A importância do território na caracterização dos negócios de impacto socioambiental em periferias

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.13037/gr.vol40.e20249345

Palabras clave:

empreendedorismo social, periferias, negócios de impacto socioambiental

Resumen

A partir da falta de consenso para se definirem os negócios de impacto social e dada a reconhecida heterogeneidade dos empreendimentos sociais, este trabalho tem como objetivo compreender em que medida as características dos negócios de impacto socioambiental são aderentes ao contexto dos territórios populares periféricos. Com um estudo de casos múltiplos das empresas periféricas Enjoy Alimentação Orgânica e Jaubra, identificou-se que embora as características de negócios de impacto socioambiental possam proporcionar aos empreendedores em periferias uma maior legitimidade perante diversos públicos, estas são pouco aderentes ao contexto dos territórios populares. Este artigo contribui com o debate sobre a necessidade de definições consensuais, que favoreçam a construção de futuros modelos aplicáveis às distintas realidades. Gerencialmente, propõe-se que, a partir do reconhecimento dos negócios como soluções de impacto socioambiental, pode-se potencializar a legitimidade destas organizações e, consequentemente, dos resultados dos negócios e do ecossistema de impacto nas periferias.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Filippe Barros, FEA-USP - Facultad de Economía y Administración de la Universidad de São Paulo- SP- Brasil

Estudiante de Doctorado en Administración en la FEA-USP (São Paulo/SP); Maestría en Administración por la FEA-USP (São Paulo/SP); Especialista en Administración Estratégica de la FIA (São Paulo/SP); Licenciado en Comunicación Social con especialización en publicidad y propaganda por la ESPM (São Paulo/SP).

Guilherme Rocha Formicki, FAU-USP - Facultad de Arquitectura y Urbanismo - SP - Brasil

Estudiante de Doctorado en Planificación Urbana y Regional en la FAU-USP (São Paulo/SP); Maestría en Planificación Urbana de la Universidad de Columbia - Graduate School of Architecture, Planning and Preservation (Nueva York/NY); Licenciado en Arquitectura y Urbanismo por la FAU-USP (São Paulo/SP).

Renato Czarnotta, FEA-USP - Facultad de Economía y Administración de la Universidad de São Paulo- SP- Brasil

Estudiante de doctorado en Economía Organizacional en la FEA-USP (São Pulo/SP); Maestría en Ciencias por el departamento de Administración de la FEA-USP (São Paulo/SP); Licenciado en Ciencias Económicas por la Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo/SP).

Citas

Alter, K. (2007) Social Enterprise Typology. Virtue Ventures LLC, 1–31. http://rinovations.edublogs.org/files/2008/07/setypology.pdf.

Antunes, R. (2018). O privilégio da servidão: O novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018.

Arena, M.; Azzone, G. & Bengo, I. (2015). Performance Measurement for Social Enterprises. Voluntas, 26(2), 649–672; DOI: https://doi.org/10.1007/s11266-013-9436-8

Austin, J.; Stevenson, H. & Wei-Skillern, J. (2006) Social and Commercial Entrepreneurship: Same, Different, or Both? Entrepreneurship Theory and Practice, 30(1), 1–22, Jan. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6520.2006.00107.x

Bagnoli, L. & Megali, C. (2011). Measuring performance in social enterprises. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 40(1), 149–165. DOI: https://doi.org/10.1177/0899764009351111

Barki, E. (2015) Negócios de impacto: tendência ou modismo? GV-Executivo, 14(1), 14. DOI: https://doi.org/10.12660/gvexec.v14n1.2015.49183

Barki, E.; de Campos, J. G. F.; Lenz, A. K.; Kimmitt, J.; Stephan, U.; Naigeborin, V. (2020a). Support for social entrepreneurs from disadvantaged areas navigating crisis: Insights from Brazil. Journal of Business Venturing Insights, 14, 1-9. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jbvi.2020.e00205

Barki, E.; Rodrigues, J. & Comini, G. M. (2020b). Negócios de Impacto: Um Conceito em Construção. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 9(4), 477. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v9i4.1980

Barki, E., Salusse, M. A. Y., de Campos, J. G., Rocha, T. N., & Stephan, U. (2023). In Search of Inclusive Social Entrepreneurship. Stanford Social Innovation Review. https://ssir.org/articles/entry/in_search_of_inclusive_social_entrepreneurship.

Barraket, J. & Yousefpour, N. (2013) Evaluation and Social Impact Measurement Amongst Small to Medium Social Enterprises: Process, Purpose and Value. Australian Journal of Public Administration, 72(4), 447–458. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-8500.12042

Battilana, J. & Dorado, S. (2010). Building sustainable hybrid organizations: The case of commercial microfinance organizations. Academy of Management Journal, 53(6), 1419–1440. DOI: https://doi.org/10.5465/amj.2010.57318391

Bazanini, R., Da Silva, J. R., & Biffi, M. A. (2020). Empreendedorismo Social em Redes Interorganizacionais: o Fluxo Mimétrico como Absorção Adaptativa na Formação de Competências para o Empoderamento Social. Gestão & Regionalidade, 36(109). DOI: https://doi.org/10.13037/gr.vol36n109.6632

Bocken, N. M. P.; Fil, A. & Prabhu, J. (2016). Scaling up social businesses in developing markets. Journal of Cleaner Production, 139, 295–308. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2016.08.045

Comini, G. M. (2016). Negócios sociais e inovação social: um retrato de experiências brasileiras (Tese de Livre-Docência em Administração).

Comini, G. M.; Barki, E. & Aguiar, L. (2012). A three-pronged approach to social business: a Brazilian multi-case analysis. Revista de Administração (São Paulo), 47 (3), 385-397. DOI: https://doi.org/10.5700/rausp1045

D’Andrea, T. (2020). Contribuições para a definição dos conceitos periferia e sujeitas e sujeitos periféricos. Novos estudos CEBRAP. São Paulo, 39(1), 19-36, jan-abr. DOI: https://doi.org/10.25091/S01013300202000010005

Defourny, J. & Nyssens, M. (2017). Fundamentals for an International Typology of Social Enterprise Models. Voluntas, 28 (6), 2469–2497. DOI: https://doi.org/10.1007/s11266-017-9884-7

Eisenhardt, K. M. (1989). Building Theories From Case Study Research. Academy of Management Review. v. 14, n.4, pp. 532- 550, 1989. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1989.4308385

______, K. M. (2021). What is the Eisenhardt Method, really? Strategic Organization, 19(1), 147-160. DOI: https://doi.org/10.1177/1476127020982866

Fischer, R. M. Desafio da colaboração: práticas de responsabilidade social entre empresa e terceiro setor. São Paulo: Editora Gente, 2002.

______. (2014). Negocios Sociais. In Dicionário para a Formação em Gestão Social (pp. 125–127).

Goia, D. A.; Korley, K. G. & Hamilton, A. L. (2012). Seeking Qualitative Rigor in Inductive Research: Notes on the Gioia Methodology. Organizational Research Methods, 16(1), 15-31. DOI: https://doi.org/10.1177/1094428112452151

Godoy, A. S. (1995). Pesquisa Qualitativa – tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, 35(3), mai/jun, 20-29. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75901995000300004

Gonçalves, C. P.; Carrara, K. & Schmittel, R. M. (2016). The Phenomenon of Social Enterprises: Are We Keeping Watch on This Cultural Practice? Voluntas, 27(4), 1585–1610. DOI: https://doi.org/10.1007/s11266-015-9624-9

Goyal, S.; Bruno, S. & Kapoor, A. (2014). Understanding the Key Characteristics of an Embedded Business Model for the Base of the Pyramid. Markets, Economics and Sociology, 7(4), 26-40. DOI: https://doi.org/10.14254/2071-789X.2014/7-4/2

Halme, M.; Lideman, S. & Linna, P. (2012). Innovation for Inclusive Business: Intrapreneurial Bricolage in Multinational Corporations. Journal of Management Studies, 49(4), 743–784. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-6486.2012.01045.x

ICE & Pipe Social (2019). O que são negócios de impacto: características que definem empreendimentos como negócios de impacto. Instituto de Cidadania Empresarial - ICE, 56. https://aliancapeloimpacto.org.br/wp-content/uploads/2020/03/ice-estudo-negocios-de-impacto-2019-web.pdf.

Kowarick, L. (1980). A espoliação urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Lyra, E. (2018) Da favela para o mundo: Não importa de onde você vem, mas para onde você vai. São Paulo: Buzz Editora.

Maricato, E. (2015). Para entender a crise urbana. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2015.

______ (2020). “O Coronavírus e um plano de emergência para as cidades. In Borges, A. & Marques, L. (orgs.). Coronavírus e as cidades no Brasil: reflexões durante a pandemia. Rio de Janeiro: Outras Letras.

Meirelles, R. & Athayde, C. (2014). Um país chamado favela: A maior pesquisa já feita sobre a favela brasileira. São Paulo: Editora Gente.

Martin, R. & Osberg, S. (2007). Social Entrepreneurship: The Case for Definition. Stanford Social Innovation Review, 29-39, 2007.

Martins, G. A. & Teóphilo, C. R. (2007). Metodologia da Investigação Científica para Ciências Sociais Aplicadas – São Paulo: Atlas.

Mautner, Y. (1999). “A periferia como fronteira de expansão do capital”. In: Deák, C. & Schiffer, S. R. O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: Edusp.

Neves, J. N. dos R., & Davel, E. P. B. (2021). A Territorialidade do Empreendedorismo: Perspectivas e Desafios para o Empreendedorismo Cultural. Gestão & Regionalidade, 37(112). DOI: https://doi.org/10.13037/gr.vol37n112.6941

Oliveira, E. M. (2004). Empreendedorismo social no Brasil: atual configuração, perspectivas e desafios – notas introdutórias. Rev. FAE, Curitiba, 7(2), 9-18, jul./dez.

Ormistron, J. (2019). Blending practice worlds: Impact assessment as a transdisciplinary practice. Business Ethics, 28(4), 423–440. DOI: https://doi.org/10.1111/beer.12230

Prahalad, C. K. & Hart, S. L. (2002). “The Fortune at the Bottom of the Pyramid.” Strategy + Business, 1 (26).

Santos, F.; Pache, A. C. & Birkholz, C. (2015). Making hybrids work: Aligning business models and organizational design for social enterprises. California Management Review, 57(3), 36–58. DOI: https://doi.org/10.1525/cmr.2015.57.3.36

Singer, P. (2002). Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

Smith, W. K.; Gonin, M. & Besharov, M. L. (2013). Managing Social-Business Tensions: A Review and Research Agenda for Social Enterprise. Business Ethics Quarterly, 23(3), 407–442. DOI: https://doi.org/10.5840/beq201323327

Villaça, F. (2001). Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo, Studio Nobel.

Wilson, F. & Post, J. E. (2013). Business models for people, planet (& profits): Exploring the phenomena of social business, a market-based approach to social value creation. Small Business Economics, 40(3), 715–737. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-011-9401-0

Yunus, M. (2008). Creating a world without poverty: social business and the future of capitalism. Global Urban Development, 4(2), Nov.

Yunus, M.; Moingeon, B. & Lehmann-Ortega, L. (2010). Building social business models: Lessons from the grameen experience. Long Range Planning, 43(2–3), 308–325. DOI: https://doi.org/10.1016/j.lrp.2009.12.005

Publicado

2024-08-20

Cómo citar

Barros, F., Formicki, G. R., & Czarnotta, R. (2024). A importância do território na caracterização dos negócios de impacto socioambiental em periferias. Gestão & Regionalidade, 40(Especial), e20249345. https://doi.org/10.13037/gr.vol40.e20249345