CONSTITUINTES DO EXERCÍCIO DO PODER EM ‘MILAGRE NA CELA 7’ e ‘UMA LIÇÃO DE AMOR’
DOI:
https://doi.org/10.13037/gr.vol41.e20258690Palavras-chave:
Constituintes do Exercício de Poder., Poder, Autoridade e Autoritarismo., Estudo Observacional em Análise Fílmica.Resumo
Tendo como objeto de estudo os mecanismos e as fontes de poder e, como lócus os filmes ‘Milagre na Cela 7’ e ‘Uma Lição de Amor’, este artigo foi elaborado a partir de escolhas de aforismos categorizados que, se configuram para Abbagnano (2003) como proposições sucintas que exprimem uma verdade, uma regra ou uma máxima, com o objetivo primordial de investigar as partes constituintes do exercício do poder, em ambos os filmes. Para a escolha de tais aforismos, essencialmente buscou-se respaldo em Foucault (1981; 1987; 2006), dentre outros estudiosos, sob as perspectivas da análise fílmica de (Champoux, 1999; Huczynski & Buchanan, 2004; Napolitano, 2013), bem como sob os referenciais acerca de utilização de filmes como lócus de pesquisa de (Denzin, 2004; Flick, von Kardoff & Steinke, 2004; Leite, et. al., 2021). Os resultados apontaram que em todas as partes constituintes do exercício do poder observou-se a preponderância do poder impessoal e arbitrário. Por outro lado, os protagonistas de ambos os lócus deste estudo observacional em análise fílmica obtiveram os resultados reais de justiça, tão somente por intervenção do poder pessoal de quem pôde exercê-lo livremente, uma vez que, por interferência do poder impessoal e arbitrário, ambos receberam arbítrios injustos, desarrazoados, contestáveis, viciados e ilegítimos até.
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