CARGA DE TRABALHO E DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DE ENFERMAGEM EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
DOI:
https://doi.org/10.13037/ras.vol15n53.4159Palabras clave:
Dimensionamento, enfermagem, sistema de classificação de pacientes, carga de trabalho, nursing activities scoreResumen
Embora escores com intuito de calcular a carga de trabalho em enfermagem sejam comuns, ainda são pouco utilizados na realidade brasileira de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o Nursing Activities Score (NAS) em quatro UTI de um Hospital Universitário, e verificar a relação do NAS com o Sistema de Classificação de Pacientes (SCP), proposta por Santos et al., em uma UTI Adulto, e o efeito sobre o dimensionamento de enfermagem. Todos os escores tiveram distribuição assimétrica e mostraram-se concentrados nas primeiras classes de distribuição. O NAS foi dependente do plantão de avaliação somente para as duas unidades de UTI Neonatal, enquanto não diferiu entre as demais. As UTI Neonatal Tipo III e a Pediátrica indicaram os maiores escores médios e a Neonatal Tipo II o menor. Apesar das diferenças entre plantões para os escores do NAS, o dimensionamento não foi dependente do plantão. O SCPA e o NAS levaram a um dimensionamento diferente, sendo maior para o último, mesmo os dois mostrando-se correlacionáveis. O NAS apresentou boa aplicabilidade nas unidades avaliadas e o sistema de classificação de paciente mostrou-se pouco efetivo em discriminar os pacientes na UTI Adulto, principalmente pela baixa representatividade de pacientes de cuidados mínimos e intermediários. A presença de diferenças entre plantões pode estar relacionada ao maior conhecimento dos pacientes da equipe da manhã, reforçando a necessidade de compreender a avaliação de paciente por diferentes profissionais ou momentos.
Descargas
Citas
Miranda DR, Nap R, Rijk A, Schaufeli W, Iapichino G. Nursing Activities Score (NAS). Crit Care Med. 2003;31(2):374-82.
Santos F, Rogenski NMB, Baptista CMC, Fugulin FMT. Sistema de classificação de pacientes: proposta de complementação do Instrumento de Fugulin et al. Rev Lat Am Enfermagem. 2007;15(5):980-5.
Queijo AF, Padilha KG. Nursing Activities Score (NAS): adaptação transcultural e validação para a língua portuguesa. Rev Esc Enferm USP. 2009;43:1018-25.
Reich R, Vieira DF, Lima LB, Rabelo-Silva ER. Nursing workload in a coronary unit according to the Nursing Activities Score. Rev Gaúcha Enferm. 2015;36(3):28-35.
Brito AP, Guirardello EB. Nursing workload in an inpatient unit. Rev Lat Am Enfermagem. 2011;19(5):1139-45.
Lima MKF, Tsukamoto R, Fugulin FMT. Aplicação do nursing activities score em pacientes de alta dependência de enfermagem. Texto ContextoEnferm. 2008;17(4):638-46.
Daud-Gallotti RM, Costa SF, Guimarães T, Padilha KG, Inoue EN, Vasconcelos TN, et al. Nursing workload as a risk factor for healthcare associated infections in ICU: a prospective study. PLoS One. 2012;7(12):e52342.
Dini AP, Guirardello EB. Pediatric patient classification system: improvement of an instrument. Rev Esc Enferm USP. 2014;48(5):787-93.
Spence K, Tarnow-Mordi W, Duncan G, Jayasuryia N, Elliott J, King J, et al. Measuring nursing workload in neonatal intensive care. J Nurs Manag. 2006;14(3):227-34.
Nunes BK, Toma E. Assessment of a neonatal unit nursing staff: application of the Nursing Activities Score. Rev Lat Am Enfermagem. 2013;21(1):348-55.
Antunes AV, Mendes-Rodrigues C, Gomes FA, Rezende GJ, Braga IA, Teixeira LMR, et al. Dimensionamento de pessoal de enfermagem [relatório técnico]. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia – Hospital de Clínicas de Uberlândia. 2013. 93 p.
Brasil. Resolução da Diretoria Colegiada nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências [Internet]. Brasília, DF; 2010 [citado em 2016 jan 11]. Disponível em: https://goo.gl/qPaZTB
Brasil. Portaria MS/GM nº 3.432 de 12 de agosto de 1998. Estabelece critérios de classificação para as Unidades de Tratamento Intensivo – UTI [Internet]. Diário Oficial da União. Brasília DF; 13 ago 1998 [citado em 2016 jan 11]:109-10. Disponível em: https://goo.gl/6m9ZGz
Cofen. Resolução Cofen-293/2004. Fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde e assemelhados [Internet]. Rio de Janeiro; 21 set 2004 [citado em 2016 jun 27]. Disponível em: https://goo.gl/UBHq5V
Antunes AV, Costa MN. Dimensionamento de pessoal de enfermagem em um hospital universitário. Rev Lat Am Enfermagem. 2003;11(6):832-9.
Gaidzinski RR. Dimensionamento de pessoal de enfermagem. In: Kurcgant P, organizadora. Administração em Enfermagem. São Paulo: E.P.U; 1991. p. 91-6.
Ayres M, Ayres M Jr, Ayres DL, Santos AAS. BioEstat: aplicações estatísticas nas áreas das ciências biomédicas. Belém: ONG Mamirauá; 2007.
Debergh DP, Myny D, Van Herzeele I, Van Maele G, Reis Miranda D, Colardyn F. Measuring the nursing workload per shift in the ICU. Intensive Care Med. 2012;38(9):1438-44.
Fugulin FMT, Lima AFC, Castilho V, Bochembuzio L, Costa JA, Castro L, et al. Custo da adequação quantitativa de profissionais de enfermagem em Unidade Neonatal. Rev Esc Enferm USP. 2011;45:1582-8.
Bochembuzio L, Gaidzinski RR. Instrumento para classificação de recém-nascidos de acordo com o grau de dependência de cuidados de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2005;18(4):382-9.
Campagner AOM, Garcia PCR, Piva JP. Use of scores to calculate the nursing workload in a pediatric intensive care unit. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(1):36-43.
Beccaria LM, Contrin LM, Cesarino CB, Silva DC, Silva APA, Werneck AL. Association between nursing workload and the patient prognosis in intense care unit. Bus Manag Rev. 2015;4(5):731-8.
Inoue KC, Kuroda CM, Matsuda LM. Nursing Activities Score (NAS): carga de trabalho de enfermagem em UTI e fatores associados. Cienc Cuid Saude. 2011;10(1):134-40.
Nogueira LS, Koike KM, Sardinha DS, Padilha KG, Sousa RMC. Carga de trabalho de enfermagem em unidades de terapia intensiva públicas e privadas. Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(3):225-32
Padilha KG, Sousa RM, Queijo AF, Mendes AM, Reis Miranda D. Nursing Activities Score in the intensive care unit: analysis of the related factors. Intensive Crit Care Nurs. 2008;24(3):197-204
Altafin JAM, Grion CMC, Tanita MT, Festti J, Cardoso LTQ, Veiga CFF, et al. Nursing Activities Score and workload in the intensive care unit of a university hospital. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(3):292-8.
Altafin JAM, Grion CMC, Kauss IAM, Anami EHT, Cardoso LTQ, Chiqueti F, et al. Increased nursing workload in patients with sepsis: A cohort study. Clinical Nursing Studies. 2016;4(1):33-9.
Palese A, Comisso I, Burra M, DiTaranto PP, Peressoni L, Mattiussi E, et al. Nursing Activity Score for estimating nursing care need in intensive care units: findings from a face and content validity study. J Nurs Manag. 2016;24(4):549-59.
Bosco CS, Toma E, Oliveira SMJV, Belli MAJ. Reliability of an instrument to classify newborns according to care complexity. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(4):788-93.
Fugulin FMT, Rossetti AC, Ricardo CM, Possari JF, Mello MC, Gaidzinski RR. Tempo de assistência de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: avaliação dos parâmetros propostos pela Resolução COFEN nº 293/04. Rev Lat Am. Enfermagem. 2012;20(2):325-32.
Perroca MG, Gaidzinski RR. Avaliando a confiabilidade interavaliadores de um instrumento para classificação de pacientes: coeficiente Kappa. Rev Esc Enferm USP. 2003;37(1):72-80.
Yanaba DS, Giúdice CAR, Casarin SNA. Dimensionamento da equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva para adultos. J Health Sci Inst. 2013;31(3):279-85
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Proposta de Política para Periódicos que oferecem Acesso Livre Adiado
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).