INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: UM AGRAVO A SAÚDE FRAGILIZADA

Autores

  • Kledson Lopes Barbosa Universidade Federal de Alagoas Av. Lourival Melo Mota, s/n Tabuleiro do Martins CEP:57072-900 Maceió - AL Brasíl
  • Karina Crislane da Silva de Medeiros Faculdade Cathedral/I-Bras Rua Balduíno Taques, 1694/B – Bairro Órfãs CEP: 84015-255 Ponta Grossa – PR Brasíl

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol16n58.5290

Palavras-chave:

Assistência farmacêutica, Interações medicamentosas. Prescrição medicamentosa,

Resumo

Introdução: A facilidade na compra de medicamentos isentos de prescrição (MIP’s) e a falta de informação são as causas mais comuns de interação medicamentosa em indivíduos que convivem em múltipla terapia medicamentosa. Sabe-se que a interação fármaco-fármaco pode ocorrer quando o efeito de um medicamento é alterado pela presença da substância de outro medicamento, ou de algum alimento, o que pode causar diminuição da sua eficácia ou até mesmo a sua toxicidade. Nesse sentido, duas motivações surgiram para o desenvolvimento dessa pesquisa: o valor clínico dado a interação medicamentosa e a importância da assistência farmacêutica na prevenção desse agravo. Objetivo: refletir sobre os potenciais agravos à saúde individual e pública a medida que aumenta-se o uso de múltiplos medicamentos, e avaliar a frequência de publicações acerca do tema bem como o tipo de informação veiculada por esses. Método: Trata-se de uma revisão narrativa realizada com base em periódicos nacionais e internacionais abordando assuntos relacionados ao tema. As bases consultadas para esta produção foram Bireme, LILACS, SciELO, Pubmed e portal de periódicos CAPES. Resultados: A pesquisa bibliográfica revelou que a adoção do uso racional de fármacos está relacionado com o aconselhamento do profissional farmacêutico que promove o uso seguro dos medicamentos, bem como, o esclarecimento dos processos farmacoterapêuticos. Conclusões: Através do estudo reforça-se a importância do farmacêutico frente à prevenção e gerenciamento dos casos de interação medicamentosa, de modo a averiguar criteriosamente as prescrições médicas antes da dispensação a fim de reorientar os pacientes ao uso seguro dos medicamentos prescritos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kledson Lopes Barbosa, Universidade Federal de Alagoas Av. Lourival Melo Mota, s/n Tabuleiro do Martins CEP:57072-900 Maceió - AL Brasíl

Doutorando em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Química e Biotecnologia com área de concentração em Bioquímica.

Karina Crislane da Silva de Medeiros, Faculdade Cathedral/I-Bras Rua Balduíno Taques, 1694/B – Bairro Órfãs CEP: 84015-255 Ponta Grossa – PR Brasíl

Progrma de Pós-graduação em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica

Referências

Moura C, Acurcio F, Belo N. Drug-drug interactions associated with length of stay and cost of hospitalization. Journal of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences. 2009;12(3):266–272. DOI:10.18433/J35C7Z.

Gagne JJ, Maio V, Rabinowitz C. Prevalence and predictors of potential drug-drug interactions in Regione Emilia-Romagna, Italy. Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics. 2008;33(2):141–151. DOI:10.1111/j.1365–2710.2007.00891.x.

Egger SS, Bravo AER, Hess L, Schlienger RG, Krähenbühl S. Age-related differences in the prevalence of potential drug-drug interactions in ambulatory dyslipidaemic patients treated with statins. Drugs and Aging. 2007;24(5):429-440. DOI:10.2165/00002512-200724050-00006.

Yunes LP, Coelho T de A, Almeida SM de. Principais Interações Medicamentosas Em Pacientes Da Uti-Adulto De Um Hospital Privado De Minas Gerais. R Bras Fram Hosp Serv. 2011;2(61):23–6.

Miyasaka LS, Atallah AN. Risk of drug interaction: combination of antidepressants and other drugs. Rev Saude Publica [Internet]. 2003;37(2):212-215. DOI: 10.1590/s0034-89102003000200008.

Hooda R. Research and Reviews : Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry Herbal Drug Interactions – A Major Safety Concern. 2016;4(1):54–8.

Kafeel H, Rukh R, Qamar H, Bawany J, Jamshed M, Sheikh R, et al. Possibility of Drug-Drug Interaction in Prescription Dispensed by Community and Hospital Pharmacy. Pharmacology and Pharmacy. 2014;5(April):401–7. DOI: 10.4236/pp.2014.54048.

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal; 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acessado em 08 de Fevereiro de 2017a.

Brasil. Lei 8 080/1990. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm. Acessado em 08 de março de 2017b.

Gadelha CAG, Costa KS, Nascimento Júnior JM do, Soeiro OM, Mengue SS, Motta ML da, et al. PNAUM: integrated approach to Pharmaceutical Services, Science, Technology and Innovation. Revista de Saúde Pública [Internet]. 2016;50(supl 2):1–8. DOI:10.1590/s1518-8787.2016050006153.

Bruns S de F, Oliveira EA de, Oliveira MA, Luiza VL. O modelo de ambiguidade-conflito como ferramenta de análise dos desafios da Assistência Farmacêutica em João Pessoa (PB) TT - The ambiguity-conflict model as tool for the analysis of Pharmaceutical Services challenges in João Pessoa, Paraíba, Brazil. Saúde em Debate [Internet]. 2015;39(spe):64–75. DOI: 10.5935/0103-1104.2015S005311.

World Health Organization (WHO). Promoting rational use of medicines: core components. (WHO Policy Perspectives on Medicines No. 5). Geneva, 2002. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/67438/1/WHO_EDM_2002.3.pdf>. Acesso em: 10.11.2017.

Da Silva NMO, Carvalho RP, Bernardes ACA, Moriel P, Mazzola PG, Franchini CC. Avaliação de potenciais interações medicamentosas em prescrições de pacientes internadas, em hospital público universitário especializado em saúde da mulher, em Campinas-SP. Revista de Ciencias Farmaceuticas Basica e Aplicada. 2010;31(2):171–6.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional. Brasília: Ministério da Saúde; 2008a.

Dormann H, Sonst A, Müller F, Vogler R, Patapovas A, Pfistermeister B, et al. Adverse drug events in older patients admitted as an emergency: the role of potentially inappropriate medication in elderly people (PRISCUS). Deutsches Ärzteblatt international. 2013;110(13):213–9DOI: 10.3238/arztebl.2013.0213.

Maria I, Sette F, Abrantes J, Barbosa A. Estudo de utilização de medicamentos na clínica médica. Rev Bras Farm. 2008;89(3):267–71.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico 2010. Rename 2010. Brasília (DF): MS; 2010.

Melgaçao TB, Carrera JDS, Nascimento DEB Do, Maia CDSF. Polypharmacy and ocurrences of potential drug interactions. Rev para med [Internet]. 2010;25(1). DOI: org/10.1590/S0034-71672010000100023.

Antunes J de FS, Okuno MFP, Lopes MCBT, Campanharo CRV, Batista REA. Interação medicamentosa em idosos internados no serviço de emergência de um hospital universitário TT - Drug interaction in elderly inpatients in the emergency department of a university hospital TT - Interacción medicamentosa en adultos mayores ingresa. REME rev min enferm [Internet]. 2015;19(4):907–12.DOI:10.5935/1415-2762.20150070.

Correr CJ, Pontarolo R, Ferreira LC, Baptistão SAM. Riscos de problemas relacionados com medicamentos em pacientes de uma instituição geriátrica. Revista Brasileira de Ciencias Farmaceuticas/Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences [Internet]. 2007;43(1):55–62, DOI:10.1590/S1516-93322007000100007

Victorio CJM, Castilho SR de, Nunes PHC. Identificação de potenciais problemas relacionados com medicamentos a partir da análise de prescrições de pacientes hipertensos. RevBras Farm. 2008;89(3):233–5.

Cedraz KN, Junior MCS. Identificação e caracterização de interações medicamentosas em prescrições médicas da unidade de terapia intensiva de um hospital público da cidade de Feira de Santana , BA. Rev Soc Bras Clin Med. 2014;55(75).

Mirošević Skvrce N, Macolić Šarinić V, Mucalo I, Krnić D, Božina N, Tomić S. Adverse drug reactions caused by drug-drug interactions reported to Croatian Agency for Medicinal Products and Medical Devices: a retrospective observational study. Croatian Medical Journal [Internet]. 2011;52(5):604–14. DOI: 10.3325/cmj.2011.52.604.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2008: Rename 2006. Série B. Textos Básicos de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2008b.

Olkkola KT, Ahonen J. Drug interactions. Current opinion in anaesthesiology [Internet]. 2001;14(4):411–6.

Neto VC, Garcia VP, Helena ET de S. Possible pharmacological interactions in hypertensive and/or diabetic elderly in family health units at Blumenau (SC). Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. 2010;46(4):795–804. 10.1590/S1984-82502010000400022.

Bandeira VAC, de Oliveira KR. Potenciais interações entre medicamentos usados na síndrome metabólica. Scientia Medica. 2014;24(2):156–64.

Tan ECK, Stewart K, Elliott RA, George J. Pharmacist services provided in general practice clinics: A systematic review and meta-analysis. Vol. 10, Research in Social and Administrative Pharmacy. 2014. p. 608–22. DOI: 10.1016/j.sapharm.2013.08.006.

de Melo DO, de Castro LL. Pharmacist’s contribution to the promotion of access and rational use of essential medicines in SUS. CIENCIA & SAUDE COLETIVA. 2017;22(1):235–44. DOI: 10.1590/1413-81232017221.16202015.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. Vigitel Brasil 2012: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: MS; 2013

Garcia LP, Sant’Anna AC, Magalhães LCG de, Freitas LRS de, Aurea AP. Gastos das famílias brasileiras com medicamentos segundo a renda familiar: análise da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002-2003 e de 2008-2009. Cadernos de Saúde Pública [Internet]. 2013;29(8):1605–16.DOI: 10.1590/0102-311X00070912.

Correr CJ, Otuki, MF. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed, 2013.

Obreli-Neto PR, Pereira LRL, Guidoni CM, De Baldoni AO, Marusic S, De Lyra DP, et al. Use of simulated patients to evaluate combined oral contraceptive dispensing practices of community pharmacists. PLoS ONE. 2013;8(12). DOI: 10.1371/journal.pone.0079875.

Brasil. Resolução da Diretoria Colegiada n.º 44 de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 ago. 2009. Seção 1, p.83.

Reis TM dos, Guidoni CM, Girotto E, Rascado RR, Mastroianni P de C, Cruciol JM, et al. Knowledge and conduct of pharmacists for dispensing of drugs in community pharmacies: A cross-sectional study. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. 2015;51(3):733–44. DOI: 10.1590/S1984-82502015000300025

International Pharmaceutical Federation. FIP. Standards for quality of pharmacy services. Good pharmacy practice. The Hague: FIP, 1993. Disponível em : https://www.fip.org/files/fip/Statements/latest/Dossier%20004%20total.PDF. Acesso em 24 de Outubro de 2017.

National Association of Pharmacy Regulatory Authorities. NAPRA. Model standards of practice for Canadian pharmacists. Ottawa: NAPRA, 2006.

Pharmaceutical Society of Australia. PSA. Standards for the provision of pharmacists only and pharmacy medicines in community pharmacies. Canberra: PSA, 1999.

Rabelo ML. Role of the pharmacist on the pharmacotherapeutic follow-up for cancer pain control*. 2013;14(1):58–60. DOI:org/10.1590/S1806-00132013000100014.

Gregório J, Velez Lapão L. Uso de cenários estratégicos para planeamento de recursos humanos em saúde: o caso dos farmacêuticos comunitários em Portugal 2010-2020. Revista Portuguesa de Saude Publica. 2012;30(2):125–42. DOI10.1016/j.rpsp.2012.12.003.

Chisholm-Burns MA, Graff Zivin JS, Lee JK, Spivey CA, Slack M, Herrier RN, et al. Economic effects of pharmacists on health outcomes in the United States: A systematic review. American Journal of Health-System Pharmacy. 2010;67(19):1624–34. DOI: 10.2146/ajhp100077.

Downloads

Publicado

2019-04-15

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO