A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NAS RELAÇÕES DE ENSINO NA MEDICINA: uma revisão integrativa sobre aspectos, perfis e técnicas de ensino

A Resolução de Conflitos nas relações de ensino na Medicina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol22.e20249626

Palavras-chave:

negociação, educação médica, docentes, estudantes

Resumo

Introdução Conflitos são muito presentes no cotidiano dos profissionais de saúde e se estendem para as relações de ensino na Medicina. Por isso, existe uma necessidade crescente do ensino de habilidades de resolução de conflitos, tanto para profissionais quanto para estudantes. Apesar disso, ainda existe pouco conteúdo a respeito do ensino dessas habilidades na área médica, tornando-se necessário uma revisão integrativa/sistemática da literatura.  Objetivos: Realizar uma revisão integrativa da literatura a respeito do ensino de resolução de conflitos para estudantes, residentes e professores/preceptores de Medicina, tendo como alvo a literatura nacional e internacional nos últimos 12 anos. Materiais e Métodos: Foi realizado uma busca nas bases de dados Scielo, Scopus, PubMed e Biblioteca Virtual de Saúde com os termos “negotiating” e “medicine”, entre os anos de 2012 e 2024, aplicando-se critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Durante as buscas iniciais, foram encontrados 19.226 artigos, destes, 11 foram selecionados para compor a revisão, dentre eles, foram formadas 3 categorias temáticas e discutidas separadamente: Perfis de resolução de conflito e conhecimento acerca do tema, etiologia dos conflitos e modelo para ensino. Conclusões: Fica evidente a necessidade de intervenções voltadas ao ensino de técnicas de mediação em todos os níveis (estudantes, residentes e preceptores) com uso de metodologias ativas de ensino, com destaque ao role-play. Além disso, as intervenções devem se atentar a prevalência de perfis mais concessivos entre os estudantes e residentes, bem como nas relações de poder como principais etiologias de conflito.

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Biografia do Autor

Guilherme Cabral Borges Martins , Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Discente da graduação do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em Uberlândia-MG, com início em 2019 e conclusão prevista em 2025. Pesquisa nas áreas de COVID-19 e Educação Médica. 

 

Gustavo Antonio Raimondi, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Sou um homem gay, branco, cisgênero, casado, sem filhos. Possuo graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (2012), Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Federal de Uberlândia (2015), Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Uberlândia (2016) e Especialização em Educação de Profissionais da Saúde pela Foundation for Advancement of International Medical Education and Research (FAIMER) (2017), com aprimoramento em Equidade em Saúde e Justiça Social como TUFH Fellow (2022). Sou Doutor em Saúde Coletiva (sub área Ciências Sociais em Saúde) pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com período sanduíche na University of Massachusetts (UMASS) nos Estados Unidos. Fui bolsista de Doutorado Sanduíche 2018/2019 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Sou co-fundador e co-lider do Grupo "Autoetnografia Performática - Corpos e Decolonialidades em Saúde (AP-CODEs)", vinculado ao CNPq e à UNICAMP. Sou co-fundador e membro do Grupo Gestor do Grupo de Trabalho Populações (In)Visibilizadas e Diversidades da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). Sou membro do Grupo de Trabalho Saúde da População LGBTI+ da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO). Ex-Diretor da Regional Minas Gerais da ABEM (2020-2022). Estou como coordenador do Departamento de Saúde Coletiva (DESCO) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (2021-atual). Estou como representante legal / vice diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (2021-2025). Sou Professor Adjunto 1 (C1) do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde coletiva, educação médica, estudos de gênero e sexualidade em saúde, estudos queer e saúde, estudos culturais e saúde, autoetnografia performática, travestilidade / transexualidade, ensino em saúde LGBTQI+ e políticas públicas.

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Publicado

2024-12-18

Edição

Seção

Edição Especial Temática- Inovação no Ensino em Saúde