DEPENDÊNCIA FUNCIONAL PARA ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA: prevalência e caracterização de pessoas idosos
Dependência funcional em idosos
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol23.e20259097Palavras-chave:
Atividades cotidianas, Saúde do idoso, Condições de saúdeResumo
INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento, quando associado a condições crônicas, podem levar o idoso a apresentar redução na funcionalidade. OBJETIVO: Verificar a prevalência e características de pessoas idosas com dependência para atividades instrumentais de vida diária (AIVD), assistidos por uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Vitória-ES. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com amostra sistemática de 241 idosos. Coletou-se por meio de questionário semiestruturado as características sociodemográficas, comportamentais, e condições de saúde dos idosos. Foi aplicado as escalas de Tinetti, SF-36 e Lawton e Brody. Os dados foram analisados de forma descritiva. RESULTADOS A prevalência de dependência para as realização das AIVD foi de 34%. O perfil dos idosos dependentes para AIVD foi majoritariamente do sexo feminino (65,9%) entre 60 e 74 anos (54,9%), pardos/pretos (73,2%), com escolaridade de até quatro anos (68,3%), com companheiros (51%), vivendo em residência multigeracional (51,2%), sem restrição ao lar (51,2%), que não fazem uso de cigarro ou álcool (82,9%), que costumam praticar atividades físicas (81,7%), que apresentam multimorbidade (75,6%), sem polifarmácia (51,2%), não apresentam sintomas depressivos (51,2%), possuem maior risco de quedas (73,2%) e percepção regular/negativa da qualidade de vida (85%). CONCLUSÃO: É importante a aplicação de estratégias considerando o perfil encontrado, atuando de forma preventiva, estimulando o acompanhamento com a equipe multidisciplinar, e a elaboração de grupos de exercícios e danças para promover a prática de atividades físicas e de lazer, bem como a socialização desses idosos
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