ANEMIA EM GESTANTES ATENDIDAS NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DO SUL DE MINAS GERAIS

Autores

  • Alice Aparecida de Oliveira Luiz Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG
  • Milena Bernardes Santos Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG
  • Tábatta Renata Pereira de Brito Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG
  • Clícia Valim Côrtes Gradim Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG
  • Daniela Braga Lima Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol17n59.5812

Palavras-chave:

Anemia, Gravidez, Atenção Primária à Saúde.

Resumo

Introdução: A anemia gestacional constitui o problema nutricional em nosso meio, podendo acarretar efeitos deletérios na saúde do binômio mãe-filho. Objetivo: Verificar a ocorrência de anemia em gestantes assistidas em serviços públicos de saúde. Métodos: Estudo de corte transversal com gestantes adultas cadastradas e acompanhadas durante o pré-natal em Unidades de Saúde da Família de um município do sul de Minas Gerais. A anemia gestacional foi identificada por um nível de hemoglobina < 11 g/dL. Aplicou-se um questionário estruturado com informações socioeconômicas, obstétricas, estilo de vida, nutricionais e a dosagem dos parâmetros hematológicos. Os dados foram tratados por meio das análises descritivas e bivariadas. Resultados: A ocorrência da anemia encontrada foi de 11,43% com maior frequência entre as gestantes na faixa etária de 31 a 40 anos, com baixa escolaridade, solteiras, com início do acompanhamento no terceiro trimestre de gestação, tabagistas e com baixo peso pré-gestacional. Observou-se consumo de dietas inadequadas em relação aos macros e micronutrientes. Conclusões: Os resultados evidenciaram baixa prevalência de anemia, caracterizando um problema leve de saúde pública e uma situação importante quanto a inadequação do consumo alimentar. Contudo, faz-se necessário novas investigações sobre os fatores associados à ocorrência dessa deficiência nutricional, destacando-se a importância da assistência à saúde como fator de prevenção à anemia e demais intercorrências gestacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alice Aparecida de Oliveira Luiz, Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Faculdade de Nutrição

Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Milena Bernardes Santos, Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Faculdade de Nutrição

Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Tábatta Renata Pereira de Brito, Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Faculdade de Nutrição

Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Clícia Valim Côrtes Gradim, Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Escola de Enfermagem

Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Daniela Braga Lima, Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Faculdade de Nutrição

Universidade Federal de Alfenas- UNIFAL/MG

Referências

Horowitz KM, Ingardia CJ, Borgida AF. Anemia in pregnancy. Clin Lab Med. 2013;33(2):281-91.

Camargo RMS, Espinosa MM, Pereira SF, Schirmer J. Prevalência de anemia e deficiência de ferro: relação com índice de massa corporal em gestantes do Centro-Oeste do Brasil. Medicina (Ribeirão Preto). 2013;46(2):118-27.

Araújo CRMA, Uchimura TT, Fujimori E, Nishida FS, Veloso GBL, Szarfarc SC. Níveis de hemoglobina e prevalência de anemia em gestantes atendidas em unidades básicas de saúde, antes e após a fortificação das farinhas com ferro. Rev Bras Epidemiol. 2013;16(2):535-45.

Campigotto AC, Farias MCAD, Pinto DCF, Albuquerque FGF. Factors relating to iron deficiency anemia in pregnancy: an integrative review. Int Arch Med. 2015;8(159):1-11.

Onoh RC, Ezeonu OP, Umeora OUJ, Onoh TJP, Anozie BO, Onyebuchi AK. Anemia in pregnancy in Abakaliki, South East Nigeria. Int J Gynaecol Obstet. 2014;125(3):280.

World Health Organization (WHO). The global prevalence of anaemia in 2011. Geneva: WHO; 2015.

Fujimori E, Sato APS, Szarfarc SC, Veiga GV, Oliveira VA, Colli C, et al. Anemia em gestantes brasileiras antes e após a fortificação das farinhas com ferro. Rev Saúde Pública. 2011;45(6):1027-35.

Townsley DM. Hematologic complications of pregnancy. Semin Hematol. 2013;50(3):222-31.

World Health Organization (WHO). Iron deficiency anaemia: assessment, prevention, and control: a guide for programme managers. Geneva, 2001.

Ministério da Saúde. Orientações para coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. Brasília, 2011.

Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein, and Amino Acids (Macronutrients). Washington, DC: National Academies Press; 2005.

Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington, DC: National Academies Press; 2000.

Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary References Intakes for Calcium and Vitamin D. (uncorrected proofs) Washington, DC: National Academies Press; 2010.

Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Thiamin, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6, Folate, Vitamin B12, Pantothenic Acid, Biotin, and Choline. Washington, DC: National Academies Press; 1998.

Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Vitamin C, Vitamin E, Selenium and Carotenoids. Washington, DC: National Academies Press; 2000.

American Dietetic Association. Practice Paper of the American Dietetic Association: Using the Dietary Reference Intakes. J Am Diet Assoc. 2011;111(5):762-70.

Oliveira ACM, Barros AMR, Ferreira RC. Fatores de associados à anemia em gestantes da rede pública de saúde de uma capital do Nordeste do Brasil. Rev Bras Ginecol Obst. 2015;37(11):505-11.

Paula WKAS, Gomes EAS, Silva IC. Prevalência de anemia em gestantes acompanhadas nas unidades básicas de saúde do município de Caruaru-PE. Demetra. 2016;11(2):415-26.

Lacerda KSS, Frota KMG, Freire JAP, Voci SM. Prevalência da inadequação no consumo de nutrientes entre gestantes atendidas em unidades básicas de saúde. Rev Bras Promoç Saúde. 2014;27(3):357-64.

Araújo ES, Santana JM, Brito SM, Santos DB. Consumo alimentar de gestantes atendidas em Unidades de Saúde. Mundo da Saúde. 2016;40(1):28-37.

Silva DG, Macedo NB. Associação entre ganho de peso gestacional e prognóstico da gestação. Scientia Medica. 2014; 24 (3): 229-236.

Dani C, Rossetto S, Castro SM, Wagner SC. Prevalência da anemia e deficiências nutricionais, através de diferentes parâmetros laboratoriais, em mulheres grávidas atendidas em dois serviços de saúde pública no Rio Grande do Sul. RBAC. 2008;40(3):171-75.

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

Renner FW, Costa BP, Figueira FP, Ebert JP, Nascimento LS, Ferrari L, et al. Avaliação do uso de drogas por gestantes atendidas em hospital de ensino do interior do Rio Grande do Sul. R Epidemiol Control Infec. 2016;6(2):68-73.

Sato APS, Fujimori E, Szarfarc SC, Borges ALV, Tsunechiro MA. Consumo alimentar e ingestão de ferro de gestantes e mulheres em idade reprodutiva. Rev Latino-Am Enfermagem. 2010;18(2):113-21.

Viana JML, Tsunechiro MA, Bonadio I, Fujimori E, Santos AU, Sato APS, et al. Adequação do consumo de ferro por gestantes e mulheres em idade fértil atendidas em um serviço de pré-natal. Mundo da Saúde. 2009;33(3):286-93.

Andrade BD, Silva ACP, Santos MTM, Campos T, Luquetti SCPD, Cândido APC, et al. Fatores nutricionais e sociais de importância para o resultado da gestação, em mulheres em acompanhamento na rede de atenção primária de Juiz de Fora. Rev Med Minas Gerais. 2015;25(3):344-52.

Fisberg RM, Colucci ACA, Morimoto JM, Marchioni DML. Questionário de frequência alimentar para adultos com base em estudo populacional. Rev Saúde Pública. 2008;42(3):550-54.

Downloads

Publicado

2019-06-03