DIFERENÇAS SALARIAIS POR OCUPAÇÕES ENTRE HOMENS E MULHERES NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.13037/gr.vol38n114.7364Keywords:
Desigualdade. Discriminação Ocupacional. Mercado de Trabalho.Abstract
The income inequality among professionals performing the same function is remarkable in Brazil. Individuals who are allocated to the same occupational groups have similar productivity, therefore, there should be no great difference between the salaries of men and women. In this context, the objective of this research is to analyze the gender wage differences among workers allocated to the same occupations between 2005 and 2015. For this purpose, we used the Oaxaca decomposition (1973) and the database of the Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD (National Survey by Household Sample). The main results showed the component attributed to discrimination increased in the period from 2005 to 2015. Evidence of glass ceiling was found for occupations categories of management and board, of the Private Sector, as well as for occupations categories of board, of the Public Sector. Evidence of sticky floor was found for service occupations.
Downloads
References
ANDERSON, D.; BINDER, M.; KRAUSE, K.. Women, children and the labor market. American Economic Review, v. 92, p. 354–358, 2002.
ARULAMPALAM, W.; BOOTH, A. L.; BRYAN, M. L.. Is there a glass ceiling over Europe? Exploring the gender pay gap across the wage distribution. ILR Review, v. 2, n. 60, p. 163-186, Jan. 2007.
BARÓN, J. D.; COBB-CLARK, D. A.. Occupational Segregation and the Gender Wage Gap in Private- and Public-Sector Employment: A Distributional Analysis. IZA Discussion Paper, jun. 2008.
BARROS, R. P.; FRANCO, S.; MENDONÇA, R.. Discriminação e segmentação no mercado de trabalho e desigualdade de renda no Brasil. IPEA, Rio de Janeiro, p. 30, jul. 2007.
BARROS, R. P.; MACHADO, A. F.; MEDONÇA, R.. A Desigualdade da Pobreza: Estratégias Ocupacionais e Diferenciais por Gênero. IPEA, Rio de Janeiro, p. 36, 1997.
BECKER, G.. The Economics of Discrimination. The University of Chicago Press. Chicago. 1957.
BRUSCHINI, M. C. A.. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, p. 537-572, set./dez. 2017.
CACCIAMALI, M. C.; TATEI, F.; ROSALINO, J. W.. Estreitamento dos diferenciais de salários e aumento do grau de discriminação: limitações da mensuração padrão? Planejamento e Políticas Públicas, v. 33, p. 195-222, Jul./Dez. 2009.
CAMBOTA, J. N.; PONTES, P. A.. Discriminação por Gênero Intra-Ocupações no Brasil, em 2004. XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP., Caxambu, p. 15, set. 2006.
CHEVALIER, A.. Education, Occupation and Career Expectations: Determinants of the Gender Pay Gap for UK Graduates. Oxford Bulletin of Economics and Statistics. University of Oxford. 2007.
CHRISTOFIDES, L. N.; POLYCARPOU, A.; VRACHIMIS, K. Gender wage gaps,‘sticky floors’ and ‘glass ceilings’ in Europe. Labour Economics, v. 21, p. 86-102, abril 2013.
DAVID, H.; KATZ, L. F.; KEARNEY, M. S.. The polarization of the US labor market. American economic review, v. 96, n. 2, p. 189-194, 2006.
DWYER, R. E. The care economy? Gender, economic restructuring, and job polarization in the US labor market. American Sociological Review, v. 78, n. 3, p. 390-416, 2013.
FAUSTINO, I.; ARAÚJO, E.; MAIA, K.. Mercado de trabalho e discriminação: uma análise das diferenças salariais e discriminação por gênero no Brasil e macrorregiões (2004-2014). Encontro Nacional de Economia da ANPEC, Natal, 2017.
FERNANDEZ, J.. Intra-occupational gender earnings gaps in Malaysia. Jurnal Kemanusiaan, v. 14, p. dez., 2009.
FIUZA MOURA, F. et al. The luck of being of the right gender and color: a detailed discussion about the wage gaps in the Brazilian manufacturing industry. Quality & Quantity, v. 52, set. 2018.
FREEMAN, R. B.. The minimum wage as a redistributive tool. Economic Journal, v. 106, p. 639-649, 1996.
FREISLEBEN, V. S.; BEZERRA, F. M.. Ainda existe discriminação salarial contra as mulheres no mercado de trabalho da região Sul do Brasil? Evidências para os anos de 1998 e 2008. Revista Cadernos de Economia, Chapecó, v. 16, n. 30-31, p. 51-65, dez. 2012.
FRESNEDA, B.. Segregação ocupacional versus discriminação salarial por gênero no mercado de trabalho brasileiro- 2004. XIII Congresso Brasileiro de Sociologia , Recife, p. 16, jun. 2007.
HECKMAN, J. J.. Sample selection bias as a specification error (with an application to the estimation of labour supply functions). Econometrica, v. 47, n. 1, p. 153-161, Jan. 1979.
HIROMI, H.. Glass Ceilings or Sticky Floors? An analysis of the gender wage gap across the wage distribution in Japan. The Research Institute of Economy, Trade and Industry, n. Discussion Paper Series 16-E-099, p. 50, Nov. 2016.
HOFFMANN, R.; LEONE, E. Participação da mulher no mercado de trabalho e desigualdade da renda domiciliar per capita no Brasil: 1981-2002. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 12, n. 2, maio/agos. 2005.
KASSOUF, A. L.. The wage rate estimation using the heckmanprocedure. Revista de Econometria, v. 14, n. 1, p. 89-107, 1994.
KASSOUF, A. L.. Wage gender discrimination and segmentation in the Brazilian labor mark. Revista de Economia Aplicada, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 243-269, 1998.
KON, A. A economia política do gênero: determinantes da divisão do trabalho. Revista de Economia Política, v. 22, n. 3, p. 89-109, Jul./Set. 2002.
LAKI, I.. The concept of discrimination nowadays, p. 188-193, 2016.
LAVINAS, L.; NICOLL, M.. Desafios da heterogeneidade feminina no desenho das políticas sociais. 29º Encontro Anual da ANPOC, Caxambú, 2005.
LEME, M. C. S.; WAJNMAN, S.. Tendências de coorte nos diferencias de rendimento por sexo. In: HENRIQUES, R.. Desigualdade e pobreza no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA, 2000. p. 251-270.
LEVIN-WALDMAN, O. M.. The Minimum Wage and Regional Wage Structure: Implications for Income Distribution. Journal of Economic Issues, v. 36, p. 635-657, 2002.
LOUREIRO, P. R. A.. Uma resenha teórica e empírica sobre a economia da discriminação. Revista Brasileira de Economia, v. 57, n. 1, p. 125-157, jan./mar 2003.
LOVÁSZ, A.; TELEGDY, A.. Labour market discrimination – types, measurement issues, empirical solutions. In: LOVÁSZ, A.; TELEGDY, A.. Labour Market Discrimination. Hungary: 1, 2010. p. 46-67.
MARRY, C.. As carreiras das mulheres no mundo acadêmico: O exemplo da biologia. In: COSTA, A. O. E. A. Mercado de trabalho e gênero: comparações internacionais. Rio de Janeiro: FGV, 2008. Cap. 22, p. 401-419.
MATTEI, T. F.; BAÇO, F. M. B.. Análise das desigualdades salariais entre homens e mulheres no mercado de trabalho de Santa Catarina. Desenvolvimento Regional em debate, v. 2, n. 7, p. 96-117, Jul./Dez. 2017.
MEERKERK, E. N.. Market wage or discrimination? The remuneration of male and female wool spinners in the seventeenth?century Dutch Republic. The Economic History Review, v. 63, n. 1, p. 165-186, Fev. 2010.
MELO, H. P. Globalização, políticas neoliberais e relações de gênero no Brasil. In: BORBA, A.; FARIA, N.; GODINHO, T.. Mulher e Política - Gênero e Feminismo no Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998.
OAXACA, R. L.. Male-female differentials in urban labor market. Internation Economic Review, v. 14, n. 3, p. 693-709, out. 1973.
PASCHOALINO, P. A. T.; PLASSA, W.; DOS SANTOS, M. P.. Discriminação de gênero no mercado de trabalho brasileiro: uma análise para o ano 2015. Revista Econômica do Nordeste, v. 48, n. 3, p. 43-54, 2017.
PED. Mulheres e homens em grupos ocupacionais homogêneos: Elas tendem a ganhar menos! IBGE, 2014.
POGGIO, B.. Vertical segregation and gender practices. Perspectives of analysis and action. Gender in Management: An International Journal, v. 25, n. 6, p. 428-437, Agos. 2010.
QUIRINO, R.. Trabalho da Mulher no Brasil nos últimos 40 anos. Revista Tecnologia e Sociedade, n. 2, p. 90-102, 2012.
RESENDE, S.. Mulheres, forças armadas e operações de paz. Cadernos de Relações Internacionais, v. 11, n. 2, p. 76-95, 2017.
RUBERY, J.; KOUKIADAKI, A.. Closing the gender pay gap: a review of the issues, policy mechanisms and international evidence. ILO, Geneva, 2016.
RUIJTER, J. P.; DOORNE-HUISKES, A.; SCHIPPERS, J. J.. Size and Causes of the Occupational Gender Wage-gap in the Netherlands. European Sociological Review, v. 19, n. 4, p. 345-360, 2003.
SILVA, N. D. V.; KASSOUF, A. L.. Formal e informal: uma análise da discriminação e da segmentação. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 10, n. 1, jul. 2000.
SMITH, C. The dynamics of labor market polarization. Board of Governors of the Federal Reserve System. [S.l.], p. 58. 2013. (Finance and Economics Discussion Series 2013-57).
SOUZA, P. R.; BALTAR, P. E.. Salário mínimo e taxa de salários no Brasil: réplica. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, 1980.
THORAT, S.. Labour Market Discrimination Concept, forms and remedies in the Indian Situations. The Indian Journal of Labour Economics, v. 51, n. 1, p. 31-52, 2008.
VAZ, D. V.. O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, v. 22, n. 3, p. 765-790, dez. 2013.
WEICHSELBAUMER, D.; WINTER-EBMER, R.. A meta-analysis of the international gender wage gap. Journal of Economic Surveys, v. 19, n. 3, p. 35, 2003.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Bruna Naiara de Castro, Jefferson Andronio Ramundo Staduto, Ana Cecília de Medeiros Nitzsche Kreter (Autor)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/
licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista. - Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).