Resistência à insulina e diabetes tipo 2: uma análise transversal em um programa de intervenção nutricional
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol13n46.2869Palavras-chave:
Diabetes mellitus, resistência à insulina, comportamento alimentar, doenças cardiovasculares.Resumo
Introdução: A resistência à insulina (RI) é frequentemente associada ao diabetes tipo 2 (DM2), quese apresenta como uma morbidade de importante impacto devido as suas possíveis complicações.Objetivos: Identificar indivíduos com RI e DM2 e avaliar as possíveis diferenças em suas característicassociodemográficas, antropométricas e de composição corporal, clínicas e de comportamento alimentar.Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional. Participaram do estudo 68pacientes atendidos em um programa de intervenção nutricional visando à prevenção e ao tratamentode doenças cardiovasculares. Os dados foram coletados de prontuários referentes à primeira consulta.Para identificação de indivíduos com RI utilizou-se o índice HOMA-IR>2,7. Resultados: Vinte e seteindivíduos foram classificados como grupo controle, 21 com RI e não diabéticos e 20 com DM2. Tanto osresistentes à insulina quanto os diabéticos tiveram maiores valores de IMC (p=00001), gordura corporal(p=0,001), perímetro da cintura (p=0,001) e do quadril (p=0,002) quando comparados ao grupo controle.Foi observada maior prevalência de hipertensão arterial (70%) nos diabéticos. Os resistentes à insulinativeram menores valores de HDL (p=0,009) e maiores de ácido úrico (p=0,033), em comparação ao grupocontrole, e maiores de LDL (p=0,031), quando comparados aos diabéticos. Esses também relatarammaior uso de banha animal (15,8%) e mudanças de hábitos alimentares nos finais de semana (84,2%).Conclusões: Os resultados deste estudo ressaltam a importância da detecção precoce da RI e de programasde intervenção nutricional, visando ao controle de peso corporal e combate à hipertensão arterial tanto emdiabéticos como em resistentes à insulina.
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