Influência da realidade virtual nas atividades psicomotoras e percepção corporal de escolares: estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol14n48.3456Palavras-chave:
jogos virtuais, noção corporal, psicomotricidade, criançasResumo
Introdução: A psicomotricidade pode ser definida como a ciência que trabalha de forma associada o corpo e a mente. Recursos de realidade virtual podem ser ferramentas lúdicas para estimular a aquisição e o aperfeiçoamento de habilidades neuromotoras em crianças em fase de desenvolvimento. Objetivo: analisar a influência do Nintendo Wii® nas atividades psicomotoras e na percepção corporal de crianças saudáveis da rede pública de ensino. Materiais e métodos: Foram envolvidos nessa amostra aleatória três estudantes de ambos os gêneros, na faixa etária de 7 a 10 anos. A percepção corporal foi avaliada através do Protocolo de Askevold, o equilíbrio foi verificado pelo teste de Fukuda e o desempenho de práticas psicomotoras foi analisado por meio do protocolo de teste psicomotor de Fonseca. Após avaliações, as crianças passaram por um treinamento com a realidade virtual duas vezes por semana durante 30 minutos, totalizando 10 sessões. Para analisar os resultados obtidos foram considerados valores absolutos e relativos. Resultados: Referente ao COG Wii Fit® e estabilidade pôde acompanhar ganhos do momento pré para o pós. As pontuações aumentaram praticamente em todos os jogos utilizados na intervenção. Além disso foi verificada melhorias importantes na percepção corporal dos estudantes, ou seja, saindo de uma condição de hiperesquematia para normoesquematia. Conclusão: Pôde-se constatar que o treinamento com a realidade virtual influenciou positivamente o desempenho nas atividades psicomotoras e percepção corporal de todas as crianças analisadas.
Downloads
Referências
Rossi FS. Considerações sobre a psicomotricidade na educação infantil. Rev Vozes dos Val. 2012;1-18.
Almeida C. Perfil psicomotor de alunos com idade entre 7 a 9 anos. 9º Congresso Nacional de Educação, 3º Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia: Anais do 9º Congresso Nacional de Educação e do 3º Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia; 26-29 out. 2009; Curitiba, Brasil. p. 7277-87.
Giagazoglou P, Kouliousi C, Sidiropoulou M, Fahantidou A. The effect of institutionalization on psychomotor development of preschool aged children. Res Dev Disabil. Elsevier; 2012;33(3):964-70.
Fonseca V. Manual de observação psicomotora: significações psiconeurológicas dos fatores psicomotores. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.
Barreto, SJ. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Livraria Acadêmica; 2000.
Rebelatto JR, Castro AP. Equilíbrio estático e dinâmico em indivíduos senescentes e o índice de massa corporal. Fisioter. mov. 2008;21(3):69-75.
Cm P, Apqc A, Mg R. Psychomotor development in pre-school with visual deficiency. Pediatr Ther. 2013;3(5):3-6.
Lemos LFC, Teixeira LA, Mota CB. Uma revisão sobre centro de gravidade e equilíbrio corporal A review about center of gravity and body balance. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. 2009;17(4):83-90.
Hsu Y, Kuan C, Young Y. Assessing the development of balance function in children using stabilometry. Int J Pediatr Otorhinolaryngol Extra. 2009;73:737-40.
Arruda, KMF; Silva EAA. Desenvolvimento motor na educação infantil através da ludicidade. Connection online [periódico na Internet]. 2009 [acesso em 2016 Mai 22];(4):37-50. Disponível em: http://www.periodicos.univag.com.br/index.php/CONNECTIONLINE/article/view/131/363
Turtelli LS. Caminhos da pesquisa em imagem corporal na sua relação com o movimento. Rev. bras. ciênc. esporte. 2002;24(1):151-66.
Pinquart M. Body image of children and adolescents with chronic illness : A meta-analytic comparison with healthy peers. Body Image. Elsevier; 2013;10(2):141-8.
Lewer M, Nasrawi N, Schroeder D, Vocks S. Body image disturbance in binge eating disorder: a comparison of obese patients with and without binge eating disorder regarding the cognitive, behavioral and perceptual component of body image. Eat Weight Disord. 2015;21(1):115-25.
Hartmann AS, Thomas JJ, Greenberg JL, Elliott CM, Matheny NL, Wilhelm S. Anorexia nervosa and body dysmorphic disorder: a comparison of body image concerns and explicit and implicit attractiveness beliefs. Body Image. Elsevier; 2015;14:77-84.
Segheto W, Segheto KJ, Borim C, Gama F. Proposta de categorização para análise da percepção corporal. 1º Simpósio Internacional de Imagem Corporal, 1º Congresso Brasileiro de Imagem Corporal: Anais do 1º Simpósio Internacional de Imagem Corporal, 1º Congresso Brasileiro de Imagem Corporal; 9-10 ago. 2010; Campinas, Brasil. p. 1-7.
Ferreira AAR. A importância da psicomotricidade na escola [monografia]. Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes; 2003.
Monteiro CBM. Realidade virtual na paralisia cerebral. São Paulo: Plêiade; 2011.
Sobral R, Junior M. Efetividade da reabilitação virtual no equilíbrio corporal e habilidades motoras de indivíduos com déficit neuromotor: uma revisão sistemática. Rev bras ativ fís saúde. 2012;17(3):224-30.
Goble DJ, Cone BL, Fling BW. Using the Wii Fit as a tool for balance assessment and neurorehabilitation: the first half decade of “Wii-search”. J Neuroeng Rehabil. 2014;11(1):1-9.
Askevold F. Measuring body image. Psychoter Psychosom. 1975;26(2):71-7.
Fonseca, CC. Análise do esquema corporal e imagem corporal na dança de salão e seus aspectos motivacionais [dissertação]. São Paulo, Brasil: Universidade São Judas Tadeu; 2008.
Gama EF, Dantas DB, Almeida ET & Thurm BE. Influência da natação na percepção corporal. Rev bras ciênc mov. 2009; 17(2),1-18.
Alsaif AA, Alsenany S. Effects of interactive games on motor performance in children with spastic cerebral palsy. J Phys Ther Sci. 2015; 27(6):2001-03.
Schiavinato AM, Baldan C, Melatto L, Lima LS, Barthel D, Lawton D. Influência do Wii Fit no equilíbrio de paciente com disfunção cerebelar: estudo de caso. J Heal Sci Inst. 2010;28(1):50-2.
Ting LH. Dimensional reduction in sensorimotor systems: a framework for understanding muscle coordination of posture. Prog Brain Res. 2007;165:299-321.
Vaghetti CAO, Botelho SSC. Ambientes Virtuais de Aprendizagem na Educação Física: uma revisão sobre a utilização de exergames. Ciênc cogn. 2010;15(1):76-88.
Pellegrini AM, Neto SS, Bueno FCR, Alleoni BN, Motta AI. Desenvolvendo a coordenação motora no ensino fundamental. In: Pinho SZ, Saglietti JRC, organizadores. Núcleos de ensino. São Paulo: Unesp; 2003.
Ashkenazi T, Weiss PL, Orian D, Laufer Y. Low-cost virtual reality intervention program for children with developmental coordination disorder: a pilot feasibility study. Pediatr Phys Ther. 2013;25(4):467-73.
Mombarg R, Jelsma D, Hartman E. Effect of Wii-intervention on balance of children with poor motor performance. Res Dev Disabil. Elsevier; 2013;34(9):2996-3003.
Neto AS, Mascarenhas LPG, Nunes GF, Lepre C, Campos W. Relação entre fatores ambientais e habilidades motoras básicas em crianças de 6 e 7 anos. 2004;3(3):135–40.
Murijo MG, Pereira K. Perfil psicomotor na Praxia Global e Fina de crianças de três a cinco anos pertencentes à escola privada e pública. Conscientiae saúde. 2008;7(2):151-7.
Wang M, Reid D. virtual reality in pediatric neurorehabilitation: attention deficit hyperactivity disorder, autism and cerebral palsy. Neuroepidemiology. 2011;36(1):2-18.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).