PERCEPÇÕES E PRÁTICAS PROFISSIONAIS NO CUIDADO DA OBESIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Autores

  • Amanda Tayná Tavares de Figueiredo Programa de Pós Graduação em Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0003-1439-5069
  • Fernanda Cristina de Lima Pinto Tavares Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0003-2118-7268
  • Priscila Ribeiro Rezende Mergulhão Silveira Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Rua dos Coelhos, 300, Boa Vista, 50070-550, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7674-5613
  • Emilia Chagas Costa Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco. Rua Alto do Reservatório, Bela Vista, 55608-680, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0002-7664-5994
  • Adrielly Araújo de Oliveira Programa de Pós Graduação em Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5940-1923
  • Pedro Israel Cabral de Lira Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil https://orcid.org/0000-0002-1534-1620

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol18n64.6274

Palavras-chave:

Obesidade, Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Atitudes e Práticas em Saúde, Saúde Pública, Estado Nutricional.

Resumo

Introdução: A obesidade é uma epidemia global em ascensão no Brasil. A Estratégia Saúde da Família é a forma prioritária de organização da atenção básica representando a porta de entrada principal e ordenadora do cuidado no Sistema Único de Saúde. Objetivos: Identificar concepções e práticas de cuidado ofertadas a pessoas com obesidade na Estratégia Saúde da Família. Materiais e Métodos: Estudo exploratório-descritivo, de método qualitativo. Os dados foram coletados por entrevistas semiestruturadas gravadas com 12 profissionais de uma Unidade de Saúde da Família em Recife, transcritos e submetidos à análise de conteúdo por categorias temáticas. Na análise foram consideradas três categorias definidas à priori (I-Formação Profissional; II-Conhecimento Prévio e; III-O Cuidado diante da Obesidade) e 8 subcategorias emergentes identificadas respectivamente (I-Perfil dos Profissionais/ Educação Permanente em Saúde; II- Reconhecendo a Obesidade/ Implicações da Obesidade para ao Indivíduo/ Como Tratar a Obesidade e; III- Práticas de Cuidado na USF e Território/ Percebendo o Usuário com Obesidade/ O Papel da ESF e da RAS no Enfrentamento da Obesidade). Resultados: Apesar das profissionais reconhecerem a múltipla determinação da obesidade e a necessidade de intervenções interdisciplinares, longitudinais e sistematizadas, identificou-se desafios em operacionalizar tal entendimento e predominância de percepções negativas sobre usuários com obesidade. Conclusões:  Embora as concepções reforcem a importância do cuidado integral, interdisciplinar e em rede, as práticas profissionais destinadas ao enfrentamento da obesidade na ESF mostram a não superação do modelo assistencial biomédico com fragilidades relacionadas à educação permanente em saúde, ao vínculo profissional-usuário e à prática interdisciplinar e intersetorial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Tayná Tavares de Figueiredo, Programa de Pós Graduação em Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil

Mestranda da Pós Graduação em Nutrição na Universidade Federal de Pernambuco (PPGNUT/UFPE), área de concentração em Saúde Pública

Fernanda Cristina de Lima Pinto Tavares, Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil

Docente do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco na área de Nutrição em Saúde Pública

Priscila Ribeiro Rezende Mergulhão Silveira, Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira. Rua dos Coelhos, 300, Boa Vista, 50070-550, Recife, PE, Brasil

Tutora do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)

Emilia Chagas Costa, Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco. Rua Alto do Reservatório, Bela Vista, 55608-680, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil

Docente no Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco, na área de Saúde Pública

Adrielly Araújo de Oliveira, Programa de Pós Graduação em Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil

Mestranda da Pós Graduação em Nutrição na Universidade Federal de Pernambuco (PPGNUT/UFPE), área de concentração em Saúde Pública

Pedro Israel Cabral de Lira, Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. Av. Nelson Chaves, Cidade Universitária, 50670-901, Recife, PE, Brasil

Docente do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco na área de Nutrição em Saúde Pública

Referências

Ministério da Saúde (Brasil). Vigitel Brasil 2018. Brasília: MS; 2019.

Wanderley EN, Ferreira VA. Obesidade: uma perspectiva plural. Cien Saude Colet 2010; 15(1): 185-194.

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). Diretrizes brasileiras de obesidade 2016. 4 ed. São Paulo; 2016.

Ministério da Saúde (Brasil). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. CAB nº 38. Brasília: DAB/MS; 2014.

Cataneo C, Carvalho AMP, Galindo EMC. Obesidade e aspectos psicológicos: maturidade emocional, auto-conceito, locus de controle e ansiedade. Psicol. Reflex. Crit. 2005; 18(1): 39-46.

Dias PC, Henriques P, Anjos LA, Burlandy L. Obesidade e políticas públicas: concepções e estratégias adotadas pelo governo brasileiro. [periódico online] Cad. Saúde Pública 2017; 33(7):e00006016.

Brasil. Portaria GM/MS nº 424, de 19 de março de 2013. Redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. Diário Oficial da União; 2013.

Ministério da Saúde (Brasil). Portaria GM/MS nº 2.436, de 21 de Setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da atenção básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Ministério da Saúde, Brasília – DF, 2017.

Ministério da Saúde (MS). Marco de Referência da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Básica. Brasília: DAB/MS; 2015.

Bardin L. Análise de Conteúdo. 1ª ed. São Paulo: Edições 70; 2011.

Lee B, Bartsch S, Mui Y, Haidari L, Spiker M, Gittelsohn J. A systems approach to obesity. Nutrition Reviews [periódico online]. 2017; 75(suppl1):94-106

Swimburn BA, Kraak VI, Allender S, Atkins VJ, Baker. The Global Syndemic of Obesity, Undernutrition, and Climate Change: The Lancet Commission report. 2019; 56 p

Ministério da Saúde (Brasil). Vigitel Brasil 2016. Brasília: MS; 2017.

Gomes MF, Santos RSAF, Fontbonne A, Cesse EAP. Orientações sobre Alimentação ofertadas por Profissionais da Estratégia de Saúde da Família durante as Consultas aos Hipertensos e Diabéticos. Rev APS [periódico online]. 2017; 20 (2): 203-211.

Teixeira FV, Pais-Ribeiro JL; Maia ARPC. Uns desistem, outros insistem: semelhanças e diferenças no discurso de profissionais de saúde face à obesidade. Rev. Port. Sau. Pub. [periódico online] 2015; 33 (2): 137-147.

Sonntag U et al. GPs’ attitudes, objectives and barriers in counselling for obesity - a qualitative study. The European Journal of General Practice - Informa Health Care. [periódico online] 2012; 18 (1): 9-14.

Teixeira FV, Pais-Ribeiro JL; Maia ARPC. Crenças e práticas dos profissionais de saúde face à obesidade: uma revisão sistemática. Rev. Assoc. Med. Bras. [periódico online] 2012; 58 (2): 254-262.

Camargo-Borges C, Japur M. Sobre a (não) adesão ao tratamento: ampliando sentidos do autocuidado. Texto contexto - enferm [periódico online]. 2008; 17(1): 64-71.

Klotz-Silva J, Prado SD, Seixas CM. A força do "hábito alimentar": referências conceituais para o campo da Alimentação e Nutrição. Physis. 2018; 27(4):1065-1085.

Farias DN, Ribeiro KSQS, Anjos UU, Brito GEG. Interdisciplinaridade e interprofissionalidade na estratégia saúde da família. Trab. Educ. Saúde. 2018; 16 (1): 141-162.

Silva KL, Sena R, Akerman MRR, Belga SMM, Rodrigues AT. Intersetorialidade, determinantes socioambientais e promoção da saúde. Ciência Cien Saude Colet. 2014;19(11):4361-4370.

Downloads

Publicado

2020-07-23