EFEITO TERAPÊUTICO DO ALLIUM SATIVUM L. N NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

Autores

Palavras-chave:

Allium Sativum L., hipertensão, alho, fitoterapia.

Resumo

Introdução: A influência das plantas medicinais sobre os níveis pressóricos se deve a existência de metabólitos secundários, ou seja, princípios ativos, que são produtos sintetizados pelas plantas, determinando seu principal efeito farmacológico. Objetivo: Verificar por meio de revisão bibliográfica, o potencial terapêutico do alho no controle da hipertensão arterial. Materiais e Métodos: Foram consultadas as seguintes bases de dados: Pubmed, Scielo, e Lilacs a fim de identificar artigos científicos publicados no período de 2008 à 2018. A busca nas fontes citadas, foi realizada com base nos Descritores em Ciências da Saúde, tendo como palavras-chave: allium sativum L., alho, hipertensão arterial, fitoterapia, pressão alta e plantas medicinais. Resultados: Nos artigos selecionados, poucos foram os casos de adversidades no consumo, como incômodos gastrointestinais leves, náuseas e azia. Foi visto que ainda não há um consenso sobre o real mecanismo de ação da alicina e qual a melhor forma de preparação mais biodisponível ao organismo. Conclusões: Os estudos mostraram que o alho é uma excelente alternativa para a hipertensão arterial sistêmica, pois foi eficaz tanto em animais como em humanos, possuindo efeitos similares aos de fármacos consolidados do mercado, podendo atuar de forma complementar ao medicamento.

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Biografia do Autor

Maria Raquel da Silva Lima, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Estácio do Ceará, especialista em Saúde da Família e Comunidade na modalidade de Residência Multiprofissional em Saúde e aperfeiçoamento em Terapia Comunitária Integrativa pela Escola de Saúde Pública do Ceará. Além disso, especialista em Nutrição Esportiva aplicada ao Exercício Físico pela Universidade Estadual do Vale do Acaraú e pós-graduada em Prescrição de Fitoterápicos e Suplementação Nutricional na Prática Cliníca e Esportiva pela Universidade Estácio de Sá, e mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva na Universidade de Fortaleza.

Ana Angélica Romeiro Cardoso, Centro Universitário Estácio do Ceará

Graduação em Nutrição pela Universidade Estadual do Ceará, pós-graduada em Nutrição Clínica e Gestão, Auditoria e Perícia em Sistemas de Saúde pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Alimentação e Nutrição na Atenção Básica pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Fiocruz.

Rafaela Dantas Gomes, Centro Universitário Estácio do Ceará

Possui graduação em Nutrição pela Faculdade Estácio do Ceará (2018), pós graduação em Nutrição pela UNIQ - Universidade de Quixeramobim (2018) e graduanda em Nutrição em Oncologia (conclusão prevista para outubro de 2018). Tem experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição Clínica

Maria Dinara de Araújo Nogueira, Universidade Estadual do Ceará

Nutricionista Clínica no Hospital Distrital Gonzaga Mota Messejana (HDGMM); Graduada pela UniFanor - Wyden (CE); Pós-graduada em Nutrição Pediátrica, Escolar e na Adolescência pela Universidade Estácio de Sá (RJ). Mestranda em Nutrição e Saúde - UECE. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Micronutrientes e Doenças Crônicas (GMIC) - UECE

 

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Publicado

2020-10-26

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO