ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NA VIGÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

anos 2003 a 2019

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/gr.vol40.E20248231

Palavras-chave:

Arrecadação municipal de impostos, Competência tributária municipal, Receitas municipais

Resumo

Este texto analisa a arrecadação de impostos de competência municipal no contexto fiscal no período de 2003 a 2019, traçando o panorama atual da receita proveniente desses impostos, segundo a região, o porte populacional, a categoria (se capital ou interior) e a participação de cada imposto nos agrupamentos considerados. Utilizou-se pesquisa bibliográfica e a base de dados disponibilizada por Santos, Mota e Faria (2020), analisada por medidas de frequências absolutas e relativas e coeficientes de variação. Constatou-se que a arrecadação mais que dobrou no período, sendo os municípios mais populosos e com maior participação no PIB nacional, geralmente localizados na região Sudeste, os que arrecadam mais, e o Imposto Sobre Serviços (ISS) é o que mais contribui em todos os grupos, refletindo a natureza urbana da base tributária municipal, cada vez mais assentada, ao passar dos anos, no setor de serviços, cuja cobrança representa menores custos administrativo e político.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristhian Rêgo Passos, Universidade Federal do Piauí - Teresina- Brasil

Doutorando em Políticas Públicas na Universidade Federal do Piauí. Mestre em Gestão Pública pelo Programa de Pós-Graduação (Mestrado Profissional) em Gestão Pública da Universidade Federal do Piauí (2019). Possui pós-graduação Lato Sensu em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal do Piauí (2014) e especialização em Gerenciamento de Recursos Ambientais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI (2013). Graduado em Administração pelo Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEUT). Atualmente é Técnico Administrativo em  Educação na Universidade Federal do Piauí.

Guiomar de Oliveira Passos, Universidade Federal do Piauí - Teresina - Brasil

Possui graduação em Serviço Social (1981) e Mestrado em Educação (1997) pela Universidade Federal do Piauí (1981), e doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (2003). Atualmente é professora titular da Universidade Federal do Piauí, atuando no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas (Mestrado e Doutorado) e no Departamento de Serviço Social. Tem experiência em pesquisa na área de Educação, principalmente nos seguintes temas: acesso ao ensino superior, análise avaliação de programas e políticas de educação básica e superior. Desenvolveu pesquisas sobre políticas de educação, acesso ao ensino superior e representações sociais, com financiamento do CNPq e FAPEPI.

Referências

Afonso, J. R. R. (2007). Descentralização fiscal, políticas sociais e transferência de renda no Brasil. Gestión Pública, (63), 1-40. https://www.cepal.org/sites/default/files/publication/files/7319/S2007604_pt.pdf

Afonso, J. R.R. (2016). Federalismo fiscal brasileiro: uma visão atualizada. Caderno Virtual (Instituto Brasiliense de Direito Público), 1, 23-47. https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/cadernovirtual/article/view/2727/1297

Afonso, J. R. R., Araújo, E. A. (2000). A capacidade de gastos dos municípios brasileiros: arrecadação própria e receita disponível. Cadernos de Finanças Públicas, 1(1), 19-30.

Afonso, J. R. R., Araújo, E. A., Nóbrega, M. A. R. da. (2013). O IPTU no Brasil: um diagnóstico abrangente. Rio de Janeiro: FGV. https://fgvprojetos.fgv.br/publicacao/iptu-no-brasil-um-diagnostico-abrangente

Afonso, J. R.R., Castro, K. (2018). Arrecadação tributária brasileira: uma avaliação atualizada. Cadernos FGV Projetos, 13(34), 65-79. https://joserobertoafonso.com.br/arrecadacao-tributaria-brasileira-afonso-castro/

Afonso, J. R. R., Castro, K. (2019). Carga tributaria brasileña en perspectiva histórica: estadísticas revisitadas. Revista de Administração Tributária, (45), 139-154. https://www.hacienda.go.cr/Sidovih/uploads//Archivos/Articulo/Revista%20de%20Administraci%C3%B3n%20tributaria%20N%C2%B045.pdf

Afonso, J. R. R., Correia, C. A., Araújo, E. A., Ramundo, J. C. M., David, M. D., Santos, R. M. (1998). Municípios, Administração e Arrecadação tributária: quebrando tabus. Revista do BNDES, 5(10), 3-36. https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/11521/2/RB%2010%20Munic%C3%ADpios%2C%20arrecada%C3%A7%C3%A3o%20e%20administra%C3%A7%C3%A3o%20tribut%C3%A1ria%20-%20quebrando%20tabus_P_BD.pdf

Alexandre, R. (2016). Direito Tributário Esquematizado (10a ed.). São Paulo: Método.

Brasil. (1968). Decreto Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968. Diário Oficial da União, 1131. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1960-1969/decreto-lei-406-31-dezembro-1968-376809-publicacaooriginal-1-pe.html

Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm

Brasil. (2000). Lei Complementar, nº. 101, de 4 maio 2000. Diário Oficial da União, 1-9. https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=05/05/2000&jornal=1&pagina=82&totalArquivos=152

Brasil. (2003). Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. Diário Oficial da União, 3-6. https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=3&data=01/08/2003

Brasil. (2009). Ministério de Estado das Cidades. Portaria MCid nº 511, de 07 de dezembro de 2009. Diário Oficial da União, 234, 75. https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=75&data=08/12/2009

Brasil. (2016). Lei Complementar nº 157, de 29 de dezembro de 2016. Diário Oficial da União, 1. https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=01/06/2017&jornal=1&pagina=1&totalArquivos=256

Brasil. (2017). Código Tributário Nacional. (3a ed.). Brasília: Senado Federal. https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/531492/codigo_tributario_nacional_3ed.pdf

Brasil. (2019). Congresso Nacional. Estudo e consulta: Reforma Tributária: PEC 110/2019, do Senado Federal, e PEC 45/2019, da Câmara dos Deputados. Brasília, DF: Consultoria Legislativa. https://bit.ly/3dcS0p5

Brasil. (2019). Senado Federal. Proposta de Emenda à Constituição nº 188, de 2019. PEC do Pacto Federativo. Brasília, DF: Senado Federal. https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/139704

Bremaeker, F. E. J. de. (1994). Mitos sobre as finanças dos municípios brasileiros. Revista de Administração Municipal, 41(212), 6-21. http://lam.ibam.org.br/revista_detalhe.asp?idr=104

Fernandes, L. H. dos S. (2017). Eficiência tributária municipal e seus determinantes: uma abordagem semi-paramétrica via regressão beta [Dissertação de mestrado]. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/12514/1/Arquivototal.pdf

Hamilton, A., Madison, J., Jay, J. (1993). The Federalist Papers. (M. L. X. de A. Borges, Trad.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Harada, K. (2014). ISS: Doutrina e Prática (2a ed.). São Paulo: Atlas.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2008). IBGE divulga as Contas Regionais 2003 – 2006. Agência IBGE Notícias. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/13571-asi-ibge-divulga-as-contas-regionais-2003-2006

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Produto interno bruto dos municípios: 2018: PIB dos Municípios [informativo]. Rio de Janeiro: IBGE. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101776_informativo.pdf

Massardi, W. de O., Abrantes, L. A. (2015). Esforço fiscal, dependência do FPM e desenvolvimento socioeconômico: um estudo aplicado aos municípios de Minas Gerais. Revista de Gestão, 22(3), 295-313.

Orair, R. A., Alencar, A. A. (2010). Esforço Fiscal dos Municípios: indicadores de condicionalidade para o sistema de transferências intergovernamentais. Brasília: Esaf. https://premios.tesouro.gov.br/stn2010/assets/pdf/tema4/Tema%204%20-%201%20lugar%20-%20Rodrigo%20Orair%20e%20Andre%20Alencar.pdf

Santos, C. H. M dos, Motta, A. C. S. V., Faria, M. E. de. (2020). Estimativas anuais da arrecadação tributária e das receitas totais dos municípios brasileiros entre 2003 e 2019. Carta de Conjuntura do Ipea, (48). https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2020/07/estimativas-anuais-da-arrecadacao-tributaria-e-das-receitas-totais-dos-municipios-brasileiros-entre-2003-e-2019/

Serra, J., Afonso, J. R. R. (1999). Federalismo Fiscal à Brasileira: algumas reflexões. Revista do BNDES, 6(12), 3-30. https://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev1201.pdf

Siqueira, K. J. da S. P. de, Paes, N. L., Lima, R. C. de A. (2016). Eficiência na administração tributária dos municípios: o caso da arrecadação em Pernambuco. Revista Brasileira de Economia de Empresas, 16(2), 97-120.

Suzart, J. A. da S., Zucolotto, R., Rocha, D. G. da. (2018). Federalismo fiscal e as transferências intergovernamentais: um estudo exploratório com os municípios brasileiros. Advances in Scientific and Applied Accounting, 11(1), 127-145.

Tristão, J. A. M. (2003). A administração tributária dos municípios brasileiros: uma avaliação do desempenho da arrecadação [Tese de doutorado]. Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

Weber, M. (2006). A “Objetividade” do Conhecimento das Ciências Sociais. (G. Cohn, Trad.). São Paulo: Ática.

Publicado

2024-03-05

Como Citar

Passos, C. R., & Passos, G. de O. (2024). ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NA VIGÊNCIA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: anos 2003 a 2019. Gestão & Regionalidade, 40, E20248231. https://doi.org/10.13037/gr.vol40.E20248231