Atenção Odontológica ao Paciente com HIV: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.13037/rbcs.vol11n35.1646Palavras-chave:
Assistência odontológica, Aids, Ética, Qualidade de vida.Resumo
O surgimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), na década de 80, fomentou mudanças significativas em vários campos não somente no da saúde, principalmente por envolver comportamento sexual e doença. Observam-se maior incidência entre as camadas mais pobres da população, predominantemente, usuários da rede pública de assistência à saúde e tendem a apresentar uma condição oral precária. Desta forma, é objetivo mostrar um paciente que buscou atendimento referindo dor torácica em hemitórax esquerdo, hiporexia, diarréia e dispnéia. Ao exame extraoral, evidenciou-se simetria facial e as cadeias ganglionares cervicais, submandibulares e mentonianas impalpáveis. Presença de ulcerações no vermelhão dos lábios e mucosa. Ao exame intra-oral: dentes hígidos, pigmentação melânica em mucosas e reserva salivar preservada. Língua aparentemente normal e higienizada e ausência comprometimento periodontal. Realizou- se higiene oral 2 vezes ao dia com clorexidina 0,12%, e inspeção diária da cavidade oral, uso de triancinolona de acetonida em associação com garamicina, nistatina e neomicina, 3 vezes ao dia, por 14 dias, com intuito de evitar infecções secundárias, e lubrificar a região, possibilitando a recuperação. Sendo assim, é lícito crer que com grande prevalência de doenças bucais como cárie e doença periodontal, além dos inúmeros problemas bucais associados à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) requerem pronto tratamento e contínuo monitoramento; o paciente portador dessa condição sistêmica necessita de atenção odontológica como em todos os âmbitos da saúde. O emprego de cuidados intensivos e orientações a fim de resultados em longo prazo fizeram com que o paciente já apresentasse melhora nas condições de saúde bucal.
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