AVALIAÇÃO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS DA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/2359-4330.8791

Palavras-chave:

Política de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Avaliação de Programas e Projetos de Saúde, Gestão em Saúde, Avaliação de Recursos Humanos em Saúde

Resumo

Introdução: o Programa Mais Médicos (PMM) contribuiu para ampliar a cobertura da Atenção Primária à Saúde (APS). Objetivo: avaliar segundo a experiência de usuários o PMM. Método: pesquisa avaliativa de método misto concomitante realizada em Tangará da Serra – Mato Grosso, com usuários cadastrados na área de abrangência de unidades de saúde da família que tinham na sua equipe médicos do PMM, durante o período de 2016 a 2018. Para os dados quantitativos, a análise descritiva foi gerada por meio do software IBM SPSS®, versão 21. Para a análise temática dos dados qualitativos, utilizou-se o software Qualitative Solutions Research NVivo® 10 que oportunizou apresentação em duas categorias: “PMM: da desconfiança ao reconhecimento por meio da prática médica” e “Prática acolhedora ao usuário e o vínculo: via de mão dupla”. A mixagem dos dados explorou a completude das informações levantadas. Resultados: participaram 1036 usuários, em maior frequência a favor do Programa, que relataram superação quanto à comunicação do idioma e reconhecimento na melhoria do acesso à consulta médica com a diminuição do tempo de espera. Existe satisfação com a prática do profissional, desperta contribuições mútuas entre os usuários e o profissional, ampliando possibilidades de corresponsabilidade com a saúde no território. Conclusão: Revelam-se subsídios do PMM no município, que projetou a ampliação da cobertura com reconhecimento de seus usuários, maior possibilidade de efetivar atributos da APS e fomentar a organização de uma rede de atenção, ao mesmo tempo o desafio da sustentabilidade dessa proposta pela dependência de cooperação do Programa.

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Biografia do Autor

Josué Souza Gleriano, UNEMAT

Enfermeiro. Doutor em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP). Docente da Universidade do Estado de Mato Grosso, Curso de Enfermagem. Tangará da Serra, Mato Grosso Brasil. Departamento de Enfermagem. Universidade do Estado de Mato Grosso. Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil. E-mail: e-mail : josuegleriano@unemat.br

Lourdes Conceição Martins , UNISANTOS

Matemática. Doutora em Ciências pelo Programa da Faculdade de Medicina de São Paulo, da Universidade de São Paulo. Coordenadora e Professora do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde Coletiva da Universidade Católica de Santos. Santos, São Paulo, Brasil. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, UNISANTOS, Santos, Brasil. E-mail: lourdesc@unisantos.br

Carlise Krein, Estratégia Saúde da Família e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Mondaí- SC

Enfermeira. Mestre em Enfermagem na Atenção Primária à Saúde, Enfermeira na Secretaria Municipal de Saúde de Mondaí, Santa Catarina, Brasil. Estratégia Saúde da Família e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Mondaí- SC. E-mail: carlisekrein02@hotmail.com

Lucieli Dias Pedreschi Chaves, EERP-USP

Enfermeira. Livre-Docente. Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Docente do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Enfermagem Geral e Especializada. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Programa de Pós-graduação em Enfermagem Fundamental. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail: dpchaves@eerp.usp.br

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Publicado

2023-12-05

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS