esta seção abordará a análise e a discussão das 262 pesquisas sobre BSC, sendo que esta foi subdividida em seis seções, que foram contempladas no último parágrafo da seção dos Procedimentos Metodológicos deste estudo.

A Figura 2 visualiza a rede social two-mode a qual é composta pelos 23 anos de publicações sobre o tema BSC e, pelos 262 artigos identificados nesta pesquisa. 

Figura 2: Rede social two-mode dos períodos e dos artigos

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Observando a Figura 2, seis períodos se destacam, são eles (em ordem decrescente, e, em termos de degree): 2011, 2013, 2015, 2016, 2012 e 2014. Interessante notar que, são seis anos ininterruptos, mostrando que os estudiosos tiveram seu ápice no desejo em realizar investigações sobre BSC, e, posteriormente publicá-las em periódicos científicos nacionais brasileiros indexados no SPELL nos anos realçados. Tal resultado também é confirmado no tocante as publicações acerca do BSC, ou seja, nos períodos em relevo, estes foram os que conseguiram congregar mais artigos sobre o tema ora investigado, e, em ordem igual aos anos que tiveram maios centralidade de grau. Estes períodos publicaram juntos 112 estudos, equivalendo a 43% do montante dos 262 artigos identificados nesta pesquisa. Pesquisas que enfocaram artigos indexados em bases de dados internacionais, como por exemplo o Web of Science (WoS), corroboraram de maneira similar com os achados desta subseção (Veroneze et al., 2017; Coelho, 2019; Sousa et al., 2020).

Ainda verificando a Figura 2, foi constatado também que os anos de 2018 e 2019 também tiveram um certo relevo, tanto na centralidade de grau, como também na proficuidade de estudos sobre o BSC, mostrando que, mesmo que o assunto ora investigado tenha alcançado seu pico nos anos de 2011 a 2016, este é um assunto que chama a atenção de estudiosos para suas publicações, e, com isso, entende-se que o mencionado tema é atemporal, ou seja, mesmo alcançando seu cume nos períodos de 2011 a 2016, o mesmo, para os resultados desta pesquisa, denotando uma tendência dos pesquisadores em continuar incorporando em seus respectivos trabalhos científicos o conceito BSC, ratificando a importância, a relevância e o destaque deste para a área do conhecimento científico Estratégia (Ribeiro & Corrêa, 2018; Oliveira et al., 2021; Faraji et al., 2022), como também para outros campos do saber, como é o caso da Contabilidade (Assis & Teixeira, 2015; Ribeiro, 2019).

A Figura 3 detecta as redes de coautoria deste estudo, a qual é formada por 617 nós e 1.696 laços.

Figura 3: Redes de coautoria

Fonte: Dados da pesquisa (2022) 

Neste estudo, o autor com maior degree foi Sérgio Murilo Petri. Seguido pelos estudiosos: Sandra Rolim Ensslin, Carlos Eduardo Facin Lavarda, Carlos Rogerio Montenegro Lima, Sabrina do Nascimento, Juliane Vieira de Souza e Ilse Maria Beuren. Estes são considerados os pesquisadores com maiores ações de relacionamento com outros docentes na mencionada rede de cooperação, e, isto é explicado em decorrência de suas parcerias nas publicações (Balestrin, Verschoore & Reyes Junior, 2010; Alves, Pavanelli & Oliveira, 2014; Pessoa Araújo et al., 2017; Ribeiro, 2019) dos estudos voltados ao BSC, contribuindo para a geração de valor científico, por meio de informações e conhecimento acadêmicos acerca desta temática, influenciando em sua maior proliferação e disseminação na literatura científica brasileira.

