DYNAMICS OF KNOWLEDGE FLOWS: GEOGRAPHICAL PROXIMITY, VERTICAL RELATIONS AND LEARNING BY INTERACTION

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/gr.vol38n115.6805

Palavras-chave:

Inovação Tecnológica das Empresas, Sistemas de Produção Local, Relações Verticais, Fluxos de Conhecimento

Resumo

O objetio do artigo é compreender as fontes de conhecimento e os processos de aprendizagem que sustentam as inovações das firmas localizadas em Sistemas Locais de Produção (SLP). A principal contribuição é empírica. Foram pesquisados dois SLP do segmento de máquinas para calçados no final dos anos 2000, período em que já era observado o processo de mudança concorrencial com a entrada de empresas chinesas como concorrentes diretas das firmas analisadas. Adotou-se a lógica de que a geração da inovação é influenciada pelo  aprendizado e pela interação da firma. A pesquisa de campo foi realizada com questionário estruturado e com entrevistas in loco, tanto na Itália quanto no Brasil. Em termos de resultados, destacam-se que: as relações verticais são mais frequentes quando comparadas às horizontais; o aprendizado por interação explica a geração de inovação; e a proximidade geográfica é importante para explicar as redes de conhecimento. Os resultados são consistentes com o padrão setorial identificado como fornecedor especializado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janaina Ruffoni, Programa de Pós-Graduação em Economia e Administração- PPGAUniversidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Professora Titular do Programa de Pós-Graduação em Economia da UNISINOS. Doutora em Política Científica e Tecnológica pelo DPCT/UNICAMP. Lidera o Grupo de Pesquisa em Dinâmica Econômica da Inovação (GDIN - http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8825742320581605). Pesquisadora parceira no Núcleo de Gestão da Inovação Tecnológica (NITEC/UFRGS - http://www.ufrgs.br/nitec). Membro da ABEIN (http://www.abein.org/). Membro do Comité Científico do Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação (ENEI). Coordena e participa de diversos projetos de pesquisa financiados por agências públicas. Temas de interesse: crescimento econômico e inovação; paradigmas tecnológicos (Indústria 4.0); dinâmica da concorrência e estudos setoriais, dinâmica e capacidades de inovação das firmas, interação universidade-empresa, proximidades e transferência de conhecimento.

Wilson Suzigan, Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Economista, graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1965), mestrado pela Escola de Pós-Graduação em Economia-FGV/Rio (1968) e doutorado pela Universidade de Londres (1984). Foi professor do Instituto de Economia/Unicamp (1985-2004) e do Departamento de Economia da PUC-Rio (1967-1980). Atuou como economista no Instituto Brasileiro de Economia/FGV-Rio (1967-1971) e técnico em planejamento e pesquisa no IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (1971-1984). Atualmente é Professor Colaborador do Departamento de Política Científica e Tecnológica, Instituto de Geociências/Unicamp, editor da Revista Brasileira de Inovação e editor associado da Revista de Economia Política. Suas áreas de interesse em pesquisa abrangem: economia da inovação, política científica e tecnológica, política industrial, desenvolvimento industrial, sistemas locais de produção e inovação, e história econômica do Brasil.

Ana Lucia Tatsch, Departamento de Economia e Relações Internacionais-Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Mestre (1995) e Graduada (1989) em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professora adjunta do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na UFRGS, integra o Núcleo de Estudos em Tecnologia, Indústria e Economia Internacional (NETIT). É pesquisadora associada à Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist - IE/UFRJ). Membro da Red Latinoamericana sobre sistemas de aprendizaje, innovación y construcción de competencias (LALICS). Membro da Global Network for Economics of Learning, Innovation, and Competence Building Systems (GLOBELICS). Participa como pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Dinâmica Econômica da Inovação (GDIN/UNISINOS). Editora da Revista Análise Econômica da UFRGS. Membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Economia Industrial e Inovação (ABEIN). Membro da Commission Régionale d`Experts d`Amérique Latine de l`Agence Universitaire de la Francophonie (AUF). Atua principalmente nas áreas de Economia Industrial e da Tecnologia. Temas de interesse: inovação e processos de aprendizagem; sistemas inovativos; arranjos produtivos locais; política industrial, de desenvolvimento econômico e de apoio a sistemas locais de inovação.

Referências

ABRAMEQ (Associação Brasileira Das Indústrias De Máquinas E Equipamentos). Apresentação do setor de máquinas e equipamentos para couro, calçados e afins. Novo Hamburgo, mimeo, 2001.

ÁLVAREZ-CASTAÑÓN, L.d.C. Footwear Cluster: A History of Entrepreneurship in Crisis. In: ALVARADO, A.A.; MONTIEL, Méndez, O.J. (Ed.). The History of Entrepreneurship in Mexico. Emerald Publishing Limited. Bingley. pp. 173-189. 2020. https://doi.org/10.1108/978-1-83909-171-120201005 DOI: https://doi.org/10.1108/978-1-83909-171-120201005

ARCHIBUGI, D. Pavitt's Taxonomy Sixteen Years on: A Review Article. Econ. Innov. New Techn, v.10, n. 5, p. 415–425, 2001. DOI: https://doi.org/10.1080/10438590100000016

AROCENA, R.; SUTZ, J. (2000). Interactive learning spaces and development policies in Latin America. Copenhagen, DK: Druid´s Summer Conference on the Learning Economy Rebild, 2000, pp. 15-17. Available on: <http://www.druid.dk/>.

ARROW, K. The economic implications of learning by doing. Review of Economic Studies, n. 29, p. 155-173, 1962. DOI: https://doi.org/10.2307/2295952

ASSOMAC (Associazione Nazionale Costruttori Macchine Dell´Area Pelle), Congiuntura 2006, Vigevano, 2007.

ASHEIM, B.; GRILLITSCH, M.; TRIPPL, M. Introduction: Combinatorial Knowledge Bases, Regional Innovation, and Development Dynamics. Economic Geography, 93 (5), p. 429-435, 2017. DOI: 10.1080/00130095.2017.1380775 DOI: https://doi.org/10.1080/00130095.2017.1380775

BALLAND, P.-A.; BOSCHMA, R.; FRENKEN, K. Proximity, innovation and networks: A concise review and some next steps. In.: TORRE, André; GALLAUD, Delphine (Eds.). Handbook of Proximity Relations. Elgaronline, 2022. p. 70-80. DOI: 10.4337/9781786434784. DOI: https://doi.org/10.4337/9781786434784

BATHELT, H.; MALMBERG, A.; MASKELL, P. Clusters and knowledge: Local Buzz, Global Pipelines and the Process of Knowledge Creation. DRUID Working Paper, p. 02-12, 2002. Available on: <http://www.druid.dk>.

BOSCHMA, R. Proximity and innovation – a critical assessment. Regional Studies, v. 39, n. 1, pp. 61-74, 2005. DOI: https://doi.org/10.1080/0034340052000320887

BOSCHMA, R.; FRENKEN, K. Evolutionary Economic Geography. In: CLARK, Gordon L.; FELDAN, Maryann P.; GERTLER, Meric S.; WÓJCIK, Dariusz. The New Oxford Handbook of Economic Geography, p. 213-229, 2018.DOI: 10.1093/oxfordhb/9780198755609.013.11 DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780198755609.013.11

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. (eds.). Globalização e inovação localizada. Brasília, DF: IBICT/MCT, 1999.

CASTELLACCI, F. Technological paradigms, regimes and trajectories: Manufacturing and service industries in a new taxonomy of sectoral patterns of innovation. Research Policy, v. 37, n. 6-7, pp. 978–994, 2008. DOI: https://doi.org/10.1016/j.respol.2008.03.011

CASTELLACCI, F. The interactions between national systems and sectoral patterns of innovation: A cross-country analysis of Pavitt’s taxonomy. Journal of Evolutionary Economics, v. 19, issue 3, p. 321-347, 2009. DOI: https://doi.org/10.1007/s00191-008-0113-9

DAHL, M.S.; PEDERSEN, C.O.R. Knowledge flows through informal contacts in industrial clusters: myths or realities? DRUID Working Paper, n. 03-01, 2003. Available on: <http://www.druid.dk/>.

DOSI, G. ET AL. (Eds.). Technical change and economic theory. Londres: Pinter, 1988.

FREEMAN, C. Innovation and growth. In: DODGSON, M.; ROTHWELL, R. (eds.). The handbook of industrial innovation. Cheltenham: Edward Elgar, 1996, p. 78-93.

GARCIA, R.; OLIVEIRA, A. DE; MADEIRA, P. Bens Salário, Documento setorial: têxtil, vestuário e calçados. In: KUPFER, D. et al. (Eds.). Perspectiva do Investimento no Brasil. São Paulo: Instituto de Economia da UFRJ – Instituto de Economia da UNICAMP, 2010. Available in: https://www.eco.unicamp.br/neit/pesquisas/145-menu-principal/484-perspectivas-do-investimento-no-brasil.

GERTLER, M. S.; WOLFE, D. A. Spaces of Knowledge Flows: Clusters in a Global Context. In: ASHEIM, B.; COOKE, P.; MARTIN, R. (Eds.) Clusters and Regional Development: Critical Reflections and Explorations. London: Routledge, 2010.

GIULIANI, E.; BELL, M. The Micro-Determinants of Meso-Level Learning and Innovation: evidence from a chilean wine cluster. Research Policy, v. 34, n. 1, p. 47-68, 2005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.respol.2004.10.008

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação Tecnológica. Rio de Janeiro: IBGE, 2005.

ISTAT - Istituto Nazionale di Statistica. 2001. Available on: <http://www.istat.i/it>.

KLEVORICK, A. K. et al. On the sources and significance of interindustrry differences in technological opportunities. Research Policy, v. 24, p. 185-205, 1995. DOI: https://doi.org/10.1016/0048-7333(93)00762-I

LAM, A. (1998) Tacit Knowledge, Organisational Learning and Innovation: A Societal Perspective, DRUID Working Paper, n. 98-122, 1998. Available on: <http://www.druid.dk/>.

LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E.; MACIEL, M. L. Systems of innovation for development in the knowledge era. In: CASSIOLATO, J.E.; LASTRES, H.M.M.; MACIEL, M.L. (eds.). Systems of innovation and development: evidence from Brazil. Cheltenham, United Kingdom: Edward Elgar, 2003. DOI: https://doi.org/10.4337/9781781009895

LASTRES, H. M. M. et al. Innovación, territorio y desarrollo: implicaciones analíticas y normativas del concepto de arranjos y sistemas productivos e innovativos locales In: SUAREZ, D.; ERBES, A.; BARLETTA, F. (Comp.). Teoría de la innovación: evolución, tendencias y desafíos: herramientas conceptuales para la enseñanza y el aprendizaje. Los Polvorines: Universidad Nacional de General Sarmiento; Madrid: Ediciones Complutense, p. 477-508, 2020.

LUNDVALL, B-Å. Innovation as an interactive process: from user-producer interaction to the national system of innovation. In: DOSI, G. ET AL. (eds.). Technical change and economic theory. London: Pinter, p. 349-369, 1988.

LUNDVALL, B-Å. (ed.) National innovation systems: towards a theory of innovation and interactive learning. London: Pinter, 1992.

LUNDVALL, B-Å. et al. National systems of production, innovaton and competence building. Research Policy, n. 31, p. 213-231, 2002. DOI: https://doi.org/10.1016/S0048-7333(01)00137-8

MALERBA, F. Learning by firms and incremental technical change. The Economic Journal, v. 102, n. 413, pp. 845-859, 1992. DOI: https://doi.org/10.2307/2234581

MALERBA, F. Sectoral systems of innovation: a framework for linking innovation to the knowledge base, structure and dynamics of sectors. Economics of Innovation and New Technology, v. 14, n. 1-2, p. 63-82, 2005. DOI: https://doi.org/10.1080/1043859042000228688

MALERBA, F. Sectoral systems: how and why innovation differs across sectors. In: FAGERGERG, J.; MOWERY, D.; NELSON, R. (eds), The Oxford Handbook of Innovation. Oxford: Oxford University Press, p. 380-406, 2011.

MALERBA, F.; NELSON, R. Learning and catching up in different sectoral systems: evidence from six industries. Industrial and Corporate Change, v. 20, n. 6, p. 1645-1675, 2011. DOI: https://doi.org/10.1093/icc/dtr062

MASKELL, P. Towards a knowledge-based theory of the geographical cluster. Industrial and Corporate Change, v. 10, n. 4, p. 921-943, 2001. DOI: https://doi.org/10.1093/icc/10.4.921

MASKELL, P.; MALMBERG, A. Localised learning and industrial competitiveness. Cambridge Journal of Economics, v. 23, n. 2, p. 167-185, 1999. DOI: https://doi.org/10.1093/cje/23.2.167

MATOS, M. P. et al. (Org.). Arranjos Produtivos Locais: referencial, experi.ncias e pol.ticas em 20 anos da RedeSist. Rio de Janeiro: e-papers, 2017.

MORGAN, K. The exaggerated death of geography: learning, proximity and territorial innovation systems. Journal of Economic Geography, v. 4, n. 1, p. 3-21, 2004. DOI: https://doi.org/10.1093/jeg/4.1.3

MORRISON, Andrea; RABELLOTTI, Roberta. Inside the Black Box of “Industrial Atmosphere”: knowledge and information networks in an italian wine local system. Quaderno n° 97, Dipartimento di Scienze Economiche e Metodi Quantitativi di Università del Piemonte Orientale, July, 2005.

PAVITT, K. Sectorial patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, v. 13, n. 6, p. 343-737, 1984. DOI: https://doi.org/10.1016/0048-7333(84)90018-0

PLECHERO, M.; GRILLITSCH, M. Stepping-up innovation in manufacturing firms: Knowledge combinations in an Italian local production system. Papers in Innovation Studies n. 2021/05. Centre for Innovation Research, Lund University, Sweden, 2021.

ROSENBERG, N. Lerning by using. In: Rosenberg, N., Inside de black box – technology and economics. Cambridge University Press, 1982, p. 120-140. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511611940.007

VILLAMIL RAMÍREZ, B. A. Proximity dimensions effects on innovation of footwear firms in Local Production Systems (LPS): case studies in Brazil and Colombia. 2019. Tese Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-17072019-103323/pt-br.php >.

Downloads

Publicado

2022-09-01

Como Citar

Ruffoni, J., Suzigan, W., & Tatsch, A. L. (2022). DYNAMICS OF KNOWLEDGE FLOWS: GEOGRAPHICAL PROXIMITY, VERTICAL RELATIONS AND LEARNING BY INTERACTION. Gestão & Regionalidade, 38(115). https://doi.org/10.13037/gr.vol38n115.6805