REGIME TERAPÊUTICO E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES HIPERTENSOS
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol16n58.5331Palabras clave:
Hipertensão, qualidade de vida, uso de medicamentosResumen
Introdução: Portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), podem ter sua qualidade de vida (QV) comprometida por fatores relacionados a sua condição clínica e ao manejo da mesma. Objetivo: Avaliar se o regime terapêutico é um fator associado à QV de portadores de HAS. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado com 235 usuários de 27 unidades do Programa de Saúde da Família da cidade de Jequié/BA, com amostra representativa da população. Utilizou-se um questionário com 4 blocos temáticos: sociodemográficos, clínicos, uso de medicamentos e, por fim, a QV foi aferida pelo Quality of Life-Bref Questionnaire (WHOQOL-bref). Resultados: Dos 235 hipertensos 74,9% eram do sexo feminino, 91% possuíam 50 anos ou mais, 81,7% tinham baixa escolaridade e 74% de etnia negra. Foi evidenciado que a maior mediana da QV ficou com domínio relações sociais (71,7) e a menor mediana do domínio meio ambiente (56,25). Os diuréticos e antagonistas do receptor da angiotensina II foram os mais prescritos, sendo a politerapia o regime terapêutico mais frequente (75,7%). Obteve-se resultados significativos no comprometimento da QV, com destaque para o domínio físico e o Índice Geral de Qualidade de vida (IGQV) com o uso de medicamentos em politerapia com os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. Conclusão: O regime terapêutico mostrou-se importante para compreensão da QV em hipertensos, sendo que as variáveis levantadas mostraram maiores escores da QV em tratamentos com um menor número de fármacos.
Descargas
Citas
Referências
Santos AC, Abreu-lima C. Hipertensão de difícil controle: impacto do estilo de vida. Rev Bras Hipertens 2009; 16(Supp1):S5-S6.
Sebastião E, Christofoletti G, Gobbi S, Hamanaka AYY, Gobbi LTB. Atividade física, qualidade de vida e medicamentos em idosos: diferenças entre idade e gênero. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2009; 11(2):210-163.
World Health Organization. Global status report on noncommunicable diseases 2010. WHO, Geneva; 2011.
Duncan BB, Chor D, Aquino EML, Bensenor IM, Mill JG, Schmidt MI et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Rev Saúde Pública 2012; 46(Suppl 1): 126-134.
Mansur AP, Favarato D. Mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil e na região metropolitana de São Paulo: atualização 2011. Arq Bras Cardiol 2012; 99(2):755-761.
Sociedade Brasileira de Cardiologia/Sociedade Brasileira de Hipertensão/Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bra Cardiol 2010; 95(1Supp1):1-57.
Malta DC, Stopa SR, Szwarcwald CL, Gomes NL, Silva Júnior JB, Reis AAC. A vigilância e o monitoramento das principais doenças crônicas não transmissíveis no Brasil - Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev bras epidemiol 2015; 18(Suppl 2): 3-16.
Cesarino CB, Cipullo JP, Martin JFV, Ciorlia LA, Godoy MRP, Cordeiro JA, et al . Prevalência e fatores sociodemográficos em hipertensos de São José do Rio Preto - SP. Arq Bras Cardiol 2008; 91(1):31-35.
Rosário TM, Scala LCN, França GVA, Pereira MRG, Jardim PCBV. Prevalência, controle e tratamento da hipertensão arterial sistêmica em Nobres - MT. Arq Bras Cardiol 2009; 93(6):672-678.
Carvalho ALM, Leopoldino RWD, Silva JEG, Cunha CP. Adesão ao tratamento medicamentoso em usuários cadastrados no Programa Hiperdia no município de Teresina (PI). Ciênc saúde coletiva 2012; 17(7):1885-1892.
Pierin AMG, Marroni SN, Taveira LAF, Benseñor IJM. Controle da hipertensão arterial e fatores associados na atenção primária em Unidades Básicas de Saúde localizadas na Região Oeste da cidade de São Paulo. Ciênc saúde coletiva 2011; 16(suppl1):1389-1400.
Salas Zapata Carolina, Grisales Romero Hugo. Calidad de vida y factores asociados en mujeres con cáncer de mama en Antioquia, Colombia. Rev Panam Salud Publica 2010; 28(1): 9-18.
Ministério da Saúde. Sistema de Informação em Atenção Básica (SIAB) [homepage na Internet]. Brasília (DF); 2014 [acesso em 2014 Fev2]. Hipertensão arterial sistêmica. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?siab/cnv/SIABS
BA.def.
Melchiors AC, Correr CJ, Pontarolo R, Santos FOS, Souza RAP. Qualidade de vida em pacientes hipertensos e validade concorrente do Minichal-Brasil. Arq Bras Cardiol 2010; 94(3):357-364.
Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida "WHOQOL-Bref". Rev Saúde Pública 2000; 34(2):178-83.
The WHOQOL Group. The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): development and general psychometric properties. Soc Sci Med 1998; 46(12):1569-85.
Melo JES. Dicionário de especialidades farmacêuticas 2004-2005. 33a Ed. Rio de Janeiro:EPUB; 2005.
World Health Organization Collaborating Centre for Drug Statistics Methodology. Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) classification index with Defined Daily Doses (DDD’s). Geneva: World Health Organization; 2004.
Gontijo MF, Ribeiro AQ, Klein CH, Rozenfeld S, Acurcio FA. Uso de anti-hipertensivos e antidiabéticos por idosos: inquérito em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad Saúde Pública 2012; 28(7):1337-1346.
Loyola Filho AI, Leite MD, Giatti L, Afradique ME, Viana PS, Lima-Costa MF. Causas de internações hospitalares entre idosos brasileiros no âmbito do Sistema Único de Saúde. Epidemiol Serv Saúde 2004; 13(4):229-238.
Malta DC, Stopa SR, Andrade SSCA, Szwarcwald CL, Silva Júnior JB, Reis AAC. Cuidado em saúde em adultos com hipertensão arterial autorreferida no Brasil segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev bras Epidemiol 2015; 18(Suppl 2): 109-122.
Bloch KV, Rodrigues CS, Fiszman R. Epidemiologia dos fatores de risco para hipertensão arterial – uma revisão crítica da literatura brasileira. Rev Bras Hipertens 2006; 13(2):134-143.
Eyken EBBDV, Moraes Cl. Prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares entre homens de uma população urbana do Sudeste do Brasil. Cad Saúde Pública 2009; 25(1):111-123.
Malta DC, Oliveira TP, Vieira ML, Almeida L, Szwarcwald CL. Uso e exposição à fumaça do tabaco no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol Serv Saúde 2015; 24(2):239-248.
Garcia LP, Freitas LRS. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol Serv Saúde 2015; 24(2):227-237.
Levy D, de Almeida LM, Szklo A. The Brazil SimSmoke Policy Simulation Model: The Effect of Strong Tobacco Control Policies on Smoking Prevalence and Smoking-Attributable Deaths in a Middle Income Nation. PLoS Med 2012; 9(11):1-12.
Carvalho MV, Siqueira LB, Sousa ALL, Jardim PCBV. A influência da hipertensão arterial na qualidade de vida. Arq Bras Cardiol 2013; 100(2):164-174.
Tavares DMS, Barreto GO, Dias FA, Pegorari MS, Martins NPF, Ferreira PCS. Diferencias en los indicadores de calidad de vida del adulto mayor con hipertensión arterial que vive en el área urbana y rural de Minas Gerais, Brasil. Rev peru med exp salud publica 2015; 32(1):58-65.
Hanus JS, Simões PW, Amboni G, Ceretta LB, Tuon LGB. Associação entre a qualidade de vida e adesão à medicação de indivíduos hipertensos. Acta Paul Enferm 2015; 28(4):381-387.
Kruger AP, Mergener M, Pozzobon A, Moreira TR. Avaliação da qualidade de vida de hipertensos usuários de uma unidade básica de saúde. Rev de Atenção à Saúde 2015; 13(46):43-50.
Tavares DMS, Martins NPF, Dias FA, Diniz MA. Qualidade de vida de idosos com e sem hipertensão arterial. Rev Eletr Enf 2011; 13(2):211-218.
Dahmer L, Oliveira TB, Kemper C, Sant’Ana AP, Melo GL, Avila JG . Avaliação da qualidade de vida de pacientes hipertensos e diabéticos. Revista Contexto & Saúde 2015; 15(18):41-49.
Costa KM, Francisco PMSB, Barros MBA. Conhecimento e utilização do Programa Farmácia Popular do Brasil: estudo de base populacional no município de Campinas-SP. Epidemiol Serv Saúde 2014; 23(3):397-408.
James, PA, Oparil, S, Carter, BL, et al. 2014 Evidence-based guideline for the management of high blood pressure in adults: report from the panel members appointed to the Eighth Joint National Committee (JNC 8). JAMA 2014; 311(5):507–520.
Longo MAT, Martelli A, Zimmermann A. Hipertensão arterial sistêmica: aspectos clínicos e análise farmacológica no tratamento dos pacientes de um setor de psicogeriatria do Instituto Bairral de Psiquiatria, no município de Itapira, SP. Rev bras geriatr gerontol 2011; 14(2):271-284.
Perrotti TC, Campos Filho J, Uehara CA, Almada Filho CM, Miranda RD. Tratamento farmacológico da hipertensão no idoso. Rev Bras Hipertens 2007; 14(1):37-41.
Makani H, Bangalore S, Supariwala A, Romero J, Argulian E, Messerli FH. Antihypertensive efficacy of angiotensin receptor blockers as monotherapy as evaluated by ambulatory blood pressure monitoring: a meta-analysis. Eur Heart J 2014; 35(26):1732-1742.
Greathouse MK, Weir MR. The role of ARBs alone or with HCTZ in the treatment of hypertension and prevention of cardiovascular and renal complications. Postgrad Med 2012; 124(2):40-52.
Silva PM, Haag U, Guest JF, Brazier JE, Health MS. Health-related quality of life impact of a triple combination of olmesartan medoxomil, amlodipine besylate and hydrochlorotiazide in subjects with hypertension. Health Qual Life Outcomes 2015; 13(24):1-13.
Santos ACD, Fortes RC, Kimura CA, Lima NC. Qualidade de vida e uso de medicamentos por idosos pertencentes ao grupo da “Melhor Idade” da Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires de Valparaíso de Goiás. J Health Sci Inst 2013; 31(4):414-420.
Wal P, Wal A, Bhandari A, Pandey U, Rai AK. Pharmacist involvement in the patient care improves outcome in hypertension patients. J Res Pharm Pract. 2013; 2(3):123–129
Aguiar PM, Balisa-Rocha BJ, Brito Gde C, da Silva WB, Machado M, Lyra DP Jr. Pharmaceutical care in hypertensive patients: a systematic literature review. Res Social Adm Pharm 2012; 8(5):383-396.
Sookaneknun P, Richards RM, Sanguansermsri J, Teerasut C. Pharmacist involvement in primary care improves hypertensive patient clinical outcomes. Ann Pharmacother 2004; 38(12):2023-2028.
Olsson IN, Runnamo R, Engfeldt P. Medication quality and quality of life in the elderly, a cohort study. Health Qual Life Outcomes 2011; 9(95):1-9.
Jannuzzi FF, Cintra FA, Rodrigues RCM, São-João TM, Gallani MCBJ. Adesão à medicação e a qualidade de vida entre os idosos com retinopatia diabética. Rev Latino-Am Enfermagem 2014; 22(6):902-910.
Trevisol DJ, Moreira LB, Fuchs FD, Fuchs SC. Health-related quality of life is worse in individuals with hypertension under drug treatment: results of population-based study. J Hum Hypertens 2012; 26(2):374-380.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).