Além destes estudiosos que ficaram em relevo na Figura 3, ressalvam-se também outros pesquisadores que, mesmo não ficando em ênfase na mencionada figura, tiveram um satisfatório destaque na centralidade de grau, foram eles: Lúcia Maria Portela de Lima Rodrigues, Vicente M. Ripoll Feliu, Patrícia Rodrigues Quesado, Marcelo Medeiros da Rosa, Beatriz Aibar Guzmán, Jair Antonio Fagunndes, Cristina Crespo Soler, Jonas Duarte da Silva, Leonardo Ensslin, Cristina Martins, Gustavo Vanzo Odebrecht, Pollyanna Gerola Giarola, Fernanda Marques de Almeida Holanda, Maria Naiula Monteiro Pessoa, Augusto Cézar de Aquino Cabral, Marcelo da Costa Borba, Fúlvia Fernanda de Lima, Sandra Maria dos Santos, Fábio Frezatti, Marcelo Bronzo Ladeira, Josefa Ediliede Santos Ramos, Fernando A. Ribeiro Serra e Rodolfo Araújo Moraes Filho.

No que diz respeito as parcerias, as mais ocorridas foram entre os autores: Lúcia Maria Portela de Lima Rodrigues e Patrícia Rodrigues Quesado que publicaram seis vezes juntas; Beatriz Aibar Guzmán e Lúcia Maria Portela de Lima Rodrigues que divulgaram cinco estudos em conjunto; e Beatriz Aibar Guzmán e Patrícia Rodrigues Quesado que também evidenciaram cinco pesquisas em parceria. É curioso notar que, estas pesquisadoras mesmo publicando de maneira intensa estudos sobre BSC em conjunto, e, com isso, influenciando em laços fortes entre elas, não foi suficiente para fazer com que elas ficassem em relevo no que diz respeito ao degree, visto que, esta medida de centralidade é mais equivalente ao número de parcerias com mais autores, e, não, com estudiosos específicos, como é o caso das autoras em ênfase neste parágrafo. Porém, a interação entre elas impactou em suas respectivas produtividades acerca do tema BSC no cenário acadêmico brasileiro.

Em referência aos pesquisadores que interagiram mais com outros estudiosos, realçam-se: Sérgio Murilo Petri (se conectou com outros 25 pesquisadores), Sandra Rolim Ensslin (interação com 14 autores), Carlos Eduardo Facin Lavarda (com 12 estudiosos), Carlos Rogerio Montenegro Lima, Ilse Maria Beuren, Juliane Vieira de Souza e Sabrina do Nascimento, todos com interação com outros 11 autores. Corroborando o destaque destes como os pesquisadores mais centrais deste estudo. Também enfatizam-se os estudiosos: Leonardo Ensslin (que fez parceria com outros nove acadêmicos) e Fernanda Marques de Almeida Holanda e Fernando A. Ribeiro Serra, ambos interagindo com outros oito autores.

Tais estudiosos também ficam em relevo no que concerne a proficuidade dos estudos sobre BSC, corroborando e, consubstanciando com a medida de centralidade de grau, e, com isso, validando o grau de importância, proeminência e relevância destes pesquisadores para a divulgação e socialização do tema BSC no campo científico nacional brasileiro. Ainda averiguando a Figura 3, tem-se que os citados e enfatizados pesquisadores manifestam-se e, de maneira macro, compõem um grupo mais acentuado na citada rede de coautoria, tipificando o elemento nomenclaturado de “componente gigante”, compreendendo e indicando a existência de grupos de pesquisadores que publicam isoladamente (Bordin, Gonçalves & Todesco, 2014), refletindo a presença de um fluxo de informações científicas mais concentrada entre estes autores (Kohler & Digiampietri, 2021) sobre o tema BSC.

Tal componente ajuda a entender, compreender e identificar se uma determinada rede de cooperação é coesa ou esparsa e ou dividida em pequenos grupos de atores (Sampaio, Sacerdote, Fonseca & Fernandes, 2015; Dias, Moita & Dias, 2019), impactando na densidade da mencionada rede (Bordin, Gonçalves & Todesco, 2014), que neste caso, é formada pelos 617 pesquisadores encontrados neste estudo. Logo, a densidade da rede de coautoria da Figura 3 é de 0.0049, significando que apenas 0,49% das interações entre os 617 da referida rede são efetivamente realizadas, impactando assim em laços fracos (Williams dos Santos & Farias Filho, 2016), e, em um fluxo de conhecimento baixo em toda a rede de coautoria, no que tange ao assunto BSC.

Com isso, mesmo constatando a existência de pesquisadores proeminentes e de importância para a evidenciação e o crescimento do tema BSC no âmbito científico nacional, a rede de coautoria deste estudo não reflete de maneira similar as interseções entre o grupo de pesquisa destacado de estudiosos da Figura 3. Por conseguinte, é condição sine qua non para que a densidade de qualquer rede, mas especificamente para a rede dos pesquisadores da Figura 3 evolua, que os estudiosos em relevo, no que se refere ao degree e as suas respectivas proficuidades, interajam de forma mais contundente e dinâmica, se não em toda a rede, mas, por meio de outros autores que, mediante suas respectivas IES, possam servir de “pontes”, e, assim, robustecer as interações com outros estudiosos que formam a rede de colaboração da Figura 3, contribuindo para otimização da densidade das redes de coautoria deste estudo, e, concomitantemente, para o alargamento do fluxo de informações e conhecimento científicos sobre o assunto BSC no panorama literário científico brasileiro.

A Figura 4 constata as redes de colaboração das instituições desta pesquisa, sendo estruturada por 155 nós e 408 laços. As IES que obtiveram maior destaque na centralidade de grau foram: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS). Salientam-se também as instituições: Universidade de Valencia, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de Brasília (UnB), Universidade do Minho, Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Regional de Blumenau (FURB). Destas, cinco são oriundas da Região Sul do Brasil; duas são nativas da Região Sudeste; uma da Região Centro-Oeste; e duas são estrangeiras.

Sobressai-se também outras IES que, mesmo não constando em realce na Figura 4, é importante evidenciá-las, e, ademais, as referidas tiveram uma aceitável mensuração em suas respectivas centralidades de grau, são elas: Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Universidade de Santiago de Compostela, Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Vale do Itajaí, Campus Itajaí (UNIVALI), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal do Rio Grande (FURB), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade do sul de Santa Catarina (UNISUL) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

Em consideração a esse panorama, pode-se deduzir que as citadas e enfocadas IES visualizadas na Figura 4 são as mais importantes e relevantes, no que concebe as perspectivas do degree, ou seja, da dinâmica das parcerias com outras IES, por meio de seus respectivos pesquisadores, e, no contexto da produção científica de estudos com foco no BSC no panorama científico brasileiro, sendo respaldada por instituições estrangeiras, em particular, as que ficaram em foco na Figura 4. Em relação as IES brasileiras, estudos que enfocaram a produção científica sobre o BSC (Ferreira & Diehl, 2013) confirmam de maneira similar os achados desta subseção.

Figura 4: Redes de colaboração das IES

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Pondera-se que, como ocorrerá nas redes de coautoria retratada pela Figura 3 deste estudo, a Figura 4 também faz emergir conexões entre um grande número de IES, trazendo à tona um componente gigante, que é composto por todas as IES em relevo na Figura 4, e, com isso, proporcionando um alargamento e um robustecimento das informações e dos saberes acerca do tema BSC no âmbito acadêmico nacional.

Neste caso, analogamente, como observou-se nas redes de coautoria desta pesquisa, o fluxo de conhecimentos sobre o BSC restringe-se a este grande grupo de instituições, que se conectam direta ou indiretamente, harmonizando de maneira plena e contundente o maior número de interações e laços na rede de colaboração das IES, proporcionando assim motivar a afirmar que, as informações e conhecimentos constituídos, mediante os autores e, concomitantemente, por suas respectivas IES, está quase que integralmente alicerçado e norteado pelas IES deste grupo em relevo na Figura 4, sobretudo, pelas instituições mais centrais desta pesquisa.

