Atenção Odontológica ao Paciente com HIV: Relato de Caso

Autores

  • Hevelin Cristina Ferraz Borges Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
  • Kharla Renata Rodrigues dos Santos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
  • Ellen Cristina Gaetti Jardim Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Maria de Fátima Meinberg Cheade Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
  • Eduardo Ferreira da Motta Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.13037/rbcs.vol11n35.1646

Palavras-chave:

Assistência odontológica, Aids, Ética, Qualidade de vida.

Resumo

O surgimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), na década de 80, fomentou mudanças significativas em vários campos não somente no da saúde, principalmente por  envolver  comportamento sexual e doença. Observam-se maior incidência entre as camadas mais pobres da população, predominantemente, usuários da rede pública de assistência à saúde e tendem a apresentar uma condição oral precária.  Desta forma, é objetivo mostrar um paciente que buscou atendimento referindo dor torácica em hemitórax esquerdo, hiporexia, diarréia e dispnéia. Ao exame extraoral, evidenciou-se simetria facial e as cadeias ganglionares cervicais, submandibulares e mentonianas impalpáveis. Presença de ulcerações no vermelhão dos lábios e mucosa. Ao exame intra-oral: dentes hígidos, pigmentação melânica em mucosas e reserva salivar preservada. Língua aparentemente normal e higienizada e ausência comprometimento periodontal. Realizou- se higiene oral 2 vezes ao dia com clorexidina 0,12%, e inspeção diária da cavidade oral, uso de triancinolona de acetonida em associação com garamicina, nistatina e neomicina, 3 vezes ao dia, por 14 dias, com intuito de evitar infecções secundárias, e lubrificar a região, possibilitando a recuperação. Sendo assim, é lícito crer que com grande prevalência de doenças bucais como cárie e doença periodontal, além dos inúmeros problemas bucais associados à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) requerem pronto tratamento e contínuo monitoramento; o paciente portador dessa condição sistêmica necessita de atenção odontológica como em todos os âmbitos da saúde. O emprego de cuidados intensivos e orientações a fim de resultados em longo prazo fizeram com que o paciente já apresentasse melhora nas condições de saúde bucal.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Baron M, Gritsch F, Hansy AM, Haas R. Implants in an HIV-positive patient: a case report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19:425-30.

2. Scully C. AIDS and dentistry: a report of a stateof-the-art meeting. Br Dent J. 1988;164(4):118.

3. Scully C, Porter SR. Oral mucosal disease: a decade of new entities, aetiologies and associations. Int Dent J 1994; 44:33-43.)

4. Little JW, Falace DA, Miller CS, Rhodus NL. Manejo odontológico do paciente clinicamente comprometido. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008.

5. Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.

6. Pennini SN, Rebello PFB, Silva MR. Queilites. J Bras Med. 2000; 78(6):104-110.

7. Walsh MC, Kim N, Kadono Y, Rho J, Lee SY, Lorenzo J, et al. Osteoimmunology: interplay between the immune system and bone metabolism. Annu Rev Immunol. 2006; 23(1):33-63.

8. Aas JA, Barbuto SM, Alpagot T, Olsen I, Dewhirst FE, Paster BJ. Subgingival plaque microbiota in HIV positive patients. J Clin Periodontol. 2007; 34(3):189-195.

9. Cobb CM, Ferguson BL, Keselyak MT, Holt LA, MacNeill SR, Rapley JW. A TEM/SEM study of the microbial plaque overlying the necrotic gingival papillae of HIV-seropositive necrotizing ulcerative periodontitis. J Periodont Res 2003; 38(2), 147-55.

10. Gaetti-Jardim EC. Fatores associados à presença de microrganismos superinfectantes ou oportunistas na cavidade bucal: relações

com próteses totais, condições periodontais e susceptibilidade a antimicrobianos [Dissertação]. Araçatuba: Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP; 2009.

11. Barbosa FCB, Mayer MPA, Saba-Chujfi E, Cai S. Subgingival occurrence and antimicrobial susceptibility of enteric rods and pseudomonads from Brazilian periodontitis patients. Oral Microbiol Immunol. 2001;16:306-310.

12. Paju S, Scannapieco FA. Oral biofilms, periodontitis, and pulmonary infections. Oral Diseases. 2007;13:508-512.

13. Acurcio FA. Trabalhar em saúde nos tempos de AIDS: o risco e o medo. Rev Bras Clín Ter. 1997;23:111-7.

14. Jardim Júnior EG, Nakano V, Wahasugui TC, Cabral FC, Gamba R, Avila-Campos MJ. Occurrence Of Yeasts, Enterococci And Other Enteric Bacteria In Subgingival Biofilm Of Hiv-Positive Patients With Chronic Gingivitis And Necrotizing Periodontitis. Braz J Microbiol. 2008;39:257-261.

15. Abidia RF. Oral care in the intensive care unit: a review. J Contemp Dent Pract. 2007;8(1):76-82.

16. Oliveira LCBS, Carneiro PPM, Fischer RG, Tinoco EMB. A presença de patógenos respiratórios no biofilme bucal de pacientes com pneumonia nosocomial. RBTI. 2007;19(4):428-433.

17. Araújo RJG, Oliveira LCG, Hanna LMO, Corrêa AM, Carvalho LHV, Alvares NCF. Análise de percepções e ações de cuidados bucais realizados por equipes de enfermagem em unidades de tratamento intensivo. Rev Bras Ter Intensiva. 2009;21(1):38-44.

18. Morais TMN, Silva A, Avi ALRO, Souza PHR, Knobel E, Camargo LFA. A importância da atuação odontológica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva: [revisão]. Rev Bras Ter Intensiva. 2006;18(4):412-7.

Downloads

Publicado

2013-05-14

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.