AVALIAÇÃO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS DA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS
More Doctors Program
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol21.e20238791Palavras-chave:
Política de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Avaliação de Programas e Projetos de Saúde, Gestão em Saúde, Avaliação de Recursos Humanos em SaúdeResumo
Introdução: o Programa Mais Médicos (PMM) contribuiu para ampliar a cobertura da Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivo: avaliar segundo a experiência de usuários o PMM. Método: pesquisa avaliativa de método misto concomitante realizada em Tangará da Serra – Mato Grosso, com usuários cadastrados na área de abrangência de unidades de saúde da família que tinham na sua equipe médicos do PMM, durante o período de 2016 a 2018. Para os dados quantitativos, a análise descritiva foi gerada por meio do software IBM SPSS®, versão 21. Para a análise temática dos dados qualitativos, utilizou-se o software Qualitative Solutions Research NVivo® 10 que oportunizou apresentação em duas categorias: “PMM: da desconfiança ao reconhecimento por meio da prática médica” e “Prática acolhedora ao usuário e o vínculo: via de mão dupla”. A mixagem dos dados explorou a completude das informações levantadas. Resultados: participaram 1036 usuários, em maior frequência a favor do Programa, que relataram superação quanto à comunicação do idioma e reconhecimento na melhoria do acesso à consulta médica com a diminuição do tempo de espera. Existe satisfação com a prática do profissional, desperta contribuições mútuas entre os usuários e o profissional, ampliando possibilidades de corresponsabilidade com a saúde no território. Conclusão: Revelam-se subsídios do PMM no município, que projetou a ampliação da cobertura com reconhecimento de seus usuários, maior possibilidade de efetivar atributos da APS e fomentar a organização de uma rede de atenção, ao mesmo tempo o desafio da sustentabilidade dessa proposta pela dependência de cooperação do Programa.
Downloads
Referências
Giovanella L; Bousquat A; Schenkman S; Almeida PF de; Sardinha LMV; Vieira MLFP. Cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil: o que nos mostram as Pesquisas Nacionais de Saúde 2013 e 2019. Ciênc. Saúde Colet. 2021; 26 (1): :2543-2556. https://doi.org/10.1590/1413-81232021266.1.43952020
Brasil. Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil 22 out 2013; 206 (1):1.
E-gestor AB. Cobertura da Atenção Básica. Disponível em: https://egestorab.saude.gov.br/paginas/acessoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaAB.xhtml.
Creswell JW. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2010.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage na internet]. Cidades e Estados [acesso em 27 set 2022]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mt/tangara-da-serra.html.
Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde. Disponível em: http://www.cnes.datasus.gov.br
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2016.
Tomasi E, Zibel AB, Garcez VP, Linhares RS, Vitória AM. Estudo de demanda em unidades de Saúde da Família em cidade de porte médio do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. APS em Revista, 2021; 3(1):56–65. https://doi.org/10.14295/aps.v3i1.56
Ecco Canuto L, Silva AFL da, Pinheiro LSP, Canuto Júnior JCA, Santos NLP dos. Estudo da demanda de uma equipe da Estratégia Saúde da Família que utiliza o acesso avançado como modelo de organização da agenda. Rev Bras Med Fam Comunidade, 2022;16(43):2378. https://doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2378.
Carneiro VSM, Adjuto RNP, Alves KAP. Saúde do homem: identificação e análise dos fatores relacionados à procura, ou não, dos serviços de atenção primária. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, 2019; 23(1):35-40. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v23i1.2019.652.
Netto JJM, Rodrigues ARM, Aragão OC, Goyanna NF, Cavalcante AES, Vasconcelos MAS, et al. Contribuições do programa de recrutamento de médicos Mais Médicos para a atenção à saúde no Brasil: uma revisão integrativa. Rev Panam Salud Publica. 2018;42(esp2):1-7. doi: 10.26633/RPSP.2018.2.
Cylus J, Richardson E, Findley L, Longley M, O'Neill C, Steel D. United Kingdom: Health System Review. Health Syst Transit. 2015; 17(5):1-126. PMID: 27049966.
Marchildon GP, Allin S, Merkur S. Canada: Health System Review. Health Syst Transit. 2020; 22(3):1-194.
Bernal-Delgado E, Garcia-Armesto S, Oliva J, Sanchez Martinez FI, Repullo JR, Pena-Longobardo LM, Ridao-Lopez M, Hernandez-Quevedo C. Spain: Health System Review. Health Syst Transit. 2018; 20(2):1-179. PMID: 30277216.
Morais IA, Alkmin DFB, Lopes JS, Santos MM, Leonel MS, Santos RSO, et al. Jornais folha de São Paulo e Correio Braziliense: o que dizem sobre o programa mais médicos? Rev. esc. enferm. USP, 2014; 48(2):112-120. https://doi.org/10.1590/S0080-623420140000800017
Landim IC. Um estudo sobre a relação entre a Democracia Digital e a Participação Política a partir do debate sobre o Programa Mais Médicos no Facebook. RMC, 2013; 3(3):538-61. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v3i3.9702.
Telles H, Silva ALA, Bastos C. Programa Mais Médicos do Brasil: a centralidade da relação médico-usuário para a satisfação com o programa. Cad. CRH, 2019; 32(85): 101-123. https://doi.org/10.9771/ccrh.v32i85.23470
Rech MRA, Hauser L, Wollmann L, Roman R, Mengue SS, Kemper ES, et al. Qualidade da atenção primária à saúde no Brasil e associação com o Programa Mais Médicos. Rev Panam Salud Publica, 2018; 42(18). https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.164
Girardi SN, Stralen ACSV, Cella JN, Maas LVD, Carvalho CL, Faria EO. Impacto do Programa Mais Médicos na redução da escassez de médicos em Atenção Primária à Saúde. Ciênc. saúde colet. 2016; 21(09):2675-2684. https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.16032016.
Russo LX, Silva EN, Rosales C, Rocha TAH, Vivas G. Efeito do Programa Mais Médicos sobre internações sensíveis à atenção primária. Rev Panam Salud Publica. 2020; 44(e25). https://doi.org/10.26633/RPSP.2020.25.
Oliveira FP, Vanni T, Pinto HA, Santos JTR, Figueiredo AM, Araujo SQ, et al. Mais Médicos: um programa brasileiro em uma perspectiva internacional. Interface (Botucatu), 2015; 19(54):623-34. https://doi.org/10.1590/1807-57622014.1142.
Pinto HA, Oliveira FP, Santana JSS, Santos FOS, Araujo SQ, Figueiredo AM, et al. Programa Mais Médicos: avaliando a implantação do Eixo Provimento de 2013 a 2015. Interface (Botucatu), 2017; 21(Supl.1):1087-101. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0520.
Comes Y, Trindade JS, Shimizu HE, Hamann EM, Bargioni F, Ramirez L, et al. Avaliação da satisfação dos usuários e da responsividade dos serviços em municípios inscritos no Programa Mais Médicos. Ciênc. saúde colet., 2016; 21(09):2749-2759. https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.16202016.
Carrer A, Toso BRGO, Guimarães ATB, Conterno JR, Minosso KC. Efetividade da Estratégia Saúde da Família em unidades com e sem Programa Mais Médicos em município no oeste do Paraná, Brasil. Ciênc. saúde colet., 2016; 21(9):2849-2860. https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.16212016
Silva TRB, Silva JV, Pontes AGV, Cunha ATR. Percepção de usuários sobre o Programa Mais Médicos no município de Mossoró, Brasil. Ciênc. saúde colet., 2016; 21(09): 2861-2869. https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.18022016
Franco CM, Almeida PF, Giovanella L. A integralidade das práticas dos médicos cubanos no Programa Mais Médicos na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, 2018; 34 (9):e00102917. https://doi.org/10.1590/0102-311X00102917
Santos W, Comes Y, Pereira LL, Costa AM, Merchan-Hamann E, Santos LMP. Avaliação do Programa Mais Médicos: relato de experiência. Saúde debate, 2019; 43(120):256-268. https://doi.org/10.1590/0103-1104201912019
Arruda CAM, Pessoa VM, Barreto ICHC, Carneiro FF, Comes Y, Trindade JS, et al. Percepções de gestores municipais de Saúde sobre o provimento e a atuação dos médicos do Programa Mais Médicos. Interface (Botucatu). 2017; 21(Supl.1):1269-80. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0235
Nogueira PTA, Bezerra AFB, Leite AFB, Carvalho IMS, Gonçalves RF, Brito-Silva, KS. Características da distribuição de profissionais do Programa Mais Médicos nos estados do Nordeste, Brasil. Ciênc. saúde colet. 2016; 21(09):2889-2898. https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.17022016.
Starfield B. Atenção Primária: Equilíbrio entre necessidade de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/Ministério da Saúde; 2002. p. 419-564.
Andrade LR, Pinto ICM, Soares CLM, Silva VO. Provimento e fixação de médicos na atenção primária à saúde no estado da Bahia. Rev. Adm. Pública, 2019; 53(3): 505-519. https://doi.org/10.1590/0034-761220170316
Giovanella L, Bousquat A, Fausto MCR, Fusaro ER, Mendonça MHM, Gagno J. Tipologia das Unidades Básicas de Saúde Brasileiras. 5. ed. Novos Caminhos; 2015.
Fausto MCR, Giovanella L, Mendonça MHM, Seidl, H, Gagno J. A posição da Estratégia Saúde da Família na rede de atenção à saúde na perspectiva das equipes e usuários participantes do PMAQ-AB. Saúde debate, 2014; 38 (spe):13-33. https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S003
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Josué Souza Gleriano, Lourdes Conceição Martins , Carlise Krein, Lucieli Dias Pedreschi Chaves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).