Intervenção com exercício físico em Unidade de Saúde da Família para mulheres pós-menopausa
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol14n49.3636Palavras-chave:
exercício, dor, qualidade de vida, aptidão física, saúde públicaResumo
Introdução: O uso de programas de exercício físico (PEF) em Unidade de Saúde da Família (USF) é cada vez mais frequente, porém ainda se sabe pouco sobre a contribuição e a aplicabilidade desses programas. Objetivo: Avaliar o efeito de um PEF desenvolvido para as condições disponíveis em USF sobre sintomas de dor, qualidade de vida e aptidão funcional de mulheres pós-menopausa. Métodos: A amostra foi composta de 27 mulheres (45-79 anos), distribuídas por conveniência em grupo exercício (GE) (n=14) e sem exercício (GSE) (n=13). O PEF foi realizado em três sessões semanais, com 10 min de aquecimento, 20 min de exercícios localizados e 50 min de exercícios aeróbicos (55 a 65% VO2max) ao longo de 12 semanas. Resultados: O GE apresentou melhora significativa da qualidade de vida, porém sem interação significativa (p=0,104). Para aptidão funcional, foi observado efeito significativo (p=0,007) do PEF apenas para a resistência aeróbica. O GE apresentou reduções nos sintomas de dor na região cervical/torácica (21,4% para 7,1%) e na região dos membros inferiores (61,5% para 50%). Conclusão: Quanto à qualidade de vida, entende-se que muitos fatores podem influenciar essa variável, de modo que os resultados observados aqui não permitem excluir a possível influência do exercício nesse indicador. A melhora significativa da aptidão funcional somente na resistência aeróbica se deve principalmente ao maior tempo destinado às atividades aeróbicas, sendo o tempo destinado para outros aspectos da aptidão funcional insuficiente para a observação de melhoras significativas. A redução dos sintomas de dor, embora não significativas do ponto de vista estatístico, tem significado clínico importante.
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