PERCEPÇÕES E CONFLITOS DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS

Autores

  • Bruna Mara Rapanos Enfermeira, pelo Centro Universitário Campos de Andrade UNIANDRADE. Curitiba, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3404-934X
  • Edina Correia de Oliveira Enfermeira, Especialista em Saúde do Trabalhador, Mestrado em Educação pela Universidad de La Empresa - UDE - Uruguai, Docente titular da Coordenação de Estágio em Enfermagem do Centro Universitário Campos de Andrade UNIANDRADE. Curitiba, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6588-8168
  • Wellington Fernando da Silva Ferreira Enfermeiro, Especialista em Saúde do Idoso e Gerontologia, Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Universidade Federal do Paraná - (UFPR). Curitiba, Paraná, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9474-2421

Palavras-chave:

Cuidados paliativos, Enfermagem, Acadêmicos, Terminalidade.

Resumo

Objetivo: Evidenciar percepções assistenciais sobre cuidados paliativos em acadêmicos de graduação em enfermagem que possuam formação auxiliar/técnica. Materiais e Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo descritivo, com 29 acadêmicos do curso superior em enfermagem, com experiência técnica, em diversos semestres de um Centro Universitário em Curitiba, Paraná. Resultados: A população avaliada foi predominante ao gênero feminino, com média de idade de 33 anos, com formação técnica e experiência profissional média de 9 anos. O conceito de cuidados paliativos referido pelos acadêmicos não abrange todas as características recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Contudo, quanto aos cuidados paliativos, predominaram as respostas de conhecimento técnico. Em relação aos sentimentos vivenciados destacaram-se: tristeza, dever cumprido, gratidão, impotência, e algo desagradável. Destacou-se, o conhecimento preliminar centrado na predominância de uma assistência do modelo biomédico. A execução de procedimentos técnicos/científicos prevaleceu em relação ao cuidar psicológico, diante do referencial teórico de Margaret Jean Watson. Conclusão: Observou-se, através das percepções relatadas, a necessidade de conhecimento adicional acerca de cuidados paliativos para despertar o interesse em acadêmicos e profissionais de enfermagem, e criar espaços para reflexões sobre o tema morrer e morte. Desse modo pode-se inferir que os achados tendem a conduzir a ricas discussões no sentido de elevar a qualidade no ensino voltado aos cuidados paliativos. Palavras-chave: Cuidados paliativos, Enfermagem, Acadêmicos, Terminalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruna Mara Rapanos, Enfermeira, pelo Centro Universitário Campos de Andrade UNIANDRADE. Curitiba, Paraná, Brasil.

Enfermeira, pelo Centro Universitário Campos de Andrade UNIANDRADE. Curitiba, Paraná, Brasil.

Edina Correia de Oliveira, Enfermeira, Especialista em Saúde do Trabalhador, Mestrado em Educação pela Universidad de La Empresa - UDE - Uruguai, Docente titular da Coordenação de Estágio em Enfermagem do Centro Universitário Campos de Andrade UNIANDRADE. Curitiba, Paraná, Brasil.

Enfermeira, Especialista em Saúde do Trabalhador, Mestrado em Educação pela Universidad de La Empresa - UDE - Uruguai, Docente titular da Coordenação de Estágio em Enfermagem do Centro Universitário Campos de Andrade UNIANDRADE. Curitiba, Paraná, Brasil.

Wellington Fernando da Silva Ferreira, Enfermeiro, Especialista em Saúde do Idoso e Gerontologia, Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Universidade Federal do Paraná - (UFPR). Curitiba, Paraná, Brasil.

Enfermeiro, Especialista em Saúde do Idoso e Gerontologia, Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Universidade Federal do Paraná - (UFPR). Curitiba, Paraná, Brasil.

Referências

Vicensi MC. Reflexão sobre a morte e o morrer na UTI: a perspectiva do profissional. Rev. Bioét. 2016;24(1):64-72.

Stochero HM, Nietsche EA, Salbego C, Pivetta A, Schwertner MVE, Fettermann FA, et al. Sentimentos e dificuldades no enfrentamento do processo de morrer e de morte por graduandos de enfermagem. Rev. Aquichan. 2016;16(2):219-229.

Medeiros LA, Lustosa MA. A difícil tarefa de falar sobre morte no hospital. Rev. SBPH. 2011;14(2):203-227.

Lima MGR, Nietsche EA, Teixeira JA. Reflexos da formação acadêmica na percepção do morrer e da morte por enfermeiros. Rev. Eletrôn. Enferm. 2012;14(1):181-188.

Silva RSD, Campos AER, Pereira Á. Cuidando do paciente no processo de morte na Unidade de Terapia Intensiva. Rev. Escol. Enferm. 2011;45(3):738-744.

Savieto RM, Leão ER. Assistência em Enfermagem e Jean Watson: Uma reflexão sobre a empatia. Escol. Anna. Nery. Rev. de Enferm. 2016;20(1):198-202.

Gomes ALZ, Othero MB. Cuidados paliativos. Rev. Estud. Avan. 2016;30(88):155-166.

Correa JL, Ferreira WFDS, Oliveira ECD, Dutra DDA. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes: uma análise sobre a importância da enfermagem. Rev. Saúde. Desenvol. 2018;12(11):183-203.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2017 [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;

[citado 2017 maio 8]. Disponível em: Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2017/sinopse/default_sinopse.shtm

Rodriguez AH, Bub MBC, Perão OF, Zandonadi G, Rodriguez MDJH. Características epidemiológicas e causas de óbitos em pacientes internados em terapia intensiva. Rev. Bras. Enferm. 2016;69(2):229-234.

Duarte IV, Fernandes KF, Freitas SCD. Cuidados paliativos domiciliares: considerações sobre o papel do cuidador familiar. Rev. SBPH. 2013;16(2):73-88.

Hermes HR, Lamarca ICA. Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Rev. Ciên. Saúde. Colet. 2013;18:2577-2588.

Oliveira AC, Silva MJP. Autonomia em cuidados paliativos: conceitos e percepções de uma equipe de saúde. Rev. Acta. Pauli. Enferm. 2010;23(2):212-217.

Paiva FCL, Almeida JJJ, Damásio AC. Ética em cuidados paliativos: concepções sobre o fim da vida. Rev. Bioét. 2014;22(3):550-560.

Santos MAD, Hormanez M. Atitude frente à morte em profissionais e estudantes de enfermagem: revisão da produção científica da última década. Rev. Ciên. Saúde. Colet. 2013;(18):2757-2768.

Souza LL. Representações de gênero na prática de enfermagem na perspectiva de estudantes. Rev. Ciên. Cogni. 2014;19(2):218-232.

Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: ed 70º. 2011.

Splendor VL, Roman AR. A Mulher, a Enfermagem e o Cuidar na Perspectiva de Gênero. Rev. Cont. Saúd. 2003;3(04):31-44.

Ribeiro GKNDA, Iwamoto HH, Camargo FC, Araújo MRND. Profissionais de enfermagem habilitados para o mercado de trabalho em Minas Gerais. Rev. Minei. Enferm. 2014;18(1):15-26.

Matsumoto, DY. Cuidados paliativos: conceitos, fundamentos e princípios. Manual de cuidados paliativos ANCP. 2012;(2):23-24.

Evangelista CB, Lopes MEL, Costa SFGD, Abrão FMDS, Batista PSDS, Oliveira RCD. Espiritualidade no cuidar de pacientes em cuidados paliativos: um estudo com enfermeiros. Rev. Esc. Anna. Nery. 2016;20(1):176-182.

Meneguin S, Ribeiro R. Dificuldades de cuidadores de pacientes em cuidados paliativos na estratégia da saúde da família. Rev. Text. Conte. Enferm. 2016;25(1):1-7.

Paranhos WY, Chaves AAB, Frias MAE, Leite MMJ. Análise do desempenho dos estudantes de enfermagem no ensino por competências e no ensino para compreensão. Rev. Escol. Enferm USP. 2015;49(2):115-121.

