Perfil clínico e epidemiológico da doença de chagas aguda no estado de Minas Gerais

Autores

  • Cláudia Marta Luiz Pereira Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil
  • Ana Paula Azevedo Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil
  • Sandra da Silva Barros Marinho Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil
  • Karina Andrade de Prince Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil
  • Jaqueline Teixeira Teles Gonçalves Faculdades Integradas Pitágoras – Montes Claros (MG), Brasil
  • Marina Ramos Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ), Brasil
  • Luçandra Ramos Espírito Santo Faculdades Integradas Pitágoras – Montes Claros (MG), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol15n52.4523

Palavras-chave:

Doença de Chagas, Epidemiologia, Sistemas de informação em saúde, Notificação de doenças.

Resumo

Introdução: O estado de Minas Gerais apresenta números bastante expressivos da endemia chagásica e, apesar de as tentativas de controle da doença apresentarem resultados positivos, ainda surge número significativo de casos em várias de suas regiões. Objetivo: Conhecer os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença de Chagas aguda no estado de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, documental, de abordagem quantitativa, que teve como cenário o estado de Minas Gerais. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, considerando o número de casos notificados no período de 2001 a 2006. Utilizaram-se as fichas de notificação preenchidas quando houve suspeita de um dos agravos da lista das doenças de notificação compulsória, e as fichas de investigação de doença de Chagas aguda. As principais variáveis obtidas foram: macrorregião de saúde, zona de residência, modo de infecção e evolução do caso. Resultados: Foram registrados, entre os anos de 2001 e 2006 em Minas Gerais, 84 casos de doença de Chagas aguda. A região com maior número de casos foi a oeste, seguida pela região norte. A maioria dos indivíduos era residente na zona urbana. O principal modo de infecção foi o vetorial, e a maioria dos casos evoluiu para remissão das manifestações clínicas. Conclusão: Conhecer os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença de Chagas e divulgar os achados permitirá a elaboração e a implementação de estratégias de combate à cronificação da doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudia Marta Luiz Pereira, Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil

Farmacêutica. Graduada pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas.

Ana Paula Azevedo, Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil

Farmacêutica. Graduada pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas.

Sandra da Silva Barros Marinho, Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil

Mestre em Ciências Biológicas pela Unimontes. Bióloga do Centro de Controle de Zoonoses de Montes Claros. Docente  das Faculdades Unidas do Norte de Minas, Faculdade de Saúde Ibituruna e Faculdades Integradas Pitágoras

Karina Andrade de Prince, Faculdades Unidas do Norte de Minas – Montes Claros (MG), Brasil

Doutora em biociências e biotecnologia aplicadas a farmácia. Docente  das Faculdades Unidas do Norte de Minas e Faculdades Integradas Pitágoras.

Jaqueline Teixeira Teles Gonçalves, Faculdades Integradas Pitágoras – Montes Claros (MG), Brasil

Mestre em Cuidado Primário em Saúde pela Unimontes. Docente  das Faculdades Unidas do Norte de Minas, Faculdade de Saúde Ibituruna e Faculdades Integradas Pitágoras.

Marina Ramos Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Acadêmica de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Luçandra Ramos Espírito Santo, Faculdades Integradas Pitágoras – Montes Claros (MG), Brasil

Doutoranda em Ciências da Saúde pela Unimontes. Docente do Departamento de Saúde Mental e Coletiva da Unimontes. Docente  das Faculdades Unidas do Norte de Minas, Faculdade de Saúde Ibituruna e Faculdades Integradas Pitágoras

Referências

World Health Organization. Chagas disease in Latin

America: an epidemiological update based on 2010 estimates.

Wkly Epidemiol Rec. 2015;90(6):33-44.

Valverde R. Doenças negligenciadas [Internet]. Rio de

Janeiro: Fiocruz; 2013 [citado em 2017 jan 23]. Disponível

em: https://goo.gl/RxfwF3

Mandal S. Epidemiological Aspects of Chagas Disease: a review.

J Anc Dis Prev Rem. 2014;2(2):117-23.

Oliveira FAZ, Bicalho GVC, Souza Filho LD, Silva MJ,

Gomes Filho ZC. Características epidemiológicas dos

pacientes com doença de Chagas. Rev Bras Med Fam

Comunidade. 2006;6:107-13.

Cesarino RAS, Cesarino MC, Morraye MA. O perfil,

as concepções e percepções dos portadores de doença de

Chagas em unidades de saúde da família. Investigação.

;10(Supl 2):S43-9.

Silva JP. Doença de chagas e seus mecanismos alternativos de

transmissão [monografia]. São Paulo: Centro Universitário

das Faculdades Metropolitanas Unidas; 2007.

Dias JCP. Globalização, iniquidade e doença de Chagas.

Cad de Saúde Públ. 2007;23(Supl l):S13-22.

Silva EM, Paixão GC, Rocha MOC, Silva RC. Estudo clínico-

epidemiológico da doença de Chagas no distrito de

Serra Azul, Mateus Leme, centro-oeste do estado de Minas

Gerais. Rev Soc Bras Med Trop. 2010;43(2):178-81.

Días JCP, Amato Neto V, Albuquerque Luna JE.

Mecanismos alternativos de transmissão do Trypanosoma

cruzi no Brasil e sugestões para sua prevenção. Rev Soc Bras

Med Trop 2011;44(3):375-9.

Araújo SMM. Doença de chagas. News: Artigos CETRUS

[Internet]. 2014 [citado em 2017 jan 22];52:1-19.

Disponível em: https://goo.gl/ftG8PO

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage

na Internet]. Estimativas populacionais para os municípios

brasileiros [citado em 2017 jan 22]. Disponível em: https://

goo.gl/HjKUBE

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em

Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.

Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan:

normas e rotinas. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2006.

Carneiro Filho NVC, Lima SC. Distribuição da doença

de chagas em Minas Gerais, 1998-2007. Anais do VIII

Encontro Interno e Seminário de Iniciação Científica

da Universidade Federal de Uberlândia; 2008 8-9 Out;

Uberlândia, Brasil. Uberlândia: UFU.

Lima AFR. Análise socioambiental da dinâmica da Doença

de chagas no estado de Sergipe/Brasil, 2001-2009 [dissertação].

Aracajú: Universidade Tiradentes; 2010.

Silva HC, Galdame AMA, Bastos CJC, Grassi MFR, Silva

M, Silveira M, et al. Avaliação clínica na atenção primária e

infectologia dos pacientes com doença de chagas na forma

crônica. Rev Baiana Saúde Pública. 2013;37(Supl 1):7-21.

Pinto AY, Valente SA, Valente VC, Ferreira Junior AG,

Coura JR. Acute phase of Chagas disease in the Brazilian

Amazon region: study of 233 cases from Para, Amapá and

Maranhão observed between 1988 and 2005. Rev Soc Bras

Med Trop. 2008;41(6):602-14.

Alves RMA, Thomaz RP, Almeida EA, Silva J, Wanderley

JS, Guariento ME. Chagas’ disease and ageing: the coexistence

of other chronic diseases with Chagas’ disease in elderly

patients. Rev Soc Bras Med Trop. 2009;42(6):622-8.

Dias JCP, Ramos Júnior AN, Gontijo ED, Luquetti

A, Shikanai-Yasuda MA, Coura JR, et al. II Consenso

Brasileiro em Doença de Chagas, 2015. Epidemiol Serv

Saude. 2016;25(n. esp.):7-86.

Gontijo ED, Santos SE. Mecanismos principais e atípicos

de transmissão da doença de Chagas. Fiocruz. Ministério da

Saúde [Internet]. 2009 [citado em 2014 out 29]. Disponível

em: https://goo.gl/nBztJa

Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional da Saúde.

Centro Nacional de Epidemiologia. Doenças infecciosas e

parasitárias, aspectos clínicos vigilância epidemiológica e medidas

de controle. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2000.

Pereira BI, Nazareth C, Malcata L, Alves H, Fernandez JR,

Sargento C, et al. Transfusion-transmitted protozoal infections:

what is the risk in non-endemic countries? Acta Med

Port. 2011;24:897-906.

Moraes-Souza H, Ferreira-Silva MM. O controle da transmissão

transfusional. Rev Soc Bras Med Trop. 2011;44(Sup

:64-7.

Silva VLC, Luna EJA. Prevalência de infecção pelo T. cruzi

em doadores de sangue nos hemocentros coordenadores do

Brasil em 2007. Epidemiol Serv Saúde. 2013;22(1):103-10.

Muguande OF, Ferraz ML, França E, Gontijo ED. Avaliação

da qualidade do sistema de vigilância epidemiológica de

Doença de Chagas Aguda em Minas Gerais. Epidemiol Serv

Saúde. 2011;20(3):317-25.

Downloads

Publicado

2017-08-17

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS