PERFIL DE SAÚDE DOS IDOSOS ATENDIDOS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA (UBSF) EM ITUIUTABA, MINAS GERAIS

Autores

  • Janyne Vilarinho Melo Universidade Federal de Uberlândia
  • Ana Lúcia de Medeiros Santos Universidade Federal de Uberlândia
  • Lina Rodrigues de Faria Universidade Federal do Sul da Bahia
  • Waneska Alexandra Alves Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Alexandre Azenha Alves de Rezende Universidade Federal de Uberlândia
  • Luciana Karen Calábria Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.13037/ras.vol15n53.4730

Palavras-chave:

Envelhecimento, doenças crônicas, uso de medicamentos, epidemiologia

Resumo

Introdução: O processo de envelhecimento se caracteriza por alterações biológicas que ocorrem ao longo da vida. Essas alterações podem provocar doenças ou disfunções orgânicas, entre as quais se destacam as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Objetivo: Considerando a importância das DCNT, o estudo caracterizou os perfis socioeconômico e demográfico dos idosos atendidos em Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) no município de Ituiutaba/MG. Material e métodos: Realizou-se um estudo transversal descritivo, em que 149 idosos atendidos em onze UBSF foram entrevistados através de questionário semiestruturado. Resultados: A idade média dos participantes foi de setenta anos, sendo a maioria do gênero feminino, alfabetizada e com até quatro anos de estudo. Aproximadamente 90% dos idosos declararam uso de medicamentos alopáticos, 47% faziam uso de plantas medicinais e 19,5% de fitoterápicos. Somente 14,7% dos idosos afirmaram o uso concomitante dessas três modalidades de tratamento. A maioria dos entrevistados utilizava de dois a quatro medicamentos alopáticos (51,7%). Em relação às doenças autorreferidas, as mais prevalentes foram as do sistema circulatório (75,8%), destacando-se a hipertensão arterial (72,5%), além de doenças no sistema osteomuscular (41,6%) e diabetes mellitus (39,9%). Conclusão: De acordo com os dados obtidos, foi possível realizar um diagnóstico dos idosos atendidos nas UBSF de Ituiutaba/MG. Esses dados são essenciais para implementação de políticas públicas, sociais e educacionais voltadas a essa população, a fim de atender às necessidades socioeconômicas e comportamentais, visando à promoção de um envelhecimento saudável e ativo.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janyne Vilarinho Melo, Universidade Federal de Uberlândia

Graduanda em Ciência Biológicas pela Faculdade de Ciências Integradas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia.

Ana Lúcia de Medeiros Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Graduanda em Serviço Social pela Faculdade de Ciências Integradas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia.

Lina Rodrigues de Faria, Universidade Federal do Sul da Bahia

Mestre em Saúde Coletiva.

Waneska Alexandra Alves, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutora em Saúde Pública.

Alexandre Azenha Alves de Rezende, Universidade Federal de Uberlândia

Docente do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Luciana Karen Calábria, Universidade Federal de Uberlândia

Docente do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Referências

Campos LM, Boscatto EC, Mineiro L. Perfil do estilo de vida dos idosos da Universidade Aberta da Maior Idade – UAMI da cidade de Caçador-SC. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. 2015;9(53):315-20.

Melo JV, Santos ALM, Rezende AAA, Calábria LK. Hábitos alimentares dos idosos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) em Ituiutaba-MG. Rev Med Saúde Brasília. 2017; 6(2): 154-66.

Zani VT, Broilo MC, Lando VR, Schneider RH. Intervenção educativa e alimentar com suplemento de aveia em mulheres idosas. Caderno Pedagógico. 2015;12(1):184-95.

Dutra DD, Duarte MCS, Albuquerque KF, Lima AS, Santos JS, Souto HC. Doenças cardiovasculares e fatores associados em adultos e idosos cadastrados em uma unidade básica de saúde. J Res: Fundam Care. 2016;8(2):4501-9.

Franco LG, Kindermann AL, Tramujas L, Kock KS. Fatores associados à mortalidade em idosos hospitalizados por fraturas de fêmur. Rev Bras Ortop. 2016;51(5):509-14.

Leite MT, Dal-Pai S, Quintana JM, Costa MC. Doenças crônicas não transmissíveis em idosos: saberes e ações de agentes comunitários de saúde. J Res: Fundam Care. 2015;7(2):2263-76.

Ramos LR, Tavares NUL, Bertoldi AD, Farias MR, Oliveira MA, Luiza VL, et al. Polifarmácia e polimorbidade em idosos no Brasil: um desafio em saúde pública. Rev Saúde Pública. 2016;50(supl. 2):1-13.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE; 2012 (Estudos e Pesquisas; no. 29).

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE; 2013 (Estudos e Pesquisas; no. 32).

Anderson GM, Beers MH, Kerluke K. Auditing prescription practice using explicit criteria and computerized drug benefit claims data. J Eval Clin Pract. 1997;3(4):283-94.

Loyola Filho AI, Matos DL, Giatti L, Alfradique ME, Peixoto SV, Lima-Costa MF. Causas de internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiol Serv Saúde. 2004;13(4):229-38.

Mendes TAB. Prevalência de doenças crônicas e a utilização dos serviços de saúde por idosos residentes no município de São Paulo [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2010.

Magalhães BS, Ibiapina DF, Carvalho DR. Avaliação nutricional e prevalência de diabetes e hipertensão em idosos. Rev Interd. 2014;7(4):131-38.

Marques LP, Confortin SC. Doenças do aparelho circulatório: principal causa de internações de idosos no Brasil entre 2003 e 2012. Rev Bras Ciênc Saúde. 2015;19(2):83-90.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Deon RG, Rosa RD, Zanardo VPS, Closs VE, Schwanke CHA. Consumo de alimentos dos grupos que compõem a pirâmide alimentar americana por idosos brasileiros: uma revisão. Ciência & Saúde. 2015;8(1):26-34.

Gadenz SD, Benvegnu LA. Hábitos alimentares na prevenção de doenças cardiovasculares e fatores associados em idosos hipertensos. Ciên Saúde Coletiva. 2013;18(12):3523-33.

Lima-Costa MF, Barretos SM. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiol Serv Saúde. 2003;12(4):189-201.

Santos AS, Meneguci J, Silveira RE, Marquez FA, Ferreira VA, Viana DA. Perfil de saúde e qualidade de vida de idosos de Santa Juliana-MG. Enferm Foco. 2014;5(3/4):61-4.

Kuznier TP, Souza CC, Chianca TCM, Ercole FF, Alves M. Fatores de risco para quedas descritos na taxonomia da NANDA-I para uma população de idosos. Rev Enferm Cent O Min. 2015;5(3):1855-70.

Siqueira FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS, et al. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev Saúde Pública. 2007;41(5):749-56.

Maciel A. Quedas em idosos: um problema de saúde pública desconhecido pela comunidade e negligenciado por muitos profissionais da saúde e por autoridades sanitárias brasileiras. Rev Med Minas Gerais. 2010;20(4):554-7.

Fabrício SCC, Rodrigues RAP, Junior MLC. Causas e consequências de quedas de idosos atendidos em hospital público. Rev Saúde Pública. 2004;38(1):93-9.

Soares DS, Mello LM, Silva AS, Nunes AA. Análise dos fatores associados a quedas com fratura de fêmur em idosos: um estudo caso-controle. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2015;18(2):239-48.

Alves ECS, Souza LPS, Alves WS, Oliveira MKS, Yoshitome AY, Gamba MA. Condições de saúde e funcionalidade de idosos com diabetes mellitus tipo 2 na Atenção Primária à Saúde. Enfermería Global. 2014;13(34):19-31.

Silva GOB, Gondim APS, Monteiro MP, Frota MA, Meneses ALL. Uso de medicamentos contínuos e fatores associados em idosos de Quixadá, Ceará. Rev Bras Epidemiol. 2012;15(2):386-95.

Sardinha AHL, Silva CG, Sena LB, Mesquita LLS, Rodrigues JB, Silva KNR. Adesão dos idosos com doenças crônicas ao tratamento medicamentoso. Rev Pesq Saúde. 2015;16(3):154-58.

Machado HL, Moura VL, Gouveia NM, Costa GA, Espindola FS, Botelho FV. Pesquisa e atividades de extensão em fitoterapia desenvolvidas pela Rede FitoCerrado: uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos por idosos em Uberlândia-MG. Rev Bras Plantas Med. 2014;16(3):527-33.

Pires IFB, Souza AA, Feitosa MHA, Costa SM. Plantas medicinais como opção terapêutica em comunidade de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Rev Bras Plantas Med. 2014;16(2):426-33.

Araújo CRF, Silva AB, Tavares EC, Costa EP, Mariz SR. Perfil e prevalência de uso de plantas medicinais em uma unidade básica de saúde da família em Campina Grande, Paraíba, Brasil. Rev Ciênc Farm Básica Apl. 2014;35(2):233-38.

Brasileiro BG, Pizziolo VR, Matos DS, Germano AM, Jamal CM. Plantas medicinais utilizadas pela população atendida no “Programa de Saúde da Família”, Governador Valadares, MG, Brasil. Rev Bras Ciênc Farm. 2008;44(4):629-36.

Ângelo T, Ribeiro CC. Utilização de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos por idosos. C&D-Revista Eletrônica da Fainor. 2014;7(1):18-31.

Machado RS, Pijuán PL, Brum VS, Moreira APG, Oliveira LFS, Farias F. Avaliação sobre o conhecimento do uso de plantas medicinais em dois grupos de idosos. Anais do 7. Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, Bagé, Rio Grande do Sul: Unipampa, 2015.

Calabria LK, De Rezende CHA. Plantas medicinais: desafios da prática do saber popular no envelhecimento. In: Faria L, Calábria LK, Alves WA. Envelhecimento: um olhar interdisciplinar. São Paulo: Hucitec; 2016. p. 322-53.

Silva AL, Ribeiro AQ, Klein CH, Acurcio FA. Utilização de medicamentos por idosos brasileiros, de acordo com a faixa etária: um inquérito postal. Cad Saúde Pública. 2012; 28(6):1033-45.

Fernandes MGM, Souto MC, Costa SFG, Fernandes BM. Qualificadores sócio-demográficos, condições de saúde e utilização de serviços por idosos atendidos na atenção primária. Rev Bras Ciênc Saúde. 2009;13(2):13-20.

Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa nacional de saúde: percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas – Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Rio de Janeiro: IBGE; 2013.

Wendt CJK, Aires M, Paz AA, Fengler FL, Paskulin LMG. Famílias de idosos na Estratégia de Saúde no sul do Brasil. Rev Bras Enferm. 2015;68(3):406-13.

Saraiva LGF, Dornelas PG, Cau SBA, Calábria LK. Perfil epidemiológico de pacientes atendidos em uma rede ambulatorial do Hiperdia Minas em Governador Valadares-MG. Rev. Aten. Saúde. 2016;14(48):40-7.

White HJ, Marín-León L. Orientações nutricionais em serviços de saúde: a percepção de idosos portadores de hipertensão e diabetes. Demetra. 2014;9(4):867-88.

Teston EF, Caldas CP, Marcon SS. Condomínio para idosos: condições de vida e saúde de residentes nesta nova modalidade habitacional. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2015;18(3):487-97.

Downloads

Publicado

2017-10-18

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS