Avaliação de unidades de básicas de saúde e seus recursos materiais para rastreio do câncer em OURO PRETO - MG
Serviços e recursos materiais em saúde no rastreio do Câncer Cervical
DOI:
https://doi.org/10.13037/2359-4330.8251Palavras-chave:
Câncer do Colo do Útero, Serviço de Saúde, Infraestrutura para a Promoção de SaúdeResumo
A realização periódica do exame de Papanicolaou é o método convencional no Brasil para o rastreio do Câncer do Colo do Útero (CCU). As estratégias de serviço e os recursos materiais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) são aspectos fundamentais que refletem na qualidade do programa de rastreamento. Objetivo: Analisar quatro UBS do município de Ouro Preto, Minas Gerais e verificar o contexto local de rastreio do CCU. Métodos: Foi realizado estudo qualitativo, baseado em entrevistas semiestruturadas com enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS) das UBS selecionadas. Resultados: Observou-se que apenas uma UBS apresentava planta física e recursos materiais adequados à realização do exame. Em geral, as ACS realizavam busca ativa não sistematizada das pacientes para realização do exame de Papanicolaou. A conduta para informar os resultados alterados às pacientes era semelhante entre as UBS, porém, não havia padronização para realizar o seguimento dos casos alterados. Além disso, as atividades educativas eram escassas para a comunidade e para a equipe de trabalho. Conclusão: Percebe-se que uma estrutura física de qualidade associada a uma equipe de saúde da família (ESF) treinada favorece o estabelecimento de programas de rastreio exitosos. Por não se tratar de uma realidade de todas as UBS locais, é necessário organizar as estratégias de busca ativa, registro e acompanhamento das pacientes, sendo os ACS e enfermeiros fundamentais neste processo. A desigualdade de recursos entre as UBS aponta para possibilidade de ineficiência do programa de rastreio do CCU, o que deve ser avaliado pelas autoridades locais.
Downloads
Referências
Instituto Nacional do Câncer – INCA. Controle do câncer do colo do útero - Conceito. 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/conceito-e-magnitude. Acesso em: 13.07.2021.
Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/ouro-preto/panorama. Acesso:07.06.2020.
Tomasi E. et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. 2015; 5 (2): 171-180.
Onyenwenyi AOC, Mchunu GG. Primary health care workers’ understanding and skills related to cervical cancer prevention in Sango PHC centre in south-western Nigeria: a qualitative study. Primary Health Care Research & Development. 2019; 20: 93.
Meira KC. et al. Analysis of the effects of the age-period-birth cohort on cervical cancer mortality in the Brazilian Northeast. Plos One. 2020; 15(2).
Barcelos MRB. et al. Quality of cervical cancer screening in Brazil: external assessment of the PMAQ. Revista de Saúde Pública. 2017; 51: 67.
Lopez MS. et al. Cervical cancer prevention and treatment in Latin America. Jornal of Surgical Oncology. 2017; 115(5): 615-618.
Wakabayashi R. et al. The Host-Microbe Interplay in Human Papillomavirus-Induced. Carcinogenesis Microorganisms. 2019; 7(7): 199.
Navarro C. et al. Cervical cancer screening coverage in a high-incidence region. Revista de Saúde Pública. 2015; 49.
Franco DN. et al. Screening cervical cancer by the Pap test – relevance of age aanges recommended by the Brazilian Programme for Prevention and Control. Asian Pacific Journal of Cancer Prevention. 2017; 18(9): 2431-2435.
Finocchario-Kessler S. et al. Cervical cancer prevention and treatment research in Africa: a systematic review from a public health perspective. BMC Womens Health. 2016; 16.
Acera A. et al. Increasing Cervical Cancer Screening Coverage: A Randomised, Community-Based Clinical Trial. Plos One. 2017; 12(1).
Wang SX. et al. A preliminary cervical cancer screening cascade for eight provinces rural Chinese women: a descriptive analysis of cervical cancer screening cases in a 3-stage framework. Chinese Medical Journal. 2019; 132 (15): 1773-1779.
Kessler TA. Cevical Cancer: Prevention and Early Detection. Seminars in Oncology Nursing, Elsevier. 2017; 33(2):172-183.
Silva RCG. et al. Perfil de mulheres com câncer de colo do útero atendidas para tratamento em centro de oncologia. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. 2018; 18 (4).
Donatus L. et al. Assessing the uptake of cervical cancer screening among women aged 25-65 years in Kumbo West Health District, Cameroon. Pan African Medical Journal. 2019; 33.
Getachew S. et al. Cervical cancer screening knowledge and barriers among women in Addis Ababa, Ethiopia. Plos One. 2019; 14(5).
Kurt G; Akyuz A. Evaluating the Effectiveness of Interventions on Increasing Participation in Cervical Cancer Screening. The Journal of Nursing Research. 2019; 27(5).
Musa J. et al. Effect of cervical cancer education and provider recommendation for screening on screening rates: A systematic review and meta-analysis. Plos One. 2017; 12(9).
Zulu JM. et al. Integrating national community-based health worker programmes into health systems: a systematic review identifying lessons learned from low-and middle-income countries. BMC Public Health. 2014; 14: 987.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Renata Rocha e Rezende Oliveira, Giselle Aparecida de Souza Rezende, Bruna Viana Silva , Ana Luiza Lage, Bruna Aparecida Martins, Marco Antônio Veloso, Bruna Albuquerque Geöcze, Ronan David Souza Abreu, Mariana Trevisan Rezende, Cláudia Martins Carneiro
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).