Felli VEA. Condições de trabalho de enfermagem e adoecimento: motivos para a redução da jornada de trabalho para 30 horas. Rev. Enferm. foco. 2012;3(4):178-181.

Teodosio SSC, Padilha MI. Ser enfermeiro: escolha professional e a construção dos processos identitários. Rev. Bras. Enferm. 2016;69(3):428-434

França JRFS, Costa SFG, Lopes MEL, Nóbrega MML, França ISX. Importância da comunicação nos cuidados paliativos em oncologia pediátrica: enfoque na Teoria Humanística de Enfermagem. Rev. Lati-Ameri. Enferm. 2013;21(3):780-786.

Freitas FDDSD, Silva RND, Araújo FPD, Ferreira MDA. Ambiente e humanização: retomada do discurso de Nightingale na política nacional de humanização. Rev. Escol. Anna. Nery. 2013;17(4):654-660.

Kubler-Ross E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2002.

Magalhaes SB, Franco AL. Experiência de profissionais e familiares de pacientes em cuidados paliativos. Arq. Bras. Psicol. 2012;64(3):94-109

Coelho MTV, Sequeira C. Comunicação terapêutica em enfermagem: Como a caraterizam os enfermeiros. Rev. Port. Enferm. Saúd. Ment. 2014;(11):31-38.

Silva AL, Nascimento KC, Virgílio MS, Mendonça RS. Análise dos fatores de cuidado de Watson em uma unidade de emergência. Rev. Gaúch. Enferm. 2002;23(2):27-50.

Hayasida NMDA, Assayag RH, Figueira I, Matos MGD. Morte e luto: competências dos profissionais. Rev. Bras. Terap. Cognit. 2014;(2):112-121.

Marinho SSMM, Domingues KCCM, Olário OS. Humanização da assistência frente ao paciente oncológico: uma revisão integrativa. Rev. Educ-Facul. DuqCax. 2016;(3):133-147.

Rodrigues MTM, Neves SDJO, Lima KGJ, Santos JRF, Gomes A, Martins MLF, Prado PF. Palliative nursing care for the pediatric patient: an integrating review. Rev. Unim. Ciên. 2018;(2):346-353.

Ferreira WFS, Vasconcelos CR, Oselame GB, Oliveira EM, Dutra DA. A Síndrome de Burnout em um hospital militar e sua inter-relação com a enfermagem. Ciên. Desen-Rev. Eletr. FAINOR. 2016;9(2):124-145.

Medeiros LMOP, Batista SHSDS. Humanização na formação e no trabalho em saúde: uma análise da literatura. Rev. Trabal. Educ. Saúd. 2016;14(3):925-951.

Araújo MMT, Silva MJP. A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando a alegria e o otimismo. Rev. Escol. Enferm. USP. 2007;41(4):668-674.

Ferreira MJ, Passos AG, Ferreira WFS, Oliveira EM. Reflexões da enfermagem no manejo ao paciente idoso com delirium em terapia intensiva. Rev. Discipli. Scient. Saúde. 2020;21(1):47-57.

Delfino CDTA, Ferreira WFDS, Oliveira ECD, Dutra DDA. Câncer infantil: Atribuições da enfermagem em cuidado paliativo. Rev. Saúd. Desenvol. 2018;12(10):18-40.

Oliveira ECD, Ferreira WFDS, Oliveira ECD, Dutra DDA. Cuidados pós-alta em pacientes idosos com sequelas de acidente vascular cerebral: planejamento de alta hospitalar. Rev. Saúd. Desenvol. 2017;11(9):172-197.

Proencio CC, Ferreira WFDS, Vasconcelos CRD, Dutra DDA. Síndrome de burnout em trabalhadores da enfermagem que são estudantes da graduação. Rev. Saúd. Desenvol. 2017;11(6):102-120.

Vasconcelos CR, Dutra DA, Oliveira EMD. A iminência da morte em idosos e o modelo kübler-ross de enfrentamento. Rev. UNIAN. 2013;13(3):194-209.

Downloads

Publicado

2020-10-26

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS