PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS COMO RECURSO PARA A EDUCAÇÃO MÉDICA: aplicando e contextualizando conceitos em “A Garota Dinamarquesa"
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol22.e20249591Palavras-chave:
Educação Médica, Filmes Cinematográficos, Medicalização, TransexualidadeResumo
INTRODUÇÃO: A formação médica de excelência, sob a ótica contemporânea das normativas e diretrizes curriculares do curso de graduação em Medicina, preconiza, além do conhecimento técnico, a promoção de um preparo mais geral, humanista e crítico com o desenvolvimento de habilidades e competências para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde. Nesse sentido, a utilização de metodologias ativas no processo formativo constitui prática pedagógica inovadora e muito pertinente, uma vez que torna o aluno protagonista do processo de aprendizagem, estimulando a iniciativa, a criatividade e a criticidade reflexiva. OBJETIVO: O presente relato tem como objetivo compartilhar uma experiência exitosa do uso de uma produção cinematográfica como recurso para a educação médica na discussão e compreensão dos conceitos de “saúde” e de “doença”. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência realizado por meio de análise crítico-reflexiva da obra cinematográfica “A Garota Dinamarquesa” desenvolvida a partir da implementação das metodologias e das experiências oportunizadas pela atividade desenvolvida em componente curricular de uma Universidade do Triângulo Mineiro. RESULTADOS: Foram explanadas vivências e reflexões obtidas através da atividade, por meio da aprendizagem ativa e do debate entre pares. CONCLUSÕES: Destaca-se o potencial pedagógico e formativo do filme ao promover uma reflexão muito relevante sobre as demandas sociais de adequação de gênero ao sexo biológico promovidas pela área da saúde, fomentando o debate de pautas essenciais na luta pela autonomia, pelo reconhecimento dos direitos civis e pelo acesso a um cuidado em saúde humanizado e digno por parte de indivíduos transgêneros e transexuais.
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