FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E MOBILIDADE TORÁCICA EM PORTADORES DE DOENÇA DE PARKINSON

Autores

  • Cristiane Tasca Faculdade da Serra Gaúcha
  • Rodrigo Costa Schuster Faculdade da Serra Gaúcha - FSG
  • Luiz Fernando Callage Alvarenga Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol12n42.2275

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, força muscular, músculos respiratórios

Resumo

Introdução: A doença de Parkinson é mais frequente em idosos, sua progressão é lenta, produz enfraquecimento do movimento voluntário e rigidez muscular. Com o envelhecimento, o sistema respiratório apresenta alterações estruturais, perda de elasticidade, dilatação alveolar, diminuição do estímulo neural para os músculos respiratórios e alterações de volumes, capacidades e fluxos respiratórios. Objetivos: Verificar a expansibilidade torácica e a força da musculatura respiratória. Materiais e métodos: Pacientes foram classificados quanto à fase da doença de Parkinson por meio da Escala de Hoehn e Yahr, e foram utilizados como instrumentos de avaliação a cirtometria e a manovacuometria. Resultados: 10 indivíduos com diagnóstico de doença de Parkinson, grande maioria homens (80%). Quanto ao estadiamento da doença pela Escala de Hoehn e Yahr, 40% apresentaram-se no estágio 2,5 – doença bilateral leve. Quanto à mobilidade torácica, obtiveram-se médias de inspiração máxima de 96,8 ± 10,77 cm, de expiração máxima de 93,5 ± 10,93 cm e a variação entre elas foi de 3,3 ± 1,41 cm. Quanto à força muscular respiratória, obtiveram-se valores de PImáx, tendo como média nos indivíduos 50,5 ± 30,31cmH2O, a média prevista para esta amostra foi de 96,4 ± 13,91 cmH2O e a porcentagem da PImáx prevista de 54,97 ± 34,87. Já em relação PEmáx, a média nos indivíduos parkinsonianos mensurada foide 6217,02± cmH2O, a média prevista para esta amostra foi de 183,4 ± 27,58 cmH2O e a porcentagem da PEmáx prevista de 32,24 ± 9,49. Conclusão: Verificou-se que a força muscular respiratória apresenta-se diminuída e, consequentemente, a mobilidade torácica também é menor nos portadores da doença de Parkinson, quando comparados com valores pré-determinados para indivíduos hígidos.

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Biografia do Autor

Cristiane Tasca, Faculdade da Serra Gaúcha

Fisioterapeuta graduada pela Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

Rodrigo Costa Schuster, Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

Especialista em Ciências Morfofisiológicas - UDESC

Mestre em Ciências Médicas - UFRGS

Docente da Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

Luiz Fernando Callage Alvarenga, Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

Doutor em Educação - UFRGS

Coordenador de Graduação e docente da Faculdade da Serra Gaúcha - FSG

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Publicado

2014-12-16

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