Tal resultado é confirmado pela densidade da rede das IES, a qual foi aferida em 0.0213, equivalendo a 2,13%. Número este similar ao verificado nas redes sociais dos pesquisadores deste estudo. Logo, constata-se a importância dos estudiosos na difusão, disseminação e socialização das pesquisas científicas, que neste caso, envereda-se para o tema BSC, contribuindo a posteriori, em uma maior agregação de estudiosos para engrandecer e fortalecer as pesquisas acadêmicas sobre o tema investigado, influenciando simultaneamente, na criação de valor científico para o tema, e, consequentemente, fazendo surgir novos estudos por meio de acadêmicos que desejam compreender e estudar o BSC, proporcionando assim, intensificar novos estudos, criando grupos de pesquisas, e, com isso, otimizando laços, conexões e, fazendo surgir uma maior densidade nas redes de coautoria, impactando de maneira imperativa e imprescindível nas redes de colaboração das IES.

A Figura 5 capta a segunda rede social two-mode desta pesquisa, a qual foi concebida pelos 85 periódicos científicos localizados, e, pelos 617 autores, gerando assim uma rede social composta por 702 nós e 747 laços.

Figura 5: Rede social two-mode dos periódicos científicos e dos autores

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Desta maneira, os periódicos científicos que ficaram em realce foram: Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios (REEN), Revista Ibero-Americana de Estratégia (RIAE), Revista da Micro e Pequena Empresa (RMPE), ConTexto, Revista Catarinense da Ciência Contábil (RCCC), Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (RCMCCUERJ), Contabilidade Vista & Revista (CV&R), Revista Contemporânea de Contabilidade (RCC), Revista Eletrônica de Administração (REAd), Revista Universo Contábil (RUC) e Revista de Ciências da Administração (RCA). E o número de autores vinculados a estas revistas científicas, para publicação de seus estudos, foram, respectivamente: 31, 27, 23, 22, 22, 22, 20, 20, 19, 19 e 16.

O que enseja que o número de pesquisadores influenciou diretamente no degree destes periódicos. Salienta-se também que, as citadas e destacadas revistas são as mais profícuas acerca do tema BSC, comprovando, ser estes os meios de comunicação mais propensos a divulgar a temática ora investigada, como também, assuntos inerentes e ou análogos ao citado tema. Com isso, os estudiosos, sob a óptica dos resultados desta pesquisa, buscam evidenciar seus achados e contribuições de pesquisas na literatura branca voltadas ao BSC nestes periódicos em relevo na Figura 5.

Ainda no que toca o destaque destes meios de comunicação da literatura branca, existe um grupo de estudiosos, e, consequentemente, de periódicos científicos que ficaram em saliência na Figura 5, fazendo surgir novamente um “componente gigante” (Bordin, Gonçalves & Todesco, 2014; Sampaio, Sacerdote, Fonseca & Fernandes, 2015; Dias, Moita & Dias, 2019; Kohler & Digiampietri, 2021), ponderando que, as revistas nativas de IES com Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Contábeis são as que chamam mais a atenção dos 617 pesquisadores, ou melhor, de uma grande parcela destes estudiosos, envolvidos no processo de construção do conhecimento científico acerca do BSC, para divulgação de seus respectivos estudos achados e contribuições na literatura científica nacional brasileira.

Contudo, é considerável também evidenciar que, existe sim um certo equilíbrio, no que concerne as áreas do conhecimento que norteiam e alicerçam estes periódicos de forma proeminente, ou seja, das 11 revistas científicas enfatizadas na Figura 5, seis são nativas da área das Ciências Contábeis, e, cinco são oriundas do campo do saber Administração, o que direciona o entendimento de que, o tema BSC é horizontal, sobretudo no que respeita a estes campos do conhecimento, ou seja, Administração e Contabilidade, contribuindo para que, o tema ora em investigação seja maior aprofundado, disseminado e socializado nestes áreas que são complementares e, possuem uma forte interseção no ambiente dos negócios das empresas, influenciando com isso na dinâmica de atuação do conceito BSC no mercado corporativo, proporcionando a posteriori, o surgimento e a publicação de pesquisas subsidiadas em áreas e setores diversos da economia, embasadas e norteadas por temas que compõem o entendimento e a compreensão do BSC como modelo de gestão estratégica e de desempenho para as empresas (Galas & Forte, 2005; Kawai, 2017; Borges, Coelho & Petri, 2018; Éckeli, Barbosa & Barbosa, 2020; Faraji et al., 2022; Lourenço & Petenuci, 2022).

A análise das redes sociais das palavras-chave tornou-se popular entre os pesquisadores e muitos a usam para mapear a estrutura conceitual de diferentes campos de pesquisa (Faraji et al., 2022). Logo, a Figura 6 vislumbra a rede social das palavras-chave, a qual foi arquitetada por 445 nós e por 2.346 laços. Salienta-se que os nós representam as palavras-chave e seus tamanhos são proporcionais à sua recorrência no conjunto de dados analisados e os laços simulam as conexões entre as palavras-chave (Guimarães et al., 2018). Ressalta-se também que as 445 ocorrências de palavras-chave são únicas, pois, foi “mantido apenas o critério de não diferenciar letras maiúsculas e minúsculas – palavras no singular e no plural foram mantidas diferentes” (Favaretto & Francisco, 2017, p. 376).

Figura 6: Rede social das palavras-chave

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Posto isto, as palavras-chave que se destacaram, excetuando-se a palavra-chave Balanced Scorecard, pois, está foi a palavra-chave usada para a busca dos artigos deste estudo, e, com isso, ela ficaria inevitavelmente e indubitavelmente em relevo nesta pesquisa, foram: planejamento estratégico, estratégia, indicadores de desempenho, avaliação de desempenho, gestão estratégica, indicadores, contabilidade gerencial, BSC, mapa estratégico, desempenho, alinhamento estratégico e administração pública. Com a introdução do BSC por Kaplan e Norton em 1992, levou a um aumento no interesse de pesquisa em BSC, no entanto, ao observar as palavras-chave mais centrais, constata-se que não houve mudança significativa nos hotspots durante esse período (Faraji et al., 2022), ou seja, de 1992 a 2022 sob a óptica das publicações científicas brasileiras.

Além destas palavras-chave em realce na Figura 6 no que tange ao degree, ressalvam-se também outras palavras-chave, são elas: gestão, desempenho organizacional, gestão do conhecimento, tecnologia da informação, gestão pública, stakeholders, cultura organizacional, medidas de desempenho, capital intelectual, gestão de pessoas, controle gerencial, vantagem competitiva, controladoria, planejamento, Instituição de Ensino Superior, administração estratégica, Teoria institucional e painel estratégico. Essa descoberta pode apontar pesquisadores enfocando seus estudos para assuntos que estão mais em relevância nas empresas, influenciando em insights para novas pesquisas à luz dos conceitos do BSC (Faraji et al., 2022).

Ressaltam-se também as ligações das palavras-chave que ocorreram com mais frequência nos 262 estudos identificados nesta pesquisa, foram elas: Balanced Scorecard com planejamento estratégico e com estratégia, ocorrendo 18 vezes; Balanced Scorecard com indicadores de desempenho, acontecendo 16 vezes; Balanced Scorecard com gestão estratégia e com avaliação de desempenho, decorrendo 15 vezes; e Balanced Scorecard com mapa estratégico, sucedendo 12 vezes, sendo assim as mais indicadas para futuros pesquisadores investigarem material consistente sobre o tema BSC (Oliveira et al., 2021).

Logo, as realçadas palavras-chave ocupam posições de relevância e influências centrais no fluxo informacional temático e teórico (Franscisco, 2011; Favaretto & Francisco, 2017) do assunto BSC neste estudo. E, de maneira geral, tanto as palavras-chave que ficaram em relevo na Figura  6, como também, as outras palavras-chave que foram contempladas, revelam uma certa tendência dos pesquisadores deste campo do saber para estudos voltados acerca de temas que explorem ou se conectem com estas palavras-chave em destaque (Faraji et al., 2022), mostrando com isso que as palavras-chave esboçadas nesta pesquisa, e, simultaneamente as suas respectivas ocorrências, podem vir a ratificar as principais linhas de pesquisa e ou estudos publicados (Franscisco, 2011; Favaretto & Francisco, 2017), sobre o tema BSC no âmbito nacional brasileiro. Estudos em estado da arte publicados (Coelho, 2019; Oliveira et al., 2021; Faraji et al., 2022), vão ao encontro dos achados contemplados nesta subseção deste estudo.

A Figura 7 faz enxergar a terceira rede social two-mode deste estudo, a qual é contemplada pelos 58 temas identificados, e, pelos 617 pesquisadores, constituindo assim uma rede social com 675 nós e por 731 laços. Logo, os temas que ficaram em relevo, em ordem decrescente, foram: gestão estratégica (com 69 autores publicando), indicadores de desempenho (55 pesquisadores), gestão pública (51 estudiosos), planejamento estratégico (47), avaliação de desempenho (46), IES (37), contabilidade gerencial (29), controle gerencial (29), tecnologia (28), implantação (26), produção científica (21), micro, pequenas e médias empresas – MPMEs (20), cooperativa (19), gestão do conhecimento (14) e inovação (com 13 pesquisadores publicando).

Figura 7: Rede social two-mode dos temas e dos autores

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

De maneira macro, os temas em realce na Figura 7 vão ao encontro das palavras-chave em relevo na Figura 6  , particularmente, no que evidência aos assuntos: estratégia, desempenho, planejamento, gestão, gerencial, reforçando assim o conceito do BSC como um modelo de gestão essencial para o alinhamento, controle gerencial, desempenho e planejamento estratégico das empresas (Galas & Forte, 2005; Rocha & Lavarda, 2011; Kawai, 2017; Borges, Coelho & Petri, 2018; Éckeli, Barbosa & Barbosa, 2020; Faraji et al., 2022; Lourenço & Petenuci, 2022). E, com isso, se observa como os 262 estudos identificados nesta pesquisa, interagem na correlação (Faraji et al., 2022) destas palavras-chave com os temas principais que alicerçaram estas 262 pesquisas. Ratificando a importância destes conceitos no alicerce e no norte dos estudos que enfocam o BSC, não somente no âmbito científico nacional (Coelho, 2019; Oliveira et al., 2021), mas também, no painel literário científico internacional (Faraji et al., 2022).

Assim, é possível afirmar que, os pesquisadores no cenário acadêmico nacional, harmonizam seus respectivos estudos com foco nas premissas e conceitos que embasam o BSC, fazendo com que tais trabalhos científicos tornem-se consolidados e legitimados na academia, proporcionando e, posteriormente, propiciando que seus respectivos estudos venham a ser publicados, porém, adentrando em temáticas se fazem presentes, e ou, podem ser trabalhadas, por meio da implantação das perspectivas do BSC, como é o caso da educação superior, inovação, contabilidade, tecnologia, MPMEs. Com isso, o acervo teórico do BSC tende a ficar robusto e dinâmico, contribuindo para alargar suas raízes conceituais em outros temas da área de gestão, negócios, finanças, estratégia, dentre outros.

Além dos temas evidenciados e em relevo na Figura 7, outros assuntos se fizeram representar nesta pesquisa, contudo, sem destaque na citada figura, ou seja, no que concerne a interação dos pesquisadores para com estes temas, e, consequentemente por suas respectivas produções de pesquisas científicas baixas, foram eles: clima organizacional, competências, gestão da qualidade, gestão de custos, gestão de projetos, governança corporativa, internacionalização, logística, marketing, pesquisa e desenvolvimento, sustentabilidade, terceiro setor, turismo e visão baseada em recursos.

Por conseguinte, tais temas pouco abordados em pesquisas com escopo do BSC podem ser uma oportunidade de pesquisa relevante para os estudiosos que desejem ampliar seus conhecimentos científicos acerca do BSC, contudo, enfocando em outros temas que se conectam de maneira direta aos conceitos do BSC, e ou, para acadêmicos iniciantes, que buscam saberes sobre o BSC, em particular, consubstanciado por temáticas ainda embrionárias ao citado tema. E, também, de forma geral, estes temas ainda incipientes no arcabouço teórico do BSC, se difundidos e propagados de maneira mais intensa e contundente, por estudiosos, serão proeminentes, juntamente com os temas já consolidados e legitimados, e, que são inerentes ao BSC, para impactar no maior crescimento de pesquisas sobre a mencionada temática, especialmente para fins científicos no cenário acadêmico brasileiro. 

 

5 Conclusão

O objetivo deste estudo foi mapear e investigar o desenvolvimento e a estrutura das redes sociais da produção científica do tema BSC publicada nos periódicos científicos nacionais brasileiros indexados na biblioteca eletrônica SPELL. Logo, este estudo traz duas contribuições centrais para o campo do saber da Estratégia: a primeira relacionada ao tema BSC; e a segunda referente aos indicadores métricos da ARS.

Este estudo oferece múltiplas contribuições de pesquisa para a literatura científica brasileira sobre BSC, ou seja: (i) oferece novos insights sobre a estrutura conceitual dos estudos do BSC por meio da ARS dos atores envolvidos no processo de construção do saber do referido tema, sobretudo, das redes sociais das palavras-chave, e, dos temas; (ii) utilizou o SPELL como um banco de dados nacional brasileiro abrangente para ARS, fornecendo uma visão abrangente da literatura nacional brasileira acerca do BSC para pesquisadores seniores, e, em particular, para os iniciantes, podendo com isso abrir caminhos para estudos futuros, revelando gaps de pesquisa no panorama científico brasileiro; e (iii) oportunizar o surgimento de novos estudos, por meio de temas, em especial, os que ainda necessitam ser mais bem estudados, e, consequentemente publicados, contribuindo para o alargamento e o robustecimento das pesquisas sobre BSC no Brasil, e, quiçá no âmbito internacional.

Conclui-se que a referida pesquisa traz informações contemporâneas sobre a produção científica nacional brasileira e, suas redes de colaboração no que tange ao tema BSC, fornecendo, não somente uma visão dos atores, que são necessários e importantes para a construção do saber acadêmico e, de sua agregação de valor na ciência, mas também, as palavras que ficaram em relevo nos 262 artigos investigados, manifestando assim possíveis linhas de estudos, temas, conceitos teóricos e fluxos de conhecimento na literatura acadêmica no Brasil sobre BSC.

Em suma, esta pesquisa otimiza e contribui para a ampliação do entendimento e da compreensão atual sobre o tema BSC para os docentes, pesquisadores e profissionais da área de Estratégia enfocando, especialmente sua produção científica à luz da formação das redes sociais one-mode e two-mode dos atores responsáveis pela criação do conhecimento, divulgação, disseminação e socialização do citado tema na academia nacional brasileira, proporcionando assim uma agenda de pesquisa para estudos futuros.

A limitação que pode ser verificada para a citada pesquisa se relaciona ao levantamento ter sido realizado em somente na base de dados específica SPELL. Com isso, sugere-se para estudos futuros, a ampliação deste estudo, utilizando para isso outras plataformas nacionais e, sobretudo, internacionais de dados, como a SciELO, EBSCO, Web of Science e a Scopus. Como também utilizar eventos científicos nacionais e internacionais, e, revistas científicas nacionais e internacionais legitimadas e consolidadas na academia na área do conhecimento do tema BSC.

 

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