PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO ATENDIDA NUM PROGRAMA DE RASTREAMENTO DE CÂNCER DE PRÓSTATA

Autores

Palavras-chave:

Medicina, Oncologia, Rastreamento, Prevenção

Resumo

RESUMO

Introdução: O câncer de próstata éo segundo câncer mais comum entre os homens, e o aumento da sua incidência deve-se àevolução diagnóstica e ao aumento da expectativa de vida. Entretanto, o desconhecimento e preconceitos em relação ao seu rastreio são realidade, o que torna importante a identificação de fatores predisponentes para o câncer e a influência do rastreamento no diagnóstico precoce. Objetivo: descrever o perfil clínico epidemiológico da população assistida durante o 9° Mutirão de Prevenção ao Câncer - 2019, realizado no município de Montes Claros, MG. Metodologia: estudo analítico descritivo com base em características sociodemográficas, histórico familiar, hábitos, e presença de sinais/sintomas relacionados a alteração prostática. Os dados clínicos foram obtidos por toque prostático. Para a análise foram utilizadas tabelas de frequência e gráficos. Resultados: foram realizados anamnese e toque prostático em 603 indivíduos com idade média de 61 anos: 39,6% relataram história familiar de câncer; 52,6% eram fumantes e 41,7% etilistas. Ao exame, 28,9% apresentaram próstata aumentada, 3,9% superfície prostática irregular, 11,3% assimétrica, 2% com consistência pétrea. Foram solicitadas 39 biópsias, 31 realizadas, e 14 com resultado positivo para adenocarcinoma prostático. Conclusão: apesar das controvérsias sobre o rastreamento do câncer de próstata, os dados apresentados por esse estudo e as fontes estudadas demonstraram que a prevenção dessa neoplasia deve ser considerada a partir de uma fundamentação que integra pesquisa básica, clínica e epidemiologia, visando o diagnóstico precoce, tratamento eficaz e melhor prognóstico.

RESUMO

Introdução: O câncer de próstata éo segundo câncer mais comum entre os homens, e o aumento da sua incidência deve-se àevolução diagnóstica e ao aumento da expectativa de vida. Entretanto, o desconhecimento e preconceitos em relação ao seu rastreio são realidade, o que torna importante a identificação de fatores predisponentes para o câncer e a influência do rastreamento no diagnóstico precoce. Objetivo:descrever o perfil clínico epidemiológico da população assistida durante o 9° Mutirão de Prevenção ao Câncer - 2019, realizado no município de Montes Claros, MG. Metodologia: estudo analítico descritivo com base em características sociodemográficas, histórico familiar, hábitos, e presença de sinais/sintomas relacionados a alteração prostática. Os dados clínicos foram obtidos por toque prostático. Para a análise foram utilizadas tabelas de frequência e gráficos. Resultados:foram realizados anamnese e toque prostático em 603 indivíduos com idade média de 61 anos: 39,6% relataram história familiar de câncer; 52,6% eram fumantes e 41,7% etilistas. Ao exame, 28,9% apresentaram próstata aumentada, 3,9% superfície prostática irregular, 11,3% assimétrica, 2% com consistência pétrea. Foram solicitadas 39 biópsias, 31 realizadas, e 14 com resultado positivo para adenocarcinoma prostático. Conclusão: apesar das controvérsias sobre o rastreamento do câncer de próstata, os dados apresentados por esse estudo e as fontes estudadas demonstraram que a prevenção dessa neoplasia deve ser considerada a partir de uma fundamentação que integra pesquisa básica, clínica e epidemiologia, visando o diagnóstico precoce, tratamento eficaz e melhor prognóstico.

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Referências

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Publicado

2020-10-26